Crônicas inéditas em livro, escritas entre 1986 e 1996, publicadas no jornal O Estado de São Paulo.
Trecho da obra: - 'Outro dia, uma amiga se queixou ao telefone- ‘Tenho vinte e sete anos e descobri que, até agora, tenho me alimentado de migalhas'. Falei qualquer coisa banal e consoladora, como 'a vida é assim mesmo, paciência' - e desliguei. Só não desliguei a cabeça- a frase ficou dias dando voltas dentro dela. Até que, não lembro bem como, de algum lugar de dentro de mim veio a resposta que não cheguei a dar à minha amiga- 'Mas será que isso que você chama de migalhas não será, afinal, o próprio pão?'