Maria Clara Machado nasceu em Belo Horizonte MG, em 1921. Filha do escritor Aníbal Machado, foi criada no bairro carioca de Ipanema, no ambiente literário das domingueiras promovidas pelo pai e freqüentadas por artistas e intelectuais. Em 1950, recebeu uma bolsa do governo francês para estudar teatro em Paris com a duração de um ano. Na Europa, recebeu da Unesco outra bolsa de estudo e fez um curso de férias em Londres. De volta a Paris, freqüentou o curso de mímica de Etienne Decroux. Maria Clara fundou o grupo experimental O Tablado em 1952. Em 1956 lançou a revista Cadernos de Teatro. Entre suas peças e montagens de maior sucesso destacam-se Pluft, o Fantasminha (1955), que fala do medo de crescer e de enfrentar a vida, O Boi e o Burro no Caminho de Belém e O Cavalinho Azul (1960), a bem-sucedida aventura do menino Vicente em busca do cavalo de seus sonhos. Como atriz, Maria Clara Machado atuou em montagens importantes na juventude, como O Diálogo das Carmelitas (1955), mas só retornou ao palco em 1981, no papel principal de Ensina-me a Viver, peça baseada em Harold and Maude, de Collin Higgins. No cinema viveu a velha que viu no filme O Cavalinho Azul (1984), de Eduardo Escorel. Morreu aos 80 anos, em 2001.
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