A pergunta que dá título a este livro soa estranha ou, mesmo, contraditória.
Mas, considerando a exortação do apóstolo Paulo, quanto à existência de ''outros evangelhos'', a pergunta torna-se adequada e a reflexão, urgente.
Dentre as questões que o cenário eclesiástico nacional suscita, destacam-se algumas por sua relevância:
• O evangelho que sustenta e ''inspira'' determinadas práticas e modelos atuais é o mesmo pregado por Jesus Cristo?
• A tradição, que certamente possui seu valor, tem protegido os cristãos do assédio do pecado? Ou tem, ela mesma, forçado a Igreja a um compromisso exclusivista e alienante da sua relação com texto bíblico?
• De que modo os ''donos de igrejas'' têm adotado manobras para consolidar impérios pessoais, em vez de se ocuparem com o Reino de Deus?
Alguns dos problemas que podem ser vistos hoje, na Igreja, são recorrentes; manifestaram-se no passado, apenas com outra roupagem. Como então identificar seus modernos disfarces, em meio a tanta aparência de piedade?
“Este texto conduz-nos à reflexão sobre a tríplice base de diagnóstico, a partir da qual a Igreja brasileira pode começar sua reforma interna: o excesso de institucionalização nos setores reformados; a visão de “império pessoal” e não de Reino de Deus; a falta de “preparo para preparar”, ou, descaso com Palavra de Deus como única autoridade de fé e prática.
Tenho certeza de que esse texto nos ajudará a refletir sobre os caminhos de uma igreja que precisa se repensar. Boa leitura!”
Do prefácio de Ariovaldo Ramos