O noivo da Cutia

O noivo da Cutia Joel Rufino dos Santos




Resenhas - O noivo da Cutia


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Vinícius 16/10/2015

Meu primeiro livro infantil que já tinha ideias adultas
Lembro que quando pequeno, numa certa ocasião minha mãe trouxe-me um livro que chamava-me a atenção pelas cores e desenhos, e esse livro era "O noivo da Cutia", primeiro folhi-ei ele sem dar atenção as palavras e depois li e reli muitas vezes. A estória tinha feito-me ficar sem palavras. Foi o começo da liberdade, ver que os homens não mandavam nas mulheres, e que elas poderiam escolher ser o que quiserem. A estória começa assim: o jabuti e o teiú vivem competindo pela mão da cutia, um diz ser mais rápido, o outro mais forte e em nenhum momento um deles pergunta se a cutia está interessada, simplesmente continuam brigando e se desafiando. Até que uma hora os dois cansam e decidem confrontar a cutia. Eles vão até a casa dela e dizem autoritários que eles estão cansados de competir e que ela precisa pedir para o pai dela escolher um deles para ser seu marido. Mas eis que aí está melhor parte. A cutia responde que ela não vai escolher ninguém, pois não tem obrigação de casar com nenhum deles, que o tempo em que o pai escolhia o marido da filha havia passado e que hoje as mulheres têm o direito de escolher com quem vão casar, se querem casar ou não, que as mulheres têm a liberdade de fazerem o que quiserem e não o que o marido ou qualquer outro homem deixa ou manda. Então, ela terminou dizendo que não queria casar, virou as costas e seguiu seu caminho. Simples assim. No fim, percebi muita coisa e talvez o livro tenha ensinado-me algo que levaria comigo.
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