Ruído branco

Ruído branco Don DeLillo




Resenhas - Ruído Branco


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Christian.Pereira 30/01/2023

Resenha rápida, mas sem ser arrogante
É um livro (na minha opinião) para se ler somente uma vez, ele oferece algumas linhas para se pensar e refletir, mas não sei se consegui absorver muito do que o autor queria, foram poucas as vezes que me peguei indagando os objetivos do autor. As questões sobre medo da morte são as mais transparentes. Se tem outras, talvez me falte intertextualidade.

Assisti o filme e assim como o livro, plotless.
Simplesmente, se alguém perguntasse sobre o que é, eu apenas citaria o evento de maior notoriedade da narrativa que é a nuvem tóxica. Mas fora isso, não parece ter um plot. Curioso pensar isso.

Quem quer uma leitura com ação e que te deixa ansioso para a próxima página, talvez não seja uma boa ideia escolher esse livro como sua próxima leitura.
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Sandra Silva 29/01/2023

Diferentão!
Um dos mais diferentes que eu já li, esse livro me ganhou com o tempo..
No início eu achei ele muito confuso, mas depois fui gostando dele. E aí fui pesquisar o contexto: ele foi escrito na década de 80, publicado em 85, na época da Guerra Fria, em que o medo de uma guerra química pairava em todo o mundo.
Aqui temos uma família americana, em que o pai é o narrador da história. Jack é casado com Babette, e moram com eles três adolescentes e uma criança, fruto dos três outros relacionamentos dos dois.
Jack é professor universitário e é considerado um dos melhores da sua matéria, que é, nada mais nada menos que Hitlerologia. Isso mesmo, o cara dá aulas sobre Hitler; Mein Kampf é seu livro de cabeceira. Porém, ele não fala alemão, e um dos seus medos é que a academia descubra, por isso ele faz aulas particulares com um sujeito muito peculiar.
O livro tem muitos, muitos diálogos entre a família, e os assuntos são muito variados, pulando de um pra outro de forma bem abrupta (por isso achei meio confuso no começo).
O casal, tem muito medo da morte, e muitos dos diálogos dos dois é sobre isso: o medo de quem vai morrer primeiro. O medo da esposa é tanto que ela vai cometer o que chamou de ?indiscrição?, tentando uma solução pra esse medo.
Também acontece um incidente químico próximo a pequena cidade em que eles vivem, e eles são obrigados a evacuar a cidade, porém, os pais são meio relutantes a aceitar esse fato, e os adolescentes parecem muito mais responsáveis.
Eles são bombardeados com muitas informações o tempo todo, por rádio, televisão, revistas e jornais e, como o livro também faz uma crítica ao consumismo, eles se sentem seguros nos supermercados e shoppings. Muitas cenas se passam no supermercado, onde a luz favorece a exposição das mercadorias, muitas propagandas em neon, itens dispostos próximos ao caixa para exposição enquanto se está na fila para pagamento.
Apesar de confuso no início, o livro todo é muito engraçado, e também traz reflexões sobre capitalismo.
Leiam!
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Angelica 23/01/2023

Bom romance, nada extraordinário
Trata a questão sobre o medo da morte, questões do dia-a-dia, leitura leve e descontraída, interessante eu gostei
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Heytor Vieira 21/01/2023

Uma família vivencia uma catástrofe generalizada. Após um acidente entre uma caminhonete e um trem, um produto químico chamado Niodeno D forma uma nuvem tóxica que paira sobre a cidadezinha onde habitam. A exposição ao Niodeno D pode provocar morte. Os cidadãos são orientados a deixarem suas casas e sair da cidade. No meio do caminho, o protagonista (um professor universitário) sai do carro no qual a família foge para o abastecer e acaba exposto ao componente químico. Quando procura um militar responsável, ele recebe a notícia de que irá morrer.

Um dos aspectos que considero mais interessante nesse livro é que DeLillo ao invés de tratar com o desprezo as modernidades (hoje nem tão modernas assim) as trata como algo sagrado por estarem na casa das pessoas e por fazerem parte de sua rotina, pois a rotina das pessoas é algo sagrado, por fazer parte delas, por ser elas, por ser delas a vida.

É sobre o medo da morte, mas é também a respeito de viver a maravilha que é a vida quando a compreendemos como algo único. E cada um é único. Somos criaturas frágeis e aceitar isso, que somos passageiros é essencial para darmos valor ao que temos e nos ater ao que temos, apreciar a vida, apreciar nossa rotina e todos temos rotinas maravilhosas (ou ao menos mais excêntricas do que julgamos ter), basta querer ver.
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Akkah 11/01/2023

Cacofonia
Lia Ruído Branco no ônibus, colocando o volume dos fones de ouvido no máximo pra abafar o som das conversas, dos carros, dos gritos de criança, pressionava o fone com força na orelha quando algum barulho distraia minha atenção. Até que eu reparei que essa cacofonia estava rolando no livro também, o tempo todo, intermitentemente. E foi por aí que eu fui entendendo a piada.

Aqui conhecemos Jack, um professor universitário e sua família, no mais clássico american way of life. Ele e sua esposa sentem um medo paralisante da morte, da solidão de perderem um ao outro, de saber que estamos todos caminhando para um nada infinito. Esse não é só um medo de morrer igual ao que todo mundo sente, mas uma fobia de fato, e tudo isso fica ainda mais intenso depois que um incêndio de trem libera uma substância tóxica no ar da cidade, que obriga toda a população a abandonar suas casas e procurar abrigos.

Essa obra questiona, satiriza e nos mostra no extremo o nosso mundo capitalista, de hiper mercados, dos gigantescos centros de distribuição da amazon, só que faz isso de uma forma deliciosa, o momento do acidente de trem me lembrou algum livro do King, você ri, se desespera com o acidente, questiona os personagens com um quê de vergonha alheia, tudo isso enquanto pensa sobre o sentido da vida, da morte, da existência, do medo de morrer, do pós vida, e esse ruído branco que sempre está ativo em algum grau de nossa mente.

Latidos de cachorro, música sempre tocando, sons dos vizinhos, carrinhos de mercado, o barulho da rua, o zumbido da eletricidade, os barulhos que nunca, nunca, nunca param. Viver em sociedade é fugir do silêncio, do escuro. “Virar multidão é afastar a morte. Separar-se da multidão é arriscar-se a morrer como indivíduo, a encarar a morte sozinho.“

Essa barulheira toda sempre nos reafirma o calor de gente, que não estamos sozinhos, o sistema segue funcionando, as ondas, as vozes, as correntes, os circuitos, nossa segurança de vida e bem estar e da tranquilidade de viver em uma “sociedade civilizada”, nesse teatrinho inventado onde todos temos um roteiro muito bem definido.

Não preciso nem dizer que Ruído Branco ganhou 5 estrelas no final, obrigado pela viagem.

(legenda da resenha q fiz la no insta @akkah.bookclub)

site: instagram.com/akkah.bookclub
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aninha karol 02/01/2023

é uma leitura doida e gostosa. não faz o meu tipo, mas é exatamente por isso que me fisgou tão bem.
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Lucas.Oliveira 16/12/2022

Compre. Assista. Produza. Se informe. Viva
Reflexo daquilo que a sociedade Americana, e capitalista de forma geral, propaga e vive.
O ritmo frenético da história se assemelha aos pensamentos caóticos de conspiradores e a paranoia que molda a sociedade. O medo de catástrofes (e o louvor a elas), o medo da morte, as conspirações, o egoísmo e o estímulo ao consumo.
A narrativa é debochada e ácida. Cutucões ao modo de vida e o sarcasmo quanto à sociedade da informação, luzes e cores, cartões de crédito e carros.

"⁠Quanto maior o avanço científico, mais primitivo é o medo humano"
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Luiz Pereira Júnior 12/11/2022

Superestimado?
Sim, é claro que o título é uma provocação, embora seja apenas mais uma dessas palavras que entram na moda e depois desaparecem sem deixar maiores vestígios.

Resumo: uma família de classe média alta sofre as consequências de um desastre ambiental e precisa se deslocar para outra cidade, enquanto a mãe lida com um remédio em fase de teste que supostamente bloqueará o medo da morte em seu cérebro.

Um retrato da classe média em suas crises existenciais. Diálogos que parecem sair do nada e não levar a lugar nenhum (intenção do autor?). Famílias levemente disfuncionais (pitorescas seria melhor). Longas e longas (bota longas nisso) páginas de existencialismos e filosofismos sobre o sentido da existência e o fim da vida.

A bem da verdade, parece um livro escrito com a intenção visível de virar filme (ou série), inclusive com alguns trechos que dão a mais pura impressão de déja-vu, (aliás, um dos efeitos do produto químico vazado do desastre ambiental que dá origem a todo o rebuliço). Além disso, outras cenas parecem simplesmente ter sido copiadas de algum outro livro ou de algum outro filme: o pai idoso que volta à casa da filha para um ajuste de contas com o passado; a multidão embasbacada olhando o crepúsculo apocalíptico (mas sem vampiros); os adolescentes revoltados mas cativantes para o leitor; a criança que representa o futuro e a inocência em seu longo passeio de velocípede (essa sequência me lembrou a horrível morte de Gage, em O Cemitério, de Stephen King); o sanguinolento ajuste de contas final. E por aí vai.

Bom livro? Sem dúvida. Bem escrito? Há que se admirar a técnica de escrita do autor; o seu estilo e sua voz bem característicos. Você gostará ou ficará irritado ao prosseguir a leitura? No meu caso, ambos. Valeu a pena? Sim, mas cuidado para não gastar todo o seu rico dinheirinho e ficar reclamando o resto do mês...
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Eduardo.Mathias 08/11/2022

O vazio da morte vem da amplitude da informação
Ruído branco é um livro de camadas
Não é possível le-lo como um romance literal ou uma ficção literal. Se existe um garoto sufista de 15 anos e um professor que dará elvislogia em resposta ao protagonista que está dando hitlerogia, tem-se motivo, tem-se uma gostosa ironia.
O livro em resumo analogia o ruído branco com o excesso de informação, consumo, o nascimento do nascimento tardio nos anos 80 do Estados Unidos, com também o ruído branco do vazio que a morte traz, do barulho que está ali sem estar até que ele te acometa
Aguardo o filme
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Jônatas Iwata 06/11/2022

Realmente é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo. Nem uma nuvem de fumaça tóxica, a completa destruição do senso de comunidade de uma cidade ou o mais profundo e completo entendimento da pessoa de Adolf Hitler consegue nos fazer esquecer do inevitável e existencial medo da morte. Um belo exemplar da ironia pós-moderna.
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Leila 04/11/2022

Passei o dia todo pensando no que escrever sobre Ruido branco de Don Delillo. Confesso que foi mais fácil lê-lo do que agora escrever sobre, rs. É um livro diferentão, com tantos temas embutidos que nem sei por onde começar e com certeza por mais que eu tente, acho que soarei incoerente. Mas vamos lá, tentarei. Acho que antes de mais nada Ruido branco fala sobre o medo da morte e a busca do ser humano para evitá-la, pelo menos para mim essa foi a mensagem mais forte. E o mais legal do livro é a família mista que é formada pelo casal principal e seus vários filhos de diversos casamentos. Personagens de naturezas tão diferentes e interessantes que torna a leitura muito rica e inusitada. Apesar de toda essa miscelânia de personalidades tudo funciona e flui bem naquela casa e isso me encantou demais. Citei inusitado e esse é um termo que podemos aplicar em várias situações dentro da obra, como por exemplo as chamadas consumistas aqui e ali, jingles, propagandas mesmo e tals, uma crítica bem escancarada ao capitalismo americano. . Existem várias outras críticas inseridas e todas muito atuais apesar do livro ter sido escrito nos anos 80. O mote central está baseado em um fato, um acidente industrial ocorrido na Índia. Outra coisa que me deixou chocada foi o tanto de reviravoltas dentro da história, mas que no fundo no fundo se tornam uma coisa só (sim, eu sei, não faz sentido falando assim,rs, você que lute e vá ler para entender). Eu vou fazer outra confissão, não sei se li uma distopia, um romance ou o quê? rs mas só sei que é algo bem fora da casinha e pra lá de legal. Não achei a oitava maravilha do mundo, mas com certeza é um excelente livro e eu quero ler mais obras do autor, porque achei muito muito inteligente todas as sacadas da obra.
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Daniel Andrade 13/10/2022

Livro incrível, final sem desfecho.
Adorei, e muito, o estilo de escrita e de narrativa do Don DeLillo. É uma história meio sem pé nem cabeça mas que acaba fazendo total sentido no decorrer do livro.
Porém, apesar de ser muito bom, muito bem desenvolvido e muito interessante, o final acaba sendo um pouco abaixo do resto da história. Talvez mais uma 20 páginas fariam a completa diferença, mas quem sabe não ficaria pior ainda? Pode ser que numa releitura ache o final genial etc, mas hoje foi ok. Um livro incrível, favoritado, mas não é perfeito.
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bruno 07/10/2022

nao sei se pq foi minha primeira leitura msm de vdd, mas eu achei bom pra crlh.
comprei esse livro sem saber literalmente nada do que se tratava, foi só pq queria ler antes de ver o filme que vai ter o adam driver e a greta gerwig??
enfim, me deixei levar fácil pela história, personagens cativantes, e diálogos sensacionais. um sci-fi pós moderno, mas que continua bastante atual. retratando o consumismo e a abstinência à prazeres fúteis ligados ao simples fato do medo da morte. o jack, personagem principal, tem várias falas que a gente para e pensa: "será que eu concordo com isso msm?". e mesmo numa realidade tão distópica e aterrorizante, podemos assim dizer, o livro se torna bastante divertido por conta dos personagens carismáticos, como o murray.
espero que a netflix nao faça uma porcaria em cima disso.
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Érica 07/09/2022

"Não confio na nostalgia dos outros, só na minha. A nostalgia é produto da insatisfação e da raiva. É um acerto de contas entre o presente e o passado. Quanto mais poderosa a nostalgia, mais próximos estamos da violência. A guerra é a forma assinada pela nostalgia quando os homens não conseguem dizer nada de bom sobre o seu próprio país".
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