Não fosse o«amor, a vida não vingaria. Mas nem por isso ele deixa de ser ignorado, e até menosprezado. Pois não é ridícula a confissão pública de uma paixão? Acaso se autoriza aos
homens, quando entre si, a falar de algum amor que não o físico?
Apresentar-se como um ser a quem o outro falta? Nunca. Depreciado ou ridicularizado, o amor é o grande bandido. Só se valoriza o sexo, a que a modernidade nos entrega para neutralizar a paixão.