Resenhas - O Jogo do Anjo

Soda Káustica 16/04/2024

Como uma pessoa consegue escrever um livro desses?
A história do livro não anda, ela voa como uma barata. Você nunca sabe para onde ela vai seguir e qualquer tentativa de descobrir vai falhar. Não dá para parar de ler, não tem como não gostar dos personagens (com algumas excessões) e não tem como não gostar desse livro.

Maya 13/04/2024

Ainda digerindo esse livro. Honestamente essa série é de uma perfeição sem limites. De onde esse escritor tirou tanta ideia boa não sei

Cherry Mari 11/04/2024

7/10
Esse livro não me prendeu tanto, gostei da história, mas não é tão cativante quanto o primeiro livro, também não curti muito o personagem principal, mas adoro a Isabella

Vania.Cristina 08/04/2024

Sombrio e sensível, tocou meu coração
Esse é o segundo volume da série O Cemitério dos Livros Esquecidos, do espanhol Carlos Ruiz Zafón. Embora os livros se entrelacem, podem ser lidos separadamente, porque são narrativas independentes.

A história deste se passa antes dos acontecimentos do primeiro livro. E o contexto social e histórico é ainda mais relevante aqui. Acho que conhecer um pouco a história da Espanha e da luta contra o fascismo, facilita a compreensão das camadas mais profundas dessa obra.

David Martín é o protagonista. Ele foi uma criança pobre, abandonada pela mãe e criada pelo pai analfabeto, ex soldado, amargurado e com baixa auto estima, que demonstrava um afeto contido pelo menino, e o tratava de forma violenta.

Martín cresceu amando livros e frequentando, escondido do pai, a livraria Sempere & Filho, que se tornou um lugar acolhedor e seguro. O velho Sempere sentia carinho por ele, permitindo que ficasse por lá lendo o que quisesse. Suas economias, gastava com livros que o velho vendia barato para ele. Quando não tinha como comprar, ganhava.

Um dia, o pai de Martín foi brutalmente assassinado na frente do filho.

Assustado e traumatizado, o menino se escondeu na área das máquinas do jornal La Voz de la Industria, onde o pai trabalhava como porteiro.

Uma vez descoberto, passou a ser protegido pelo jornalista, célebre e rico, Pedro Vidal, que convenceu o jornal a contratar o menino, primeiro como contínuo, depois como seu assistente pessoal. Com o apoio de Vidal, aos poucos Martín foi subindo no jornal, se tornando repórter da editoria de Polícia. Depois, ganhou uma coluna fixa no jornal, para escrever contos de ficção.

Incomodado com a inveja dos colegas, que desprezavam a sua rápida ascensão, Martín resolveu sair do jornal. Ainda com a ajuda de Vidal, conseguiu um trabalho na editora Barrido & Escobillas, onde começou a ganhar bem escrevendo livros populares e usando um pseudônimo.

Procurando um lugar pra morar que pudesse ser seu, acabou comprando uma mansão sombria, que estava abandonada, e que sempre lhe chamou a atenção.

Martín estava secretamente apaixonado por Cristina Sagnier, filha do motorista de Vidal, mas sentia que ela não o respeitava, por desprezar o tipo de livro que ele escrevia e por acreditar que ele estava desperdiçando seu potencial criativo.

Martín trabalhava muito, estava exausto, se sentia explorado pelos editores que estavam enriquecendo às suas custas, dormia pouco e estava solitário. A mansão revelava, cada vez mais, um lado sombrio e misterioso, coisas estranhas começaram a acontecer. A mansão tinha segredos...

Aos poucos Martín foi adoecendo, tendo lapsos, desmaios, visões... Quando estava bastante fragilizado e depressivo, conheceu um homem elegante e misterioso que se apresentou como editor francês. Ele queria que Martín largasse todo o trabalho e dedicasse a ele exclusividade por um ano, para escrever um livro misterioso encomendado. Em troca, se aceitasse, ele iria receber um bom dinheiro adiantado, e mais dinheiro ainda, ao término do trabalho, além de outras ofertas misteriosas e sedutoras.

Gente, isso tudo são só as primeiras páginas do livro. Muita coisa acontece.

A história de O Jogo do Anjo mexeu mais comigo do que A Sombra do Vento, o primeiro livro. Tive uma experiência de leitura melhor, fiquei comovida, emotiva, foi tudo mais intenso. Talvez eu esteja agora familiarizada com o autor, talvez aqui ele esteja mais maduro, não sei dizer. A história é mais sombria, com presença forte do sobrenatural. Mas é um sobrenatural que, em alguns momentos, deixa o leitor em dúvida sobre a confiabilidade do narrador.

Gostei do entrelaçamento entre os dois livros. Foi muito bom reencontrar a livraria e os Sempere, e conhecer mais sobre a família. Curioso é que o Cemitério dos Livros Esquecidos, que dá nome à série, tem muito menos protagonismo do que a livraria dos Sempere. Mas a grande protagonista e o grande cenário vivo é, na verdade, a cidade de Barcelona, bela, assustadora e intensa.

Se o primeiro livro me remeteu a Dumas, esse aqui me lembrou Oscar Wilde e O Retrato de Dorian Gray.

Só sei que agora quero muito ler os outros livros dessa série e sinto tristeza quando penso que o autor nos deixou cedo. Favoritei. Leiam!

AmandaFerronato 04/04/2024

O jogo do Anjo
Eu fico sempre impressionada com as histórias de Zafón. Ele consegue nos prender do início ao fim, com um ar de mistério e de surpresa. Sou fã do escritor e esse livro é mais um dos belos livros que ele escreveu. Para quem curte esse ar de suspenso vai amar ler.

Guilherme Dehon 04/04/2024

O Jogo do Anjo...
Simplesmente magistral!

O Jogo do Anjo conseguiu ser tão bom e ainda melhor que seu antecessor, A Sombra do Vento...

Narrado pelo personagem principal, David Martín, um jovem escritor passando por uma situação pessoal complicada, recebe uma proposta milionária para escrever um livro específico, feita por um misterioso editor chamando Andreas Corelli...

Zafón explora com maestria a vida das personagens, em especial o protagonista.

Cada momento, situação, fase, seja nos momentos de maior tristeza ou alegria, é intensamente vivenciada pelos personagens.

Uma obra que flerta com o sobrenatural e é profundamente carregada de fortes sentimentos e emoções, ação e suspense, romance mistérios tudo simétricamente equilibrados.

A Amizade, amor, ódio, traição, arrependemos, superação, oportunidades... escolhas e suas consequências...

A linguagem usada por Zafón é muito fluída tornando a leitura agradável, contagiante.

Uma verdadeira obra prima!

Uma grande perda para a literatura mundial o falecimento do autor em 2020

Mas suas obras estarão aí para todos que puderem, quiserem, ousarem dar uma chance e conhecer um universo surpreendente através do legado de Carlos Ruiz Zafón.

Jade.Grande 27/03/2024

"Onde quer que eu esteja, você estará sempre comigo."
O final é com certeza totalmente diferente do que eu imaginava.

"O Jogo do Anjo" de Carlos Ruiz Zafón é uma obra que polariza opiniões devido à sua narrativa intricada e atmosfera densa. Embora seja amplamente elogiado por sua escrita habilidosa e a habilidade do autor em criar uma Barcelona gótica e enigmática, o livro também recebe críticas por sua complexidade excessiva e seu enredo labiríntico. Zafón tece uma trama cheia de reviravoltas e mistérios, o que pode ser tanto um ponto forte quanto um ponto fraco. Enquanto alguns leitores apreciam a profundidade e a imprevisibilidade da história, outros podem se sentir perdidos em meio às várias camadas de enredo e personagens.

Além disso, embora a ambientação seja ricamente detalhada e evocativa, alguns críticos argumentam que a narrativa é sobrecarregada por descrições excessivas, prejudicando o ritmo e a fluidez da leitura.

Outro ponto de controvérsia é a complexidade dos personagens. Enquanto alguns são bem desenvolvidos e cativantes, outros podem parecer estereotipados ou unidimensionais.

No entanto, é inegável que "O Jogo do Anjo" possui méritos indiscutíveis. Zafón demonstra sua maestria na criação de atmosferas sombrias e intrigantes, e sua prosa é muitas vezes poética e envolvente. Além disso, o livro aborda temas profundos, como a natureza da arte, a busca pela verdade e os limites da moralidade.

Em suma, "O Jogo do Anjo" é uma leitura que pode dividir opiniões, mas que certamente deixará uma impressão duradoura naqueles que se aventurarem por suas páginas.

Diana279 24/03/2024

Depois de tantos anos que conheci A Sombra do Vento, finalmente consegui ler a continuação. E não me espanta que esse livro consiga ser tão bom quando o primeiro. O único ponto negativo, que eu vi até mesmo no primeiro, são as descrições excessivas e desnecessárias de todos os lugares que aparece no livro, fora isso, é intrigante, várias reviravoltas, e com toda certeza uma ótima recomendação.

amanda 22/03/2024

Isso aqui é obra de arte.

Agora isso de que não tem ordem pra ler essa série é meio papo furado. Queria ter lido esse antes de Prisioneiro do Céu.

Bella 19/03/2024

Escrita linda e impecável, porém livro confuso
O Zafon tem uma escrita impecável. Eu me peguei várias vezes sorrindo com os diálogos e marcando frases que achei bonitas ou filosóficas.

Da série, achei esse livro mais fraco. Muito confuso e muito arrastado no geral. Levei um tempo para finalmente terminar o livro.

Em alguns momentos eu até pulava parágrafos que eram apenas descrições infinitas de coisas que não mudavam em nada a história.

O livro poderia ser muito bom, mas se enrolou, ficou confuso e vago. Até agora eu não entendi o que aconteceu no final.

Se alguém entendeu e puder me explicar agradeço haha

fernandaugusta 06/03/2024

O jogo do anjo - @sabe.aquele.livro
Este é o segundo livro da série "O Cemitério dos Livros Esquecidos". Embora o autor especifique que cada história é fechada e independente, achei que este livro deixou muitas pendências e que não teve um desfecho satisfatório. Olhei algumas resenhas e vi leitores comentando que estes desfechos vem nos livros seguintes, que não era para desistir neste. Mas aí a narrativa não é fechada e independente, certo?

Bom, aqui temos a Barcelona dos anos 1920 e acompanhamos a história do jovem aspirante (e depois escritor) David Martín. Abandonado pela mãe e criado por um pai violento, que morreu quando David tinha 16 anos, desde cedo o protagonista teve que saber se virar. Trabalhava como faz tudo em um jornal e depois ficou encarregado de pequenas matérias policiais. Foi apadrinhado pelo escritor Pedro Vidal, homem rico e que assumiu o papel de mentor do jovem.

David ganha a oportunidade de escrever contos para o jornal e suas histórias fazem bastante sucesso. Após ser demitido, pela antipatia e inveja dos colegas, assina contrato com editores exploradores e desleais, e sua produção literária não leva seu nome e o deixa doente. Então é procurado por um misterioso editor estrangeiro, Andreas Corelli, que lhe propõe uma obra sobre encomenda. David também se muda para um casarão sombrio, em que viveu um homem atormentado, e que tem uma estranha conexão com Corelli.

Outro amigo de Pedro é o Sr. Sempere, dono da livraria Sempere & Filhos, e quem apresenta o Cemitério dos Livros Esquecidos a David. No local, David retira um estranho livro, escrito pelo antigo morador do casarão que ele alugou. Ao ler Lux Aeterna, David começa a investigar quem foi seu autor, e quanto mais descobre, mais se vê envolto em uma trama de perigos que não sabe se são reais ou fruto da perda de sua própria razão.

Zafón criou uma história sombria, com um alto teor de loucura e com fatos que não conseguimos saber se são reais ou imaginação de David. O mistério é interessante, mas a partir da metade do livro, acho que ficou mal conduzido. O final deste livro não fez sentido algum para mim, com muitas dúvidas e vários pontos não esclarecidos.

Quem é Andreas Corelli? Por que o antecessor louco de David, Diego Marlasca, foi escolhido? Por que o próprio David foi escolhido por Corelli e por que a casa da torre o atraiu tanto? Simplesmente não tive resposta satisfatória para muitas perguntas.

A linha entre realidade e fantasia ficou muito apagada, diferentemente de "A Sombra do Vento", em que tínhamos um mistério factível, este aqui simplesmente surgiu do nada e foi para lugar algum.

O mais interessante foi acompanhar os Sempere na livraria, e a conexão entre estes personagens e o Cemitério dos Livros Esquecidos.

Para mais de 500 páginas de leitura, penso que pelo menos o livro podia ter deixado sua própria história bem amarrada. Agora é conferir nos posteriores se pelo menos alguma coisa é esclarecida. Espero que sim.

Elton.Oliveira 02/03/2024

Uma trama sombria sobre livros
Mais uma vez , um enredo que não baixa a intensidade!

Estou encantado com a perspicácia de Zafón em montar uma história centralizada em bibliotecas, leitores , escritores , suspense , reviravoltas e encaixes impressionantes com a história central da série, que agora estou entendendo o porquê de poder ser lida em qualquer sequência.... História ímpar ! Nunca vi tanta maestria em uma composição!

Nesse livro da série " Cemitério dos Livros Esquecidos" , Zafón monta mais uma história bem encaixada de um escritor. Vamos prestigiar toda sua trajetória, início pobre , sofrido , sem dinheiro, sem família e com ajuda de um protetor, consegue construir uma fama e tem seu pequeno auge em publicações que imprimem sua marca e conquista seus fãs.

Ele não tem sossego, tem que produzir intensamente, seus empregadores não facilitam nunca sua vida. Cada um exige trabalhos ardilosos e rotinas exaustantes de trabalho. Por último, encontra um certo patrão que lhe dará uma difícil tarefa de criar uma religião em forma de livro ! É aí que começa a história dessa trama , com vidas anteriores , buscas por respostas a toda sua inquietante situação, um sombrio e terrível Jogo do Anjo ???.

Investigações, plots , descobertas e tudo tão bem conectado à Biblioteca dos Livros Esquecidos ! Descobrimos a sequência dos personagens na trama central, o nascer , o antes, o depois ... Kkkkkkk ! Eu realmente estou em êxtase com essa série.... ??.

Obrigado Zafon ! É um prazer poder apreciar seu trabalho!

Michele 28/02/2024

Tinha expectativas com esse livro... mas o que encontrei foi algo lento e vagaroso...
David Martin e totalmente diferente do Daniel, aleas todo o tom do livro é diferente...
Mas pra além das comparações, foi a lentidão que me desanimou, brincando acredito que umas 200 páginas poderiam ser cortadas sem causar nenhum dano.
Voltas e mais voltas, fora descrições exageradas que por vezes me fazia perder o foco da leitura...
Gostei da narrativa até certo ponto, tive curiosidade pra ver como David iria sair da furada que ele havia se metido, mas depois eu só queria acabar...
E o final deixou pontas soltas, além de um novo arco desnecessário...
Ainda quero ler os dois, mas infelizmente essa experiência não foi satisfatória ..

Fagner Viana 28/02/2024

Uma história que começa com uma lógica e vai se perdendo durante a trama e com um final totalmente sem lógica nenhuma.

@tigloko 26/02/2024

Cada vez mais apaixonado por essa série!
Adorei retornar a essa série. Novamente o autor traz uma Barcelona recheada de personagens incríveis e ainda mais segredos, que me fizeram ter uma imersão completa durante a leitura.

É impressionante como ele consegue misturar gêneros literários de forma tão bem feita, isso ainda me surpreende. Tem mistério, drama, um pouco de terror, policial, é realmente para todos os gostos e tudo bem dosado sem extrapolar. Porém, achei que o fantástico estava mais presente neste livro em relação ao anterior. Em alguns momentos fiquei na dúvida se os acontecimentos eram reais ou somente fantasia do protagonista, gostei dessa ambiguidade.

Ainda que tenha curtido bastante o livro, sinto que no seu terço final ele perde um pouco o ritmo e demora a concluir a história( conclusão essa muito boa, vale mencionar).

Estou curioso para o que me aguarda nos próximos volumes!