Foi apenas um sonho

Foi apenas um sonho Richard Yates




Resenhas - Foi apenas um sonho


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Mariana. 30/04/2012

O vazio desesperador.

Tudo se passa no início dos 60, nos EUA. Um casal jovem, com 2 filhos pequenos (tidos precocemente e sem querer), vive angustiado com a mediocridade de suas rotinas, das pessoas que os cercam e da vida, que a maior parte das pessoas leva, sem qualquer questionamento. Nesse sentido, lembrei-me de "A Trégua", de Benedetti, quando o protagonista diz "suportaria melhor meu estilo de vida se não tivesse consciência de que (apenas mentalmente, claro) estou acima dessa vulgaridade". A questão é que essa "consciência" não é tão firme para Frank e April, que, ao mesmo tempo em que anseiam desesperadamente por um destino melhor, ou mais interessante, desconhecem em si mesmos o talento capaz de diferenciá-los.

E, nessa busca, Frank acaba por embarcar no plano sonhado por April de irem morar em Paris (por que será que sempre Paris?) como a oportunidade de ouro para se libertarem do 'vulgar', satisfazerem suas carências de conviver com pessoas 'interessantes' e descobrirem um sentido para suas vidas, sem a pressão e a obrigação de serem felizes porque capazes de consumir tudo o que, em tese, representaria 'ter uma vida feliz'.

Para mim, o melhor do livro, assim como do filme, ocorre no momento em que ambos estão envolvidos nesse processo e contagiados pelas boas expectativas de vida em Paris, e tudo o que acontece naturalmente pelo simples fato de terem renovado suas esperanças na vida.

Porém, o que, a princípio, parecia ser o motivo de maior química do casal, que era a afinidade, típica de pessoas que têm a mesma visão de mundo, aos poucos vai se esfacelando e deixando à mostra todas as incongruências do relacionamento, arruinado justamente pela consciência de que a afinidade, como se pensava, talvez nunca tenha existido.

"Que coisa mais ardilosa e traiçoeira era se deixar levar por um caminho daqueles! Porque depois que a pessoa se põe em marcha, é extremamente difícil se deter; (...) E quando a pessoa percebe, toda a franqueza, toda a verdade está tão distante e vaga, tão inalcançável quanto o mundo do faz-de-conta. Então a pessoa descobre que está levando a vida assim como o Grupo de Teatro Laurel atuou em "A floresta petrificada", ou como Steve Kovick tocava bateria - com seriedade, incompetência e presunção, e de um modo totalmente errado; a pessoa descobre que dizia sim quando queria dizer não, e "Precisamos estar juntos nisso" quando queria dizer exatamente o contrário; então a pessoa começa a sentir o cheiro de gasolina como se fosse de flores, e se entrega a um delírio de amor sob o peso de um homem... de quem não se gosta, e então a pessoa se vê, cara a cara, em plena escuridão, diante da constatação de que não conhece a si mesma."

Gostei tanto do filme que, mesmo muito tempo depois, resolvi fazer o caminho inverso e menos provável e ler o livro que lhe deu origem. E não sei se teriam me tocado tanto o casal e as questões existenciais deles se já não tivesse a ideia do filme na minha mente. Isso porque o casal do filme me pareceu sensivelmente mais cúmplice e mais unido que o do livro, o que conferia maior sentido à todo o resto, porém a obra de Richard Yates merece certamente 5 estrelas.
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Biblioteca Álvaro Guerra 23/02/2023

Foi apenas um Sonho conta a história de Frank e April Wheeler, uma casal talentoso e jovem que, ao se mudar para uma casa no subúrbio de Nova York, acredita ter toda a vida diante de si, e que o sucesso há de chegar a qualquer momento. Mas à medida que os anos passam, eles vão mergulhando num mundo de intrigas e frustrações, e só uma grande guinada poderá alterar seu destino.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788560281701
Juliana.Santos 23/02/2023minha estante
Saudades de uma biblioteca pública.




Carlozandre 21/01/2010

Sonhos Partidos
Frank e April são jovens, moram em uma casa grande e confortável no subúrbio, mantida com o dinheiro ganho pelo marido, que trabalha em uma empresa de maquinaria pesada — emprego que odeia profundamente. Eles têm dois filhos saudáveis, estão em boa situação financeira e são queridos pelos vizinhos (um casal de amigos mais ou menos da mesma idade de ambos e a agente imobiliária mexeriqueira de meia-idade que intermediou o aluguel do imóvel). Uma bela rotina classe média na qual esse casal inteligente e promissor sente-se tão feliz quanto uma dupla de afogados.

Frank e April Wheeler são os protagonistas de Foi Apenas um Sonho(Objetiva/Alfaguara, 306 páginas, tradução de José Roberto O`Shea), romance de estreia do escritor americano Richard Yates (1926 — 1992), respeitado artesão da forma romanesca mas um nome pouco conhecido do grande público - que agora está tomando conhecimento de sua obra graças à adaptação cinematográfica do romance por Sam Mendes, com o “Casal Titanic” Leonardo DiCaprio e Kate Winslet como Frank e April, respectivamente.

Foi Apenas um Sonho foi incluído em listas como a dos cem livros do século do The New York Times e dos mil livros fundamentais do inglês The Guardian. Sua obra está ganhando edição pelo selo Alfaguara da Objetiva, que deve publicar em português ao longo do ano outras de suas obras.Em uma prova da subordinação do mercado editorial de hoje à indústria do cinema, o livro não apenas reproduz o cartaz (o que altera até mesmo o padrão gráfico do selo) como adota o título em português que a distribuidora escolheu para o filme — o que põe a perder a sutileza do original, Revolutionary Road, “Rua Revolucionária” ou “Rua da Revolução”, como preferiu o tradutor. April e Frank estão em uma encruzilhada de suas vidas e buscando sua própria revolução pessoal. Ela afunda gradativamente na rotina de dona-de-casa (quando se conheceram, sonhava em ser atriz). Ele, que lutou na Europa durante a II Guerra, cujos talentos são difusos mas que despertam nela e em outras pessoas aprovação e elogios que atestam um suposto brilhantismo, se vê estagnado em um emprego no departamento de divulgação da mesma empresa na qual seu pai sempre trabalhou. Um casal alçado ao horizonte máximo esperado para sua idade no padrão americano da vida burguesa, e afundando no desespero de sua vida pacata.

A prosa de Yates é elegante, sóbria, mas tensionada por linhas de força e poesia mantidas sob controle — quase como um espelho formal da vida dos Wheeler, que sorriem educadamente para os vizinhos, que se encontram uma ou duas noites por semana com um casal de amigos que, em sua mediocridade alarmante, são um espelho incômodo da apatia do casal. A portas fechadas, contudo, as angústias represadas explodem em brigas, ofensas, manifestações de violência física. Para tentar salvar a sanidade e o casamento de ambos, April elabora um plano comovente em sua ingenuidade: a família toda se mudar para a Europa, onde ela sustentaria a casa trabalhando como secretária ou estenógrafa para organismos internacionais e ele poderia se dedicar a descobrir sua verdadeira vocação. O que April não sabe é que a proposta desperta em Frank o terror de não ter vocação alguma.

Kurt Vonnegut comparou a ficção de Yates à de Fitzgerald, mas há uma sutil diferença. Fitzgerald escrevia baseado na vida que havia inventado para si e para Zelda, bem como também fazia seu amigo e rival Hemingway. Havia uma noção romântica nos livros de Fitzgerald, uma grandeza heróica ao retratar as derrotas monumentais de personagens gigantescos e que, apesar de ostentarem beleza, poder e riqueza, fracassavam em seus sonhos, sonhos que muitas vezes eram a busca por uma certa inocência antiga perdida e jamais reencontrada. Yates e suas criaturas são da geração seguinte, a que levou ao paroxismo as palavras de Henry Miller, para quem os Estados Unidos eram um “pesadelo de ar-condicionado”.

Não há a grandeza épica ou a tragédia melancólica de um Grande Gatsby nas vidas do casal Wheeler, só o peso opressor de uma geração marcada pela experiência da II Guerra (que ensinou o valor da vida), confrontada com um presente doméstico e consumista no qual a felicidade parece uma obrigação a ser cumprida. Se hoje o tema não é mais tão novo, exaurido por romances que abordaram o mesmo assunto e por centenas de filmes que repisam a dolorosa apatia classe média sob a qual se esconde um grito de desespero, é bom lembrar que o livro é de 1961 — o que prova que Yates soube diagnosticar a apatia da vida burguesa americana no momento em que ela estava se alastrando. Não é coincidência que na mesma época tenha saído o romance que tornou célebre o recentemente falecido John Updike, Coelho Corre, que aborda, com mais acidez, menos melancolia e mais sexo, o mesmo tema: Harry “Coelho” Angstrom é um ex-atleta universitário que sofre para se ajustar às resposabilidades esperadas da vida conjugal: filhos, esposa, casa própria e emprego tedioso. Escritores maiúsculos ambos, Yates e Updike estavam em sintonia com as sutis vibrações de seu tempo, um tempo em que o sonho americano está padronizado e disponível nas prateleiras do supermercado do cotidiano.

E que não são aceitas devoluções.
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Deise.Vargas 23/09/2022

Trivial
A leitura é tão trivial que se torna boa. Segue a vida de um casal normal, com problemas normais. Um final interessante, dá para fazer algumas reflexões pertinentes.
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Joel Joukin 29/12/2020

Me pareceu um retrato bem genuíno do que como eu imagino a década de 1960 estadunidense. Os Wheeler vivem um verdadeiro American dream. Mas a pegadinha é justamente o como esse sonho, não passa de um sonho, uma fantasia.
As frustrações, as expectativas, o tudo que poderia ser, mas não foi, são muito bem representados pelo casal. Nesse ponto me senti pessoalmente representado em alguns momentos da vida. Talvez por isso tenha me interessando bastante no começo. Nesse aspecto, vejo bem representada a juventude de uma maneira geral.
Por outro lado, a trama vai ficando mais sombria e complicada na terceira parte e o desfecho me pegou de surpresa. Eu particularmente não gostei do final, mas achei bem condizente com a história em geral.
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Lissa - @leiturasdalissa 07/05/2012

Intenso!
Esse livro ficou na minha estante de desejados durante um bom tempo, até eu começar a tentar trocá-lo. Não conseguindo, consegui a compra de um de segunda mão, e posso dizer que pagaria muito mais que os 18 reais dados nele.

Eu havia lido resenhas negativas, dizendo que o ritmo era lento, que a história era maçante e coisas do tipo, mas agora com ele lido, bem avaliado e devidamente marcado como favorito, tenho a certeza de que a densidade dele realmente não é pra qualquer um.

Frank e April Wheeler são um casal como muitos são, por fora uma imagem e ali, no conforto da casa, outra imagem bem diferente - a verdadeira. A história serviu para me reafirmar que todo mundo tem problemas: os nossos não são maiores do que o dos outros, e nem vice-versa.

A vida de todo mundo é assim: desinteressante, corriqueira... Ou aceitamos tudo como é ou tentamos algo novo, e lidamos com consequências, qualquer que seja nossa escolha...

Um livro adulto e intenso... recomendo!
Iara 07/05/2012minha estante
Muito boa sua resenha! Eu me apaixonei pelo filme... Me senti parte dos dois: um pouco Frank, um pouco April... O pior de dois mundos! Acho imperdível essa leitura, especialmente pra quem gosta de personagens complexas e teve relacionamentos conturbados. É uma obra-prima! Começo a terceira parte hj!




Wilton 12/06/2015

Tempos difíceis
A trama desenvolve-se no pós Segunda Guerra Mundial. As personagens carregam as marcas deixadas pelo sangrento conflito. Não há paz. Não há felicidade. Não há esperança. As pessoas, tentando ser felizes, levam uma vida artificial e insatisfatória. Não há amizade verdadeira. Cada indivíduo procura no outro uma tábua de salvação, agindo como náufrago social. Mais que um romance, o livro é um documento sobre uma época triste da história. O livro termina da forma que começou: Com personagens indecisas e incompletas, remando contra a maré do destino que lhes reservava apenas frustrações. Leitura plenamente recomendada.
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Vivi Koenig 03/08/2009

"Quando a paixão é tão mansa quanto selvagem..."
Frank e April são um casal jovem e talentoso, porém, comprometem esperanças e ideais, traindo não só um ao outro, mas também a si mesmos. Uma tragédia em uma família que não foi construída em amor. Uma boa leitura para reflexão! Recomendo!
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Ivy 06/03/2023

Foi apenas um sonho
O primeiro contato que tive com esse livro foi através do filme estrelado pelo Leonardo DiCaprio e Kate Wislet e, apesar das interpretações magníficas de ambos, não foi um filme que me cativou. Acho que era densa demais, dramática e pesada além do necessário para que eu considerasse um bom filme. Não era um filme emocionante, era um filme doloroso de se assistir. Lendo agora o livro, vejo que eles foram bem fiéis à história e que o livro é tão pesado e dramático que as vezes ficava difícil de ler, talvez seja realista demais e, por muitas vezes, a realidade é bastante cruel.
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otxjunior 19/05/2014

Foi Apenas um Sonho, Richard Yates
Frank e April Wheeler são o casal suburbano protótipo pós-Segunda Guerra Mundial - aparentemente felizes, mas completamente insatisfeitos e frustrados. Essa frustração surge do pensamento de que eles deveriam fazer mais de suas vidas, da crença da juventude de que eles estavam destinados a um futuro brilhante. Uma casa no subúrbio, um par de filhos e um trabalho decentemente burocrático não parecem o ideal para indivíduos tão especiais.
Quando decidem tomar uma atitude para sair da zona de conforto da mediocridade, percebem que eles também estão presos na armadilha desse estilo de vida. E Richard Yates é especialmente cruel ao expor as fraquezas desse casal em situações sufocantes e assustadoras em que ambos parecem não conhecer seu parceiro ou mesmo a si próprios.
Impressionou-me particularmente como o plano de fuga dessa realidade vai perdendo os contornos com o passar do tempo até voltar à ordem previamente estabelecida em um contrato social mudo, principalmente pela covardia de um deles. É oferecida a Frank a oportunidade de encontrar uma atividade que realmente o satisfaça, mas ela é negada por ele, talvez por medo dessa experiência revelar sua incapacidade. Por que mudar se a rotina é tão confortável? Para não se mostrar um fraco perante a família e sociedade, ele não pode admitir a verdadeira razão, portanto respira aliviado quando sua esposa aparece grávida. Assim a vida pode retornar à normalidade e ele ainda pode esconder seu egoísmo e indiferença à paternidade por trás de discursos antiaborto.
Mas acabei esquecendo da minha resenha ao revelar minha interpretação colocando ideias que não vão fazer muito sentido para quem não leu o livro. Para quem vai ler, não recomendo aos noivos ou recém-casados. Ou não.
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Andrea 24/02/2020

O não amor
Pai, mãe e filhos nos anos de 1955. O que poderia ser perfeito eh marcado por brigas, mágoas e manipulações.

Não é uma leitura fácil, Frank não é exatamente um personagem carismático, e April é quase um mistério.

Um livro de narrativa clara, cujo o final vai sendo construído a cada parte, para que as facetas sejam desvendadas.
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nandaassis 29/12/2009

Viagem Literária
O livro conta a busca natural de qualquer jovem apaixonado, onde tudo parece perfeito e os sonhos só necessitam de tempo para se realizarem. Mais alguns anos depois, os sonhos parecem se transformar em ilusões e ambos passam pela vida ansiando por um futuro que parece nunca chegar. A angústia de optar por uma vida mesquinha e cômoda ou seguir os seus sonhos, causa uma profunda transformação no relacionamento do casal, que fica algumas vezes insuportável. Retrata um tipo de tristeza que foi imposta por nossas escolhas de vida, uma tristeza que vem forte e inexplicável e chega sem avisar.

Achei a leitura um pouco cansativa e devagar, tudo demora muito para começar a acontecer; não leia esperando uma leitura gostosa e suave, leia buscando questionar os seus valores, suas escolhas e talvez você se identifique com um certo comodismo que existe dentro de todos nós.

Quantas pessoas não gostariam de trocar o marasmo e a infelicidade por uma aventura? Por que deixar de viver, de procurar a felicidade? Yates faz com o que o leitor questione alguns valores e atitudes pré-condicionados pela sociedade da época, proporciona alternativas e nos deixa uma lição de vida: Não deixe que obstáculo algum o impeça de lutar pelo seu sonho, em especial, os obstáculos que você mesmo cria pra si.

RESENHA COMPLETA DISPONÍVEL EM: http://viagem-literaria.blogspot.com/
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Raphael 18/12/2012

Apenas a vida.
Primeiramente, uma reclamação: comprei esse livro pela Fnac quando estava em promoção. Tudo correu bem na entrega, mas quando o abri vi que estava amassado em vários pontos e tinha uma mancha arroxeada na parte inferior das primeiras páginas, como se o livro tivesse encostado em uma pequena poça de vinho. Me incomodei bastante com isso. Provavelmente se tratava de um livro usado que foi devolvido pra loja, ou coisa assim, guardado especificamente para os dias de promoção. Nada contra livros usados, tenho vários, mas gosto de saber com antecedência. Gostava da Fnac, mas agora estou com um pé atrás.

Esse acontecimento não afeta, obviamente, a nota do livro, mas é um aviso para os possíveis leitores.

Fiquei impressionado que um autor desse porte se perderia no tempo por tantas décadas, para ser revivido décadas depois por um filme baseado em sua obra. Geralmente são os escritores medíocres que são esquecidos.

O livro é uma bela descrição da vida de uma jovem família da classe média americana da década de 60, talvez a época em que a política do consumismo tenha chegado ao seu auge (hoje pode-se dizer que o país já foi engolido pela mesma). Eram cheios de sonhos, mas estavam presos a rotina, inventando desculpas (filhos, dinheiro, tempo) para não investir em seus próprios desejos, afinal eles já tinham atingido o tal American Dream, qualquer coisa além disso é loucura.

Conflitos surgem, e o melhor é que eles não sejam mencionados na resenha - quanto menos se sabe melhor o livro -, valores são questionados, o passado é revisto e a verdade vem a tona.

Não é um livro rápido. O ritmo lento é planejado pelo autor, provavelmente, para demonstrar de forma mais sensorial o cansaço da rotina. Você vai perceber que uma semana vai passar e você não passou da página 100, no entanto não está cansado da leitura e quer continuar - Por que um autor assim foi esquecido? -; tampouco espere uma leitura leve e feliz, pois o livro é trágico do começo ao fim e não disfarça a desgraça em momento algum. Alguns não vão gostar, outros vão se impressionar com a leitura. Eu mal posso esperar para começar a ler "O Desfile de Páscoa"(outro livro do autor).
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Berenga 17/06/2022

Talvez esse seja o livro da minha vida, não sei
Yates consegue se utilizar magistralmente de tópicos filosóficos como a teoria do absurdo, o nada existencial, a angústia e retratar de forma ao mesmo tempo contundente e sutil.

Tive a mesma sensação ao ler A náusea, O mito de Sísifo ou quando olho para um quadro de Edward Hopper, carregados ao extremo do vazio da nossa existência.
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