Utopia Brasileira

Utopia Brasileira J.O. de Meira Penna


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Segundo o autor : "Esta obra constitui um terceiro e último volume de uma série em que procuro explorar alguns aspectos da psicologia coletiva brasileira. Na verdade, principiei o empreendimento em 1972, com a publicação de "Psicologia e Subdesenvolvimento". Se incluirmos esse prólogo, trata-se de um tetralogia.
"Psicologia e Subdesenvolvimento" limitava-se, porém, a analisar certas facetas culturais relacionadas, diretamente, com o problema da nossa vocação para o Desenvolvimento diante dos desafios da época moderna. Abordava também alguns fenômenos característicos de nossa vivência coletiva, num momento importante da Revolução Industrial por que passa o Brasil - fenômenos tais como a demografia prolífica explosiva, o hábito de atribuir culpa por nossas misérias a fatores extrínsecos, a influência dominante da Grande Família como núcleo primário da sociedade, o Dinossauro da Burocracia envolvente e o papel do Cartaz em nosso comportamento público. Seu propósito específico era propor uma resposta à intrincada questão: "até que ponto traços culturais e o substrato religioso afetam nossa vocação para o Desenvolvimento?" Questão que parecia pertinente, pois o livro fora concebido no período inicial da rápida expansão econômica então conhecida como "milagre brasileiro".
Aristhóphanes, primeiro de uma série de humoristas terre-à-terre que mofaram dos utopistas, escreveu uma comédia para demonstrar que vivem nas "Nuvens"... O objetivo de sua crítica era Sócrates. Mas a expressão pegou. O "sonho que se realizou" é a grande recompensa do nefelibata mas, na maior parte das vezes - não sendo ninguém profeta em sua terra - a visão desvendada ao povo cético e ignaro será recolhida por outros que, mais tarde, comprovarão a justeza da fantasia. E ela deixará então de ser aquilo que o filisteu sempre diz que ela é: justamente uma utopia! Ora, precisamente porque somos, os brasileiros, além de tipos essencialmente afetivos, também grandes intuitivos, com um desenvolvimento ainda rudimentar das funções intelectuais e racionais empíricas, encaminha-se nossa imaginação popular para o sonho utópico, a procura do mito, a expectativa milenarista e o culto da personalidade messiânica (o Sebastianismo) - criando, no processo, uma tensão social que é imensamente criativa. Esse o tema precípuo da análise efetuada na presente obra. "

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Gabriel
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03/02/2012 18:30:56

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