A Noite Das Asas Vermelhas

A Noite Das Asas Vermelhas Emanuel Neves


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A Noite Das Asas Vermelhas


Crônicas Coloradas




A partida foi reiniciada, mas algo fora do gramado me chamou atenção. Em cima da marquise central da superior, uma figura cintilava. Trajava vestes encarnadas e trazia às costas inenarráveis asas da mesma cor. A plumagem do arcanjo rubro descia dos céus e roçava a coréia. Estático, com as mãos abertas, parecia abençoar a multidão, alheia à sua presença. Meu coração não batia. O espectro fechou os olhos e apontou a destra para a goleira do placar eletrônico. A cidadela de Figueroa. De Claudiomiro. O arco do gol mil. A meta da mágica tabela de Escurinho e Falcão. A baliza iluminada. Sobrenatural. A goleira divina. Seguindo o seu movimento, enxerguei Tinga agachar-se e ouvi o Gigante gritar como nunca havia feito antes. As lágrimas embaçaram minha visão. Me voltei para o telhado que traz a inscrição da maior torcida do Rio Grande. Mahicon Librelato não estava mais lá.

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Fantástico!
on 22/11/09


Com "A Noite das Asas Vermelhas" Emanuel Neves consegue tirar lágrimas de todos os COLORADOS. Simplesmente brilhante!!!... leia mais

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Murilo
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11/01/2009 16:14:11

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