Contos de Terror e Mistério

Contos de Terror e Mistério Edgar Allan Poe




Resenhas - Contos de Terror e Mistério


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Mick 07/09/2013

"Contos de Terror e Mistério"
"Contos de Terror e Mistério", primeiro livro de Edgar Allan Poe que eu li, é uma coletânea formada por 22 contos, todos narrados em primeira pessoa. Com este livro, o leitor depara-se com o assustador, o improvável e o surpreendente... O mistério da morte e o mistério da mente constituem os temas principais desse livro.

Em "Berenice", um homem desenvolve uma obsessão pelos dentes de sua noiva e prima; em “Morela”, um homem narra a história do seu casamento com uma estranha mulher que no leito de morte lhe afirmou que ele em vida nunca a amou, mas que após a morte ele a “adoraria”... Em "Metzengerstein", um fidalgo suspeito de provocar incêndio que matou o patriarca da Berlifitzing se torna obcecado com um misterioso cavalo que os seus servos encontraram em suas terras após a morte de seu rival... Em "O Retrato Oval" uma trágica história de amor: um pintor é tão obcecado com a pintura o retrato perfeito de sua bela esposa, que ele não faz mais nada até que esteja terminado... Em “O Coração Denunciador" um homem mata o velho com quem vivia e "enterra" o corpo debaixo do assoalho, mas, algo começa a lhe perturbar... Em "O Gato Preto" um gato idêntico ao antigo animal da família aparece numa casa após o primeiro gato ter sido assassinado pelo dono que ele amava. Em “O Poço e o Pêndulo” um homem julgado e condenado por inquisidores é atirado em uma espécie de calabouço muito escuro e ali ele enfrentará armadilhas mortais... Em "O Barril Amontillado" um homem traça uma vingança terrível contra seu desafeto... Em "Hop Frog" um anão tirado de sua terra natal e feito como o bobo da corte de um rei perverso propõe ao monarca uma especial “brincadeira”, pondo em prática uma terrível vingança contra o rei e seus ministros por humilharem sua companheira...

Então, apesar de ter ótimas histórias como as citadas, não é um livro que agradaria a todos, seja por causa do estilo da narrativa, meio “travada” em alguns contos, (afinal são textos escritos entre os anos de 1835 e 1846, num estilo e linguagem que talvez não estejamos muito acostumados atualmente) ou pelo fato de todas as histórias serem narradas em primeira pessoa, o que torna o livro um pouco cansativo e monótono pela repetição da mesma forma narrativa.

Concluíndo, "Contos de Terror e Mistério" é um livro que tem histórias ótimas, boas e ruins. Particularmente, não apreciei os contos "Uma História das Montanhas Ragged" e "Revelação Mesmeriana", muito ruins! Mas, vale à pena mencionar algumas histórias como "William Wilson", Ligeia", "A "Morte Rubra e "O Barril Amontillado", as quais foram bem legais.

Enfim, os terrores que Poe descreve com intensidade e impressionante realismo em alguns contos nos fazem arrepiar a espinha ao imaginar as situações vividas pelos personagens. Para o leitor inexperiente em livros de terror eu só indicaria alguns contos desse livro, mas o para os que já apreciam o tema, que são fãs do gênero e querem conhecer um pouco da obra Edgar Allan Poe, um escritor que revolucionou a arte de escrever contos, histórias de detetive, ficção científica e de terror, é uma leitura obrigatória.
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Brenda675 23/01/2011

Olha, meu marido começou a ler e não conseguiu terminar e passou pra mim. Gente, PRA MIM, foi um TÉDIO ler esse livro!! Não gostei mesmo, muita coisa nada a ver, sabe? Muita coisa ÓBVIA e os contos acabavam quase todos os iguais, as características iguais. Quanto mais você lia, mais você sabe o que ia acontecer e o final do conto que estava lendo e dos próximos. Não via a hora de terminar. MAS, pra não ser injusta, gostei de dois contos. Principalmente do último. Tinha uma noção de que tal personagem ia tomar alguma atitude, mas nem sequer pensei no que faria e gostei.

Não digo que recomendo, pra quem for fã de leitura NÃO IMPORTA COMO SEJA o livro, leia.
Quem sabe não te prende?
:)

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Wilton 07/04/2015

Vidas amarguradas
O livro foi editado com contos narrados em ordem cronológica. A leitura revela que o autor, na primeira juventude, escreveu histórias atormentadas onde aparece de forma bastante clara certa tendência autobiográfica. Com a maturidade, surge um escritor mais rebuscado e irônico, já libertado da característica de realizar as suas obras usando somente a primeira pessoa do discurso narrativo. Pouco a pouco, surgem personagens exóticos e até engraçados que, às vezes, parecem deslocados em contos de terror. Principalmente, nos seus primeiros contos é descrito um medo real, um medo que estava dentro da personagem, um medo que estava dentro dele próprio, autor, porque eram os seus terrores, as suas fobias, os seus recalques, reais, autênticos, verdadeiramente existentes, que ele transfundia em seus personagens, que eram sempre projeções, dele, Poe.
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Rodrigo Picon 30/12/2011

Contos de Terror e Mistério
22 são os contos que preenchem as páginas deste livro. Todavia, como já leitor assíduo de Edgar Allan Poe, já havia lido 13 dos referidos contos: "Berenice", "Metzengerstein", "Ligeia", "A Queda da Casa de Usher", "William Wilson", "O Retrato Oval", "A Máscara da Morte Rubra", "O Gato Preto", "O Poço e o Pêndulo", "O Demônio da Perversidade", "O Caso do Sr. Valdemar", "O Barril de Amontillado" e "Hop-Frog", assim não irei pormenorizá-los.
Li os 9 contos remanescentes e, de modo geral, os que outrora li são mui melhores que os que li nesta obra. As únicas exceções são "O coração denunciador" e "O enterramento prematuro", que são obras a ficar lado a lado com "O Gato Preto", "O Poço e o Pêndulo" e outros do mestre Poe. "Morela" e "Eleonora" lembram, e muito, os contos "Ligeia" e "Berenice", parecendo cópias das mesmas. "O Visionário", o conto alegórico "O Rei Peste" e "Revelação Mesmeriana" não merecem gastar o tempo para lerem, assim como "O Demônio da Perversidade". "O caixão retangular" e "Uma histórias das Montanhas Ragged" são comuns, como "Ligeia", "A Queda da Casa de Usher" e outros.
A grande maioria dos contos desta obra não são ruins, contudo, foi analisado tão somente os contos não lidos.
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