Inscrito no corpo

Inscrito no corpo Jeanette Winterson


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Inscrito no corpo





Uma intensa elegia àquela paixão que em minuto algum pode se dissociar de sua origem física, carnal, sangüínea, humana. Com a virilidade, a independência e a ousadia de uma Virgínia Woolf - de quem, aliás, esta autora inglesa se diz herdeira direta, única e verdadeira -, Jeanette Winterson mergulha na radicalidade daqueles que vivem em busca do amor ardente e trágico, no sentido mais dionisíaco da vida, daqueles que amam com as vísceras, com a carne, com cada centímetro do corpo.

É um culto à anatomia da mulher amada, do cheiro, da forma e da cor de cada poro desta mulher, aqui uma mulher casada que não sente nada dessas coisas pelo marido, mas sim pelo amante, o narrador deste triângulo amoroso inglês, pós-Margareth Tatcher. O narrador vive a brutalidade das ausências e viaja sempre para este território adorado e perdido: o corpo que lhe desencadeia todos os sentidos de vida e de morte.

A prosa erudita de Jeanette Winterson torna-se ainda mais afiada e irônica ao negar ao narrador, ápice do triângulo torrencial, um gênero sexual. Embora o objeto de seu amor seja a mulher casada e especialmente o corpo desta mulher casada, ele por vezes é um homem, por outras é uma mulher e chega a ser ainda um amante de condição sexual indefinida, porém intensa, de sensações sangrentas, viscerais. É um ser humano convulsivo, que se corrói fisicamente com a perda do outro corpo, tão incondicionalmente desejado. Inscrito no corpo é da ordem dos amores radicalmente físicos e, portanto, de intensidade trágica.

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