O autor está entre os pouquíssimos estrangeiros a ter conseguido captar a amizade e a confiança de uma comunidade indígena haitiana, a ponto de ter sido efetivamente adotado por ela. Deste modo, pôde assistir pessoalmente às pouco conhecidas cerimônias do culto vodu, nas quais a feitiçaria, a sexualidade, e a morte coabitam em enigmática simbiose. Desde a publicação inicial de seu livro, numerosos autores tentarem descrever as práticas do vodu e suas cerimônias ocultas ao público de cultura européia, mas nunca sequer se aproximaram do grau de convivência e familiaridade com a cultura haitiana, neste seu particular aspecto, ao qual chegou o autor desta obra. William Seabrook, sozinho, obteve autorização para visitar os recônditos mais secretos da ilha, e admitido às mais terrificantes manifestações da magia das Antilhas. Dentre estas, após ter recebido o batismo de sangue das mãos de Mamam Célie, teve oportunidade de encontrar um morto-vivo ou, como é chamado naquela região, um verdadeiro zumbi, trazido de volta à vida pelos feiticeiros do vodu.