Certa madrugada, uma mensagem leva Guilherme ao hospital. Na emergência está sua amiga, Mariana, que falhou em administrar a dose certa para seu mal: a existência. A partir deste episódio, a narrativa retrocede cinco anos, até o primeiro encontro entre ambos. A partir daí constrói-se uma ambígua amizade, cheia de perturbações, afastamentos e reaproximações, em que as únicas constantes são os fatores que constituem a intensa identidade entre ambos: a depressão e a dedicação pelos animais. “O Espelho Partido” é mais do que uma história de amor e amizade. É um romance animalista e existencialista, repleto de referências literárias, filosóficas e musicais. Nas suas páginas, em meio aos dramas internos e aos conflitos de ideias, busca-se refletir sobre a distância entre a existência de tantos e a vida, essa experiência tão rara.