Em nenhuma outra parte dos domínios da cultura brasileira a fusão do simbolismo da cor e do preconceito racial torna-se mais evidente do que nas histórias populares, particularmente naquelas histórias infantis cujos narradores mais versáteis amiúde eram, ironicamente, negros eles próprios. Tais histórias, não se pode duvidar, sedimentaram-se na mentalidade adulta para formar um fator sempre presente no subconsciente, contrastando com a pretensa ausência de racismo conseguida através da educação ou da subserviência à propaganda nacionalista.