Joe Sacco mais uma vez retorna até Sarajevo. E, ao contrário do que a imprensa diz, a situação não melhorou muito desde a queda de Milosevic. E dessa vez Sacco precisa de um guia; trata-se de Neven que Sacco havia conhecido em 1995 em um hotel. Naquele tempo, o cerco sérvio havia diminuído em Sarajevo, mas o medo de ataques era constante. Neven ajuda Sacco a conversar com as pessoas da cidade mas por outro lado, Sacco é importante para Neven, que não consegue mais empregos como guia, já que a imprensa se desinteressou pela região.
Ao contrário de suas outras obras, onde o foco estava em várias pessoas, em Uma história de Sarajevo, o fio condutor é Neven, um sujeito a beira da loucura e um tanto explorador, personificando muito daquela cidade destruída física e moralmente pela guerra.
Todas as nuances do conflito, fornecida pela multifacetada origem étnica e religiosa da cidade, encontram um catalisador em Neven, que se juntara ao exército iugoslavo como franco-atirador, adquirindo preconceitos e opiniões que colocam o leitor a par da complexidade que envolve aquela pequena região do planeta.
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