Cadeira de Balanço é o rememorar de fatos, é a lembrança clara de vários momentos que vão lentamente voltando a tona, ganhando espaço na vida de uma mulher que vai os tecendo à medida que os relembra, levando-nos em muitos momentos a perguntar se tudo isso é real e se somos parte desse enredo que, com sua verossimilhança, nos deixa com a impressão de termos vivido parte dessa história.
A vida que Nivaldo Joaquim empresta a cada um dos seus personagens marca o desenvolvimento da trama. Nesse instante, a obra ganha fôlego e segura o leitor, e o ritmo vai num crescendo constante... e a vida ganha espaço, a cumplicidade se instala em definitivo.
Cadeira de Balanço nos apresenta contos supostamente vividos por uma única pessoa, sob uma aura de mistério, deixado transparecer por Luz, uma mulher que traz na face a marca do tempo e que expõe a emoção da sua verdade e da sua alma e nos mostra segredos e sabedorias de quem já viveu muito. Superação é a palavra que norteia toda a obra, é a chave que abre a porta dos sonhos e da realidade. Essa chave está nas mãos de Luz, que passa como um presente a Michael, e ambos, sentados nessa Cadeira de Balanço, têm uma visão maior do mundo.