Todas as mulheres são feiticeiras. Marcadas por uma peculiar sensualidade, somos capazes de descobrir os medos do "opositor". Revelamos a angústia do outro e aprendemos a transformar em códigos indecifráveis os nossos próprios receios. Gostamos de ser a concretização de uma incógnita, certa - ou razoavelmente segura - de nossa imperiosa necessidade de ser um universo ainda não descoberto. Aprendemos a conviver com o mistério que nos faz - ao mesmo tempo - bela e feia, instigante e banal. Criamos/recriamos o jogo torto da arte do amor. Gestos se confundem com as palavras, numa difícil estratégia de conquista. Graça e inteligência se somam, num amálgama que esconde nossa trajetória de vida. (Márcia Maria Menendes Motta)