E se você acordasse pela manhã em um lugar absurdamente estranho, isolado de tudo, fugindo sabe lá de onde e de quem, e a certeza maior no momento é que deve seguir em frente para não ser torrado vivo? Então você entra no único ônibus de uma linha desconhecida, abandonado na velha Estação Jugular, e na estrada sinistra pincelada por descobertas, medos e anseios humanos se desenrola a maior aventura de todas. Assim ocorre ao romance filosófico Estação Jugular, de Allan Pitz, no qual um viajante perdido e desmemoriado entra em um ônibus vazio fugindo do sol inclemente que abandonou o céu e, como um foco teatral em movimento, tenta queimá-lo. A partir daí, Franz, o passageiro, segue confuso ao lado do Motorista para encarar a psicodélica jornada final de sua existência.