Eu acordei do pesadelo. Não, eu não acordei. Eu queria acordar, mas minha opinião não vale mais nada.
Meu nome é Miranda, eu tenho infelizes dezesseis anos, recém-completados. Não, meu problema no momento não são as notas no colégio e nem achar o namorado perfeito. Eu sou uma criatura que eu imaginava ser incapaz de existir. E, acredite, não me orgulho disso.
Você não se orgulharia se tudo o que viveu fosse uma mentira. Mas eu não vou ser dramática, eu tenho que enfrentar a novata que virou meu mundo de cabeça para baixo; tenho que aceitar que minha melhor e fútil amiga e meu par para o baile são cheios de segredos; tenho que aturar um intruso que tinha tudo para ser o inimigo, porem está ao meu lado, me lembrando a toda hora que não é agradável ser quem eu realmente sou.
Eu estou tendo que matar todas as lembranças de minha antiga vida para não ser morta.