Se um cineasta que costuma fazer cinema-catástrofe lesse o livro, ficaria tentado a fazer um filme baseado nele – acidentalmente, um homem atinge dimensões gigantescas, e fica errando pelo planeta, causando mortes e destruições, inconscientemente (seres e construções são minúsculos diante dele).
Tudo acontece porque dois cientistas, na tentativa de criarem algo que fizesse com que qualquer vegetal crescesse por meio de multiplicação celular, acabam por criar uma substância que, ao invés de fazer com que as células se multipliquem, as fazem crescer por si mesmas, tanto células vegetais como células animais, e de uma maneira estúpida, a ponto de ficarem visíveis a olho nu.
Jorge dos Santos, um piloto de avião que um dos cientistas arrumara para que trabalhasse para um conhecido, faz com que parte da substância penetre pela sua ferida, e a substância age em todas as células do corpo.
No seu tamanho incomensurável, Jorge tem de conviver com a solidão, com a fome, com a sede e outros desconfortos.