"Se procurarmos o tempo para encontrar a menina de dezesseis, treze, de dezoito anos, não as veremos senão os seus vestígios, algo que insinua as suas idades, mas não as representa objetivamente. Nessas meninas mora o vestígio de toda mulher que anacronicamente ex-siste no mundo em relação com as coisas e pessoas, e sente tudo em profusão como uma Flor de Maio. Se procurarmos o espelho que nos reflete o rosto que o tempo, indômito, insiste em cunhar sulcos, encontramos o reflexo de lantejoulas que brilham em um show sem precedente, não paga salário e nem enche barriga: vestígios de um mundo que só conhecem aqueles que sabem fazer de uma panela de plástico um ampliador de voz." Marco Maida