Cida Zientarski 22/09/2022
O Menino Maluquinho e Feliz
“Todas as pessoas grandes foram um dia crianças- mas poucas se lembram disso” (O Pequeno Príncipe)
“O Menino Maluquinho”, continua me encantando contando sobre o famoso garoto que usa uma panela na cabeça como se fosse um chapéu. Foi escrito pelo famoso desenhista e cartunista Ziraldo. Não tem como não se apaixonar por ele. Não importa a idade.
Tudo começou com um menino “que tinha o olho maior do que a barriga, tinha fogo no rabo, tinha vento nos pés, umas pernas enormes (que davam para abraçar o mundo) e macaquinhos no sótão (embora nem soubesse o que significava macaquinho no sótão). Ele era impossível”. Seu nome? O autor não diz. Ele o chamou de O Menino Maluquinho! Era assim que todos os chamavam também, pois ele era muito levado e travesso. Estava sempre aprontando das suas. Dando sustos também. Mas era muito amado e muito sabido. E nunca parava quieto. Quanta energia ele tinha! Aproveitava o tempo como ninguém. E quanta imaginação!
Ziraldo escreveu um livro perfeito para crianças, pois é cheio de ilustrações. Uma curiosidade, é que os traços do personagem são muito fortes, você consegue facilmente reconhecê-lo em qualquer lugar. Qualquer criança diante de um desenho dele irá identificá-lo. Além disso, o texto é sempre curto e com um ar de diversão. E um pouco poético também, com versinhos.
O Menino Maluquinho nos contagia porque resgata a infância. Falando de um garotinho que não teve medo de viver a infância ao máximo. Ele aprontava sim, caia e se machucava, de tanto brincar nas férias. Gostava de passar um tempo com seus avós, quando se esbaldava, pintando e bordando e comendo guloseimas. E sempre encontrava tempo para tudo, para ir para a escola, para ler, para colar figurinhas, para brincar, para estudar até tirar dez em todas as matérias, e se trancar no quarto e deixar a imaginação solta com as mais incríveis aventuras.
E o que eu gostei muito é que ele estava sempre fazendo traquinagem, ou querendo conversar, ou inventando brincadeiras. Ele tinha uma mente muito ativa, era muito esperto. E os pais nunca tentaram impedir ou refrear o desenvolvimento dele, pelo contrário, eles se envolviam e até o ensinaram a criar uma pipa, ou fazer um balão. Vamos ver que o relacionamento que ele tinha com a família era muito amoroso. E para mim, esse foi um dos fatores determinantes para ele ser alegre e saudável, como toda criança deveria ser. E foi muito importante para ele aprender a lidar com o problema que irá surgir com os pais. Que não é nada fácil para as crianças.
Mas o que está mais em destaque na personalidade dele é que ele era um menino feliz! Nada o impedia de arranjar um jeito de se divertir, nem um tempo chuvoso, ou um dia muito frio. E muito menos aqueles dias em que sentia um vazio o peito, ou dor. Nada que se aconchegar a família e ganhar muitos beijos e abraços não resolva.
E por fim, a mensagem que traz um exemplo para todos nós. Uma criança amada se torna um adulto muito legal, risos. Eu amei o livro e gostaria que as crianças dessa nova geração o conhecessem.
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