Durante uma séria de conferências pronunciadas na Europa, Wright Mills confessou sua dificuldade em exprimir por que os cientista sociais norte-americanos se absorviam pelos levantamentos de opiniões e pelos estudos teóricos, numa época em que a liberdade e a razão do Homem estavam em perigo. Essa experiência levou-o a escrever este livro, que é uma crítica cultural das Ciências Sociais, e onde faz observações ácidas sobre as correntes sociológicas predominantes nos Estados Unidos, fazendo ao mesmo tempo uma defesa inteligente da tradição da análise sociológica clássica.
Retratado por artistas e escritores como presa fácil e impotente de forças acima de seu controle, o homem moderno corre o perigo de perder também o controle de seu próprio destino. Acredita Wright Mills que o dever intelectual e político dos cientistas sociais é o de relacionar esses sentimentos pertubados com as modificações de nossa sociedade, examinando, por exemplo, os problemas matrimoniais à luz das crises institucionais da família, descobrindo as possibilidades de enfrentar e solucionar tais problemas.
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C. Wright Mills, autor do presente livro, foi um dos mais brilhantes analistas sociais de nossa época. (...)