Em Cora Coralina estão as raízes de todos nós. Sua poesia constrói-se na tradição que vem dos tempos passados em busca da afirmação futura. Seu "Vintém de cobre" é ouro.
"Vintém de cobre - Meias confissões de Aninha" ficou entre os cinco primeiros classificados no concurso "O livro do ano", um dos maiores prêmios literários do Brasil, iniciativa do Museu de Literatura de São Paulo, órgão filiado ao Departamento de Museus e Arquivos (DEMA) da Secretaria de Estado da Cultura.
Cora Coralina foi escolhida "A intelectual do ano de 1983", Troféu Juca Pato, promoção da União Brasileira de Escritores e Folha de São Paulo.
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CARTA DE DRUMMOND
Rio de Janeiro, 7 de outubro, 1983
Minha querida amiga Cora Coralina,
Seu "Vintém de cobre" é, para mim, moeda de ouro, e de um ouro que não sofre as oscilações do mercado. É poesia das mais diretas e comunicativas que já tenho lido e amado. Que riqueza de experiência humana, que sensibilidade especial e que lirismo identificado com as fontes da vida! Aninha hoje não se pertence. É patrimônio de nós todos, que nascemos no Brasil e amamos a poesia (...).
Não lhe escrevi antes, agradecendo a dádiva, porque andei malacafento e me submeti a uma cirurgia. Mas agora, já recuperado, estou em condições de dizer, com alegria justa: obrigado, minha amiga! Obrigado, também, pelas lindas, tocantes palavras que escreveu para mim e que guardarei na memória do coração.
O beijo e carinho do seu
Drummond
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Literatura Brasileira / Poemas, poesias