Adriana 31/05/2024Nem sempre um Clássico sustenta a fama, mas esse é um senhor Clássico Este livro eu decidi ouvi-lo e, confesso que precisei de duas tentativas para poder concluí-lo. O que me motivou a não desistir foram os comentários que li a respeito dele.
O Morro dos Ventos Uivantes é um livro muito tocante. A construção da narrativa é feita de forma prolixa e densa, assim como o são, todos os seus personagens. Tais características também são evidenciadas nas paisagens que compõem o cenário e, acredito eu, que a mesma seja um reflexo interno dos personagens.
A história é contada por dois narradores, Sr. Lockwood, novo locatário da Granja dos Tordos e Sra. Nely Dean, sua governanta e que a quase todos os eventos presenciara.
Por ser marcado por tragédias, algumas com extrema violência, além de forte impacto psicológico, porque aborda temas que podem despertar muitos gatilhos aos leitores desavisados, O Morro dos Ventos Uivantes, definitivamente, não é para amadores. Acredito que a melhor forma de aproveitar este tipo de leitura, seja absorvê-la aos poucos, em doses homeopáticas, para dar conta de todas as nuances e eventos que a trama proporciona. Pelo menos, deu certo pra mim.
Como citei anteriormente, os vários comportamentos e acontecimentos seguidos de muita violência e dor são o fio condutor da narrativa. A seguir, deixo o exemplo de alguns tópicos que o leitor desta obra se deparará: “amor” obsessivo e proibido, vingança, preconceitos diversos, violência doméstica, sentimentos autodestrutivos, dualidade de personalidade, brigas familiares e por herança, morte e espiritualidade, solidão e isolamento.