Apolo e Dionísio

Apolo e Dionísio José T. Pers



Resenhas - Apolo e Dionísio


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José 19/12/2012minha estante
Não costumo comentar as resenhas de "Apolo e Dionísio" a menos que veja algo que precise ser retificado, como é o caso:
1º) Na resenha de Débora Miller lê-se: "Os seis contos são interessantes, bem escritos... Mas mesmo os dois têm problemas com a fluência do enredo". Na minha opinião de autor quando os contos estão bem escritos não têm problema algum com a fluência do enredo.
2º) No conto "Apolo e Dionisio", ao contrário do que Débora diz, em nenhum momento Coriolano deduz que o participante da conversa é professor de filosofia. Coriolano fica sabendo da profissão do outro por uma notícia de jornal depois da tragédia.
3º) No conto "Salvei sua vida" o amor da moça não tinha nada de platônico, muito pelo contrário. O texto deixa isso bem claro, o tempo todo. Acho que Débora confunde amor platônico com amor não consumado fisicamente. E o objeto da paixão dela não era colega de turma, era só o professor mesmo...
4º) Quanto à "falta de descrição" posso dizer que se nestes contos houvesse mais descrição o ritmo da narrativa ficaria prejudicado. Demasiada descrição torna a ação arrastada - um problema para a fluência do enredo. Descrição de menos também faz mal quando limita ambientes, mutila personagens e assim empobrece o conjunto. Os leitores que gostam de mais descrições devem procurar autores como José de Alencar ou Marcel Proust. Descrições e outros aspectos do texto dependem do que pretendemos dizer ao leitor e de como queremos fazê-lo sentir a história. Ou seja, dependem do estilo de cada autor.
5º) Também achei que Débora, ao contar as histórias, pode ter estragado o prazer de alguns na leitura do livro. Resenhas bem escritas falam das histórias procurando não revelar as surpresas. E não adiantou colocar o aviso de spoiler porque quem vá ler a resenha pelo link principal da página do livro não verá esse aviso.
6º) Finalmente, quando o resenhista diz que o livro é "frágil", que o conto é "o mais confuso", etc., deveria justificar o seu ponto de vista, mas sem contar a história. Caso contrário a resenha parecerá um amontoado de leviandades sem sentido.


morganarosana 20/12/2012minha estante
Olá, fico feliz que tenha comentado na resenha. Realmente eu fui um pouco dura com algumas críticas, mas foi minha opinião, como leitora. e de nenhum modo critiquei o escritor. Disse até ao fim da resenha que era um bom começo, e acho legal a atitude de comentar aqui. Eu posso não ter me identificado com seus contos, e você pode não ter gostado das minhas observações na resenha. Mas é através do conflito de idéias que as boas discussões são geradas.

Agora posso ter sido infeliz em falar de "amor platônico" ao descrever o sentimento da personagem. Sei bem a diferença entre amor platônico e amor não consumado. Mas sabe quando uma palavra é usada num sentido errôneo por tanto tempo que acaba ficando como verdadeiro sentido da palavra?

É possível ser mais claro em sua história, sem ser excessivamente descritivo, conduzir o olhar do leitor ou limitá-lo. É simplesmente saber temperar do modo certo pra que não fique cansativa.




Fer Mendonça 10/09/2012

Pra mim é muito dificil resenhar um livro de contos, mas vamos lá!

Eu dei essa nota pro livro por causa da falta de descrição. Quem lê as minhas resenhas sabe o quanto eu gosto de descrições! Não precisa ser aquela coisa elaborada, demorada, com três páginas só pra que você entenda o cenário, mas eu gosto de saber se a personagem é baixa, ruiva, gorda, se o bar é bonito, feio e a impressão que ele passa (boteco, barzinho) e eu não encontrei nada disso nesse livro. O autor peca em descrever apenas o que ele acha que é relevante e o resto ele simplesmente ignora (tudo bem que são contos, né, mas dá pra fazer uma descrição enxuta).
Tirando isso, o livro é bem escrito e os contos são divertidos. Ele usa algumas palavras rebuscadas demais, mas nada que você não consiga entender pelo contexto.

Apolo e Dionísio
Nesse conto nos é apresentado um grupo de amigos que, observados por Coriolano, discute uma teoria interessante, de que a população mundial inteira poderia ser classificada em duas categorias: os apolos (equilíbrio, harmonia) e os dionísios (irreverência, agitação). E segundo a população de cada pais, os países também poderiam ser classificados assim. O Brasil, portanto, seria dionisíaco.
No meio desse bate-papo um crime acontece e Coriolano é testemunha.

O Vaso das Violetas
Nós conhecemos Irene, mulher trabalhadora que vive com a mãe em um apartamento alugado. Num dia comum, elas são comunicadas que serão despejadas porque o dono do lugar quer reformar tudo. Sem ter para onde ir, Irene pretende fazer de tudo para não ir pra rua.

Salvei Sua Vida
Há um estuprador a solta na cidade e Letícia se veste de maneira provocante para atrair as atenções de seu professor. Depois que um desconhecido salva sua vida no ônibus, ela começa a se perguntar se também não pode ser uma vítima.

O Reencontro
Coriolano aparece de novo num bar, dessa vez num reencontro com uma mulher que ele já teve um caso, mas surpresa: ela agora é noiva de seu amigo e a atração continua viva entre os dois. Quando um bêbado resolve interferir, tudo pode acontecer...

Proposta de Serviço
Adivinha quem é o protagonista? Isso mesmo, Coriolano! Dessa vez ele conhece uma mulher atraente na boate e ao segui-la para fora, não há como saber quais são suas verdadeiras intenções...

A Enchente
Terezinha é a personagem principal. Vive em Pedra Grande, na época dos coronéis. Ela é apaixonada por Quim Portuga, mulherengo assumido, mas que não dá atenção a ela. Depois de uma grande seca, a chuva. Com a chuva, enchente. E na enchente, no caos, tudo pode mudar.

Leiam mais resenhas em: blogmundodetinta.blogspot.com
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stsluciano 20/08/2012

Um livro de contos como poucos
Para começar, não sei ao certo como resenhar um livro de contos, então vou tentar falar rapidamente de cada um sem estragar as surpresas, pois contos são sempre mais rápidos de se ler, com os acontecimentos em cascata, então uma informação a mais pode estragar algo. O livro trás seis contos, são eles:

Apolo e Dionísio é o conto que dá nome ao livro (né?), e trás Coriolano, personagem que aparece em outros dois momentos. Para mim é aquele que mais nos permite identificar a narrativa do autor e a forma como estrutura seus contos. Nele ele já deixa sua marca, sua levada narrativa, que será percebida facilmente no andamento dos demais. Não vou falar muito sobre ele por ser o mais surpreendente, abrindo muito bem “os trabalhos”.

O Vaso de Violetas é um retrato da realidade e do que somos capazes de fazer quando nos sentimos desesperados. Irene e a mãe moram em um apartamento alugado, mas estão em dificuldades e o senhorio entra com uma ação de despejo, alegando que efetuará obras no apartamento. Sem ter o que fazer, a única saída que Irene encontra é marcar um encontro com ele, até que o tal vaso a inspira. O desfecho é surpreendente e muito bem amarrado, o conto, que começa lento, termina no ápice.

Salvei sua Vida é um pouco confuso. Parte de um incidente no qual um homem impede que uma moça caia no corredor de um ônibus após uma freada brusca, e que comenta, brincando, “Salvei sua vida”. A introdução de um dos personagens que serve para trazer uma certa tensão para a narrativa foge um pouco do tom, e me deu uma certa balançada, achando que havia perdido algo; e ainda por cima pode-se antever o final. Achei este o mais fraco dos seis.

O Reencontro trás de volta Coriolano, reencontrando um amigo e uma ex-namorada. A forma como o autor trabalhou o andamento deste conto me agradou muito, sorri com os acontecimentos, não por achar graça – acreditem, nenhum conto com Coriolano é engraçado, reflexivos sim, engraçados nunca. – mas sim por ter ficado satisfeito com o que vi. Às vezes caras como Coriolano tem de passar por umas poucas e boas para aprenderem algo na vida, e a guinada nos acontecimentos é capaz de abalar até mesmo um sujeito como ele. Só não sei, é verdade, se ele soube aproveitar algo.

Proposta de Serviço é o terceiro conto com Coriolano. Tudo aqui é tão intrincado e dá tantas voltas que é mais um que não posso dizer sobre o que se trata. É o que mais muda seus rumos, sem no entanto deixar o leitor de fora sem saber o que aconteceu; além de ser aquele que melhor retrata o mundo deste personagem, e os ambientes pelos quais ele transita. Apesar de só conseguirmos pinçar aqui e ali algumas informações sobre ele, Coriolano tem o poder de agradar o leitor mesmo não sendo politicamente correto.

A Enchente é o melhor de todos. Tem um clima nostálgico, o autor nos faz caminhar entre personagens vívidos de uma cidadezinha pequena, dando vida à mesma, nos levando a imaginar a poeira levantando a cada passo dado nas ruas de terra, a simplicidade das coisas do interior, e um tempo que, se sabe, não volta. O tom de paisagem guardada na memória durante a infância comove e me lembrou meus tempos de criança, que nem estão tão longes assim. Para completar, o desfecho é aberto o suficiente para que permita ao leitor pensar bastante e tirar suas conclusões.

Os seis contos são de bom tamanho, maiores que uma crônica mas não tão grandes que possam cansar o leitor. De temáticas diferentes, se destacam pelo conjunto os três que tem como personagem principal Coriolano, que certamente é a maior criação do autor: um sujeito sem moral, conquistador, que não mede muito se o que faz pode prejudicar os outros desde que lhe traga algum benefício. Seus contos me lembraram um clima noir, mas em nenhum momento se perde a noção de que estamos em terras brasileiras, e isso é justamente o que chama tanto a atenção. O autor também tem uma grande habilidade em despistar. Nenhum conto segue um caminho predestinado, em todos existe o inesperado, e esta incerteza sempre presente só faz aumentar conforme seguimos a leitura.

Mesmo curto, o livro trás experiências agradáveis e recompensadoras: os textos são pensados, muito bem escritos, e surpreendem. É uma pena que o interesse em se publicar antologias como esta seja tão pequeno atualmente. Vale ler.
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RUDY 31/07/2012

RESUMO SINÓPTICO:
CITAÇÃO: "A voz grave e pausada do Coronel acalmou o Delegado. Desde já diga-se que o Coronel era senhor de nove mil hectares de boa terra de pastagem e as cabeças de gado que possuía se contavam aos milhares. Sem falar em Viana, misto de capataz e segurança sentado em silêncio ali perto da porta, pronto para o que desse e viesse." (págs. 112/113)


RESUMO SINÓPTICO:
O livro possui seis contos muito bem escritos que versam sobre vários assuntos e ao final, acabam se interagindo em uma história interessante.
"Seis contos de mistério e suspense: em três o protagonista é o amoral Coriolano. Nos outros três há situações de mistério e suspense fáceis de encontrar no cotidiano brasileiro."


Para ler a avaliação e resenha completa, visite os blogs:

BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM: http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/2012/07/resenha-43-apolo-e-dionisio-literatura.html


BLOG CRL: http://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com.br/2012/07/resenha-apolo-e-dionisio-literatura.html
Michelle 06/02/2023minha estante
muito bom




Elis 16/04/2012

Resenha completa aqui:http://amagiareal.blogspot.com.br/2012/04/apolo-e-dionisio-jose-t-pers-contos.html

O autor nos apresenta algumas faces do ser humano, através de seus seis contos. Enquanto uns tentam impressionar armando e acabam se deparando com o perigo; outros pensam estar se livrando de um problema e ganham uma consciência pesada. Porém alguns não tomam jeito e outros aprendem que nem tudo pode ser resolvido de qualquer maneira.

O livro também nos mostra que a gentileza pode salvar uma vida, por isso fique antenado quando isso acontecer, no entanto não tire conclusões precipitadas. E entendam que o passado e o futuro podem ser escuros se você escolher os caminhos errados, afinal sabemos que sempre existirão pessoas vingativas que correrão atrás do que acham correto, então não faça aos outros o que não deseja que façam com você.

E por fim José nos leva a uma cidade pequena, onde os personagens são diversificados, apresentando assim a vida como ela é ou poder ser. Conclui que somos todos capazes de tudo ou de nada. E quem menos demonstra, pode esconder um terrível segredo.

Recomendo....Nota 9!!!!

Beijokas Elis!!!!!
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M. Scheibler 16/12/2010

Excelentes contos presentes nessa obra, todas com um enredo policial, mas sem grandes aprofundamentos. Situações cotidianas narradas com um tempero misterioso e até certo ponto cômico.

Apenas estranhei alguns acentos fora de lugar (ôi, sózinho, etc.)...
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prandi 03/10/2010

O ser humano por trás da máscara

O livro traz seis contos muito bem escritos, com uma boa dose de suspense e mistério, onde personagens comuns, com defeitos e virtudes, lutam pela felicidade de forma nem sempre louvável.

José T. Pers não faz questão de mascarar seus personagens ou de justificar os atos dos mesmos. Eles aparecem como são, e como são muitas das pessoas que encontramos por aí.

Certamente, José T. Pers veio para ficar no cenário literário nacional.
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José 28/08/2010

mistério e suspense no cotidiano
Achei o livro muito instrutivo porque à medida que o ia escrevendo aprendia a escrever histórias de mistério e suspense.
Coriolano é um indivíduo de moral bastante duvidosa. Em três contos deste livro ele mostra que não está para brincadeiras! Ao longo das histórias Coriolano depara-se com pessoas comuns, com defeitos comuns... e com pessoas ainda mais malévolas do que ele próprio!!
Nas outras três histórias Coriolano não aparece; contudo o ser humano é entrevisto em várias facetas indesejadas e perfeitamente reconhecíveis no nosso cotidiano.
Em todos os contos pode o leitor divertir-se com narrativas de mistério e suspense crescentes e o inevitável final surpresa.
Recomendo a todos os leitores a partir dos quinze anos de idade!

Esse livro está à venda em www.boashistorias.com
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