Irmã outsider

Irmã outsider Audre Lorde




Resenhas - Irmã Outsider


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anaranzi 07/10/2020

Forte e sensível
A vida de de Audre Lorde é arte, e sua escrita imita a vida. Com narrativas assertivas e poéticas, ela nos faz pensar a mulher negra em nossa estrutura social racista e sexista.
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Jessica 22/08/2020

Irmã Outsider
Uma das melhores experiências do ano. Apesar de ser um compilado de textos escritos há muitos anos, se mostra extremamente atual e NECESSÁRIO.

Demonstra a importância de se haver recortes dentro da luta feminista, da luta contra o feminismo e na luta de classes.

Acredito ser um livro de leitura imprescindível para todas as mulheres. Um grande exemplo de representatividade negra e lésbica, inspiração e reconhecimento para a luta desses grupos que geralmente ficam tão apagados. E fundamental para a melhoria da escuta de mulheres brancas e reconhecimento de seus privilégios que oprimem tanto, implementando assim a luta do feminismo e da lesbiandade ainda mais.

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suy 20/07/2020

"Fale para elas sobre como você jamais é realmente inteira se mantiver o silêncio, porque sempre há aquele pedacinho dentro de você que quer ser posto para fora, e quanto mais você o ignora, mais ele se irrita e enlouquece, e se você não desembuchar, um dia ele se revolta e dá um soco na sua cara, por dentro".
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Priscila | @prihc3m 08/06/2020

Há tantos silêncios para serem quebrados
Ler Audre Lorde é sempre um exercício de revisão de convicções, mas também de muita descoberta.
É sempre aquela sensação de: é isso!.

Escritora dos Estados Unidos, negra, lésbica, mãe, professora, poeta... tem uma escrita potente e consegue com as palavras fazer a gente revisitar sentimentos, pensamentos e comportamentos que nos constituem. Fala sobre silêncios, sobre medos, sobre ódio e raiva. Também fala sobre racismo, machismo, lesbofobia e outras formas de opressão.
O livro é a reunião de seus textos, artigos e entrevistas. A sua escrita é direta, simples e potente.
Dos escritos, o que mais me toca sempre que leio é o que fala sobre a transformação do silêncio em linguagem e em ação. Sobre os medos que nos ensinaram a sentir e que precisamos aprender a superar por necessidade de sobrevivência:

Não nos escondamos detrás das falsas separações que nos impuseram e que tão seguidamente as aceitamos como nossas. Por exemplo: Não posso ensinar a literatura das mulheres Negras porque sua experiência é diferente da minha. Entretanto, durante quantos anos ensinaram Platão, Shakespeare e Proust? Ou: Ela é uma mulher branca, o que ela pode dizer para mim? Ou: Ela é lésbica? O que vai dizer o meu marido, ou meu chefe?Ou ainda: Esta mulher escreve sobre nossos filhos, e eu não sou mãe?. E assim todas as outras formas em que nos abstraímos umas das outras.
Podemos aprender a trabalhar e a falar apesar do medo, da mesma maneira que aprendemos a trabalhar e a falar apesar de cansadas. Fomos educadas para respeitar mais ao medo do que a nossa necessidade de linguagem e definição, mas se esperamos em silêncio que chegue a coragem, o peso do silêncio vai nos afogar.

Há tantos silêncios para serem quebrados
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Lais Porto (@umaleitoranegra) 05/06/2020

Irmã Outsider
Foi uma imensa alegria ler esse livro de Lorde, já conhecia sua história, tinha gravado muitas das suas célebres frases, conhecia sua imagem, mas pegar um livro com a sua própria imagem na capa, entender o motivo das frases ditas e o seu contexto, ouvir da Lorde a sua história, muda tudo, fica ainda melhor, dá uma injeção de ânimo, de resistência, de esperança.

Cada capitulo é único, você pode ler até fora da ordem que não vai ter grande problema de entendimento, eu li na ordem e gostei da sequência do livro, mas você fique à vontade. Os capítulos que mais me chamaram a atenção foram – Os usos da raiva: as mulheres reagem ao racismo e Olho no olho: mulheres negras, ódio e raiva.

Neles Lorde destrincha como nós mulheres negras estamos submersas na raiva e ódio desde crianças, como os racistas nos colocam no lugar do não humano, jamais vou esquecer a cena que ela descreve de quando era criança, foi sentar perto de uma mulher no metrô e essa mulher puxou o casaco de forma brusca somente para que não encostasse em Lorde.

Além disso Lorde compartilha conosco como podemos usar essa raiva e ódio e direcionar para o lugar certo, não para nós pretos, mas para a causa, a fonte de toda essa situação, não foi à toa que branquitude construiu esse auto ódio e ódio entre pessoas negras, esse é um dos modos de nos desorganizar, e povo desorganizado não ganha nenhuma batalha.

Eu simplesmente amo o seguinte trecho no qual Lorde muito didaticamente explica tudo:

“Toda mulher tem um arsenal de raiva bem abastecido que pode ser muito útil contra as opressões, pessoais e institucionais, que são a origem dessa raiva. Usada com precisão, ela pode se tornar uma poderosa fonte de energia a serviço do progresso e da mudança. E quando falo de mudança não me refiro a uma simples troca de papeis ou a uma redução temporária das tensões, nem à habilidade de sorrir ou se sentir bem. Estou falando de uma alteração radical na base dos pressupostos sobre os quais nossas vidas são construídas.”

Trago a fala de Lorde e já puxo para outro tema que ela escreveu lindamente, sobre ouvir os mais velhos, ouvir os mais velhos vem de uma prática ancestral, os nossos antepassados em África faziam isso e levaram esse ensinamento mesmo no pior momento da vida deles. Muito está se errando por não olhar com atenção para o passado, por não ouvir os ensinamentos dos mais velho, as pessoas pensam logo no futuro, mas só teremos algum futuro digno para pessoas negras se aprendermos com o passado e construirmos o presente.

“Nós nos esquecemos que o ingrediente necessário para fazer o passado trabalhar para o futuro é a nossa energia no presente, metabolizando um par dar origem ao outro. A continuidade não acontece automaticamente, nem é um processo passivo.”

Nesse mesmo capitulo Lorde lança a pergunta: “Vocês estão fazendo a sua parte?” Esse capitulo foi um texto apresentado no final do evento - Semana Malcolm X - em 1982, mas a pergunta é bem atual não acham?! Termino a resenha com ela por estarmos em um momento muito propício para tal pergunta. Você pessoas não negras, antirracistas e antifascistas, estão fazendo a parte de você???

Para o povo preto termino com outro trecho: “Os patriarcas brancos nos disseram: “Penso, logo, existo”. A mãe negra dentro de cada uma de nós – a poeta – sussurra em nossos sonhos: “Sinto, logo posso ser livre”. A poesia cria a linguagem para expressar e registrar essa demanda revolucionaria, a implementação da liberdade”.

Vamos aprender com essa nossa mais velha, não mais presente fisicamente, mas que nos deixou tudo escrito, se instruam povo preto, leiam, aprendam e escrevam, ouçam a mãe negra dentro de vocês.

site: http://leitoranegra.blogspot.com/2020/06/irma-outsider.html
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Angel 26/05/2020

pelo amor de deus vá ler esse livro!
todas as pessoas do mundo, sobretudo mulheres, devem ler esse livro.
precisamos construir narrativas sobre as nossas vidas e aprender a dialogar umas com as outras
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Alyne Lima 08/04/2020

Essencial
Livro perfeito para reflexão
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@retratodaleitora 16/03/2020

Essencial
Mulher, negra, mãe, feminista, lésbica, poeta, professora, ativista dos direitos civis, militante contra a opressão, o racismo e o machismo estrutural; Audre Lorde foi e é ainda hoje uma figura importantíssima na teoria e na literatura feminista e antirracista. “Irmã Outsider” foi meu primeiro contato com Audre, que faleceu em 1992. Neste livro, que reúne 15 textos, entre ensaios, conferências e uma entrevista, Audre vai abordar assuntos de uma forma muito acessível, com uma escrita livre, sempre pessoal.

Audre foi uma mulher negra e lésbica, filha de imigrantes, e lidou desde muito cedo com o racismo, mesmo quando ainda não sabia o que significavam os olhares que recebia ainda criança. E sendo uma mulher lésbica, mãe de dois filhos, também lidou e lutou contra o preconceito ao seu sexo e à sua orientação, enquanto lutava desde sempre contra o ódio à sua cor. Bravamente. Audre, ao descobrir sua voz (o direito ao grito) resolveu que a usaria, e também sua escrita, para ajudar outras mulheres ainda silenciadas, por medo, vítimas de sistemas opressores.


“Lidar com umas sem sequer mencionar as outras é deturpar tanto o que temos em comum quanto o que temos de diferente. Porque para além da irmandade ainda existe o racismo”.




Um dos temas que a autora aborda aqui é o silêncio advindo do medo, e como o nosso silêncio pode nos sufocar, nos limitar. Como ela diz “há muitos silêncios a serem quebrados”. Audre também foca muito no lugar de fala, e como nós, dentro do feminismo, não podemos negar, excluir ou ignorar grupos de mulheres por não nos encaixarmos neles. Feminismo é sobre todas as mulheres. O feminismo é, deve ser para todas, e lutamos para que todas tenham suas vozes, suas lutas e suas pautas ouvidas, lidas, respeitadas.


“Não sou livre enquanto qualquer outra mulher for prisioneira, ainda que as amarras dela sejam diferentes das minhas.”


Sua contribuição para o feminismo, sua voz, sua importância, seu legado; nada disso pode ser negado ou esquecido. Precisa ser lido, disseminado. Foi uma experiência enriquecedora, no mínimo. Leiam, conheçam Audre Lorde. “Irmã Outsider” foi uma excelente porta de entrada. Leiam! Recomendo fortemente a todxs.

site: https://www.instagram.com/p/B9py0eEDgXK/
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