O Morro dos Ventos Uivantes

O Morro dos Ventos Uivantes Emily Brontë




Resenhas - O Morro Dos Ventos Uivantes


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Iara Caroline 27/05/2024

A obra mais intensa da literatura inglesa.
Fazer a releitura de ?O morro dos ventos uivantes? foi muito interessante para mim. Foi um livro que me marcou por vários fatores, como o momento que o li e, principalmente, a sua força narrativa. Dessa vez, como era de se esperar, foi uma nova leitura cheia de novos significados e novas visões. Foi até um pouco difícil me desapegar da memória que tinha, mas acredito que foram duas leituras essenciais.

Emilly Brontë, em seu único romance, presenteou o mundo com uma obra que por muitas vezes eu me perguntava: ?como é possível alguém tirar tudo isso da imaginação??. Esse livro possui tantos significados e tanta subjetividade que é impossível encarar-lo de modo simplista. Até melhor seria se pudéssemos, porque a sensação de ser arrastada por toda a correnteza que é Wutherings Heights é, ao mesmo tempo, incrível e assustadora. Primeiro você se dá com um romance inovador, que rompe as barreiras das expectativas. Depois, você mergulha na meticulosidade das relações humanas, nas sensações e nas lógicas perversas ? tudo que Emily expressou em sua obra.

Gostaria de compartilhar todas as perspectivas que adquiri nessa nova leitura. Como são muitas e complexas, fica um pouco difícil. Mas aceitei essencialmente essa leitura pelo o que ela é: uma excursão extravagante com vistas privilegiadas para o coração humano ? referenciando The Great Gatsby.

A nova percepção, em resumo, da relação entre Catherine e Heathcliff me faz afirmar o que muitos defensores do livro, por vezes, categorizam como dispensável: não, essa é SIM uma história de amor. É fácil nos enganarmos porque somos acostumados com o amor pacífico, o amor que conclui-se de forma favorável. E mesmo a percepção de que o amor dos protagonistas não é assim, faz-nos categorizar que Wuthering Heights não é uma história de amor. Eu não pude mudar de perspectiva de forma mais satisfatória em toda minha vida. Me lembrei da minha primeira aula de literatura na Universidade, em que a professora nos apresentou o amor platônico de Romeu e Julieta. Agora, tudo fazia sentido. Podia ver ? em Catherine mais expressivamente, mas em Heathcliff também ? a concepção de um amor destinado a outro plano, marcado pela tragédia e pela conversão da humanidade. Não sei dizer se por força da obstinação ou por algo sobre-humano, mas a verdade é que Catherine e Heathcliff são feitos da mesma natureza e irão, assim como quem os cerca, pagar o preço por isso.

A força do ambiente é outro ponto que me fez refletir diversas vezes. Não atoa Brontë intitulou seu livro categoricamente de ?Wuthering Heights?. Quem lê esse livro se vê, quase claustofobicamente, preso entre as paredes e as árvores mais próximas desse lugar sombrio. A essência do ambiente é a essência do livro. Até mais, a essência das personagens. Especialmente Catherine, que vê no morro dos ventos uivantes o seu lar espiritual, o seu habitat e que, enquanto muitos anseiam por sair dali, ela anseia por voltar. O pico da colina onde os ventos uivam é o cenário único para mais de 40 anos de história, e nem mesmo os fantasmas conseguem ? ou querem ? escapar de lá.

Outro ponto, e o darei como último em que irei me abster, é a interessante ?parte dois? do livro. Li algumas análises e todas elas carregadas de percepções pontuais. Para mim, pude compreendê-las melhor quando Heathcliff diz ?Nelly, uma estranha mudança se aproxima??. Acho que o desenrolar da segunda geração é material essencial do romance, não há que se separar a história de Catherine, Heathcliff, Edgar e Hindley da história de Cathy, Linton e Hareton. O círculo se fecha de forma satisfatória e é pano para o desenvolvimento da trama original. Podemos observar, discordando ou não, uma repetição mais favorável. E essa repetição é marcada pela força de ambos pontos que disse anteriormente. O penar e o fim de Heathcliff retoma o ponto inicial e, mesmo que surjam novos caminhos ? que não poderemos acompanhar ?, a história de Wuthering Heights fora concluída.

Há diversas camadas em tudo, até mesmo em pontos ?secundários? como a personagem Nelly Dean e o, quase cômico, Sr. Lockwood. Mas há certas coisas que apenas vivendo por si, ou melhor: lendo.

O morro dos ventos uivantes se concretiza como minha obra clássica, ou obra inglesa, ou mesmo ?minha obra literária favorita?. É um livro carregado de subjetividades, quase uma fonte eterna de reflexão. Praticamente não há ligações externas, o romance vale por si só. É um objeto de estudo muito vasto e que facilmente mergulharia por vontade e desejo próprio.

Vou finalizar essa resenha com uma citação externa, feita pela edição da Antofágica, mas que está se tornando a minha favorita:

?Dê o pé dessa festa estranha com gente esquisita, e vá para o diacho.
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MelPaiva 26/05/2024

Um amor obsessivo
Um homem marcado por um amor obsessivo e não consumado por questões de normas sociais, influencia todo o seu entorno em busca de vingança e interfere na felicidade de todos ao seu redor.
Um livro marcante, totalmente fora do padrão para a época.
Um drama daqueles. Vale a leitura.
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Luana 26/05/2024

Favorito
Lendo pela quarta vez. Um dos meus romances preferidos.
Bem diferente dos romances modernos, que eu também gostou, mas esse tem uma intenção que me atraiu bastante
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Larisrangeel 26/05/2024

Clássico conturbado
Bom, eu tive bastante dificuldade para pegar o pique desse livro. Ele é um clássico, mas não consegui criar carinho por nenhum personagens. Todos são cruéis em alguma parte. Não me cativou muito esse livro. Poucas partes me chamaram atenção.
È isso
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Milyca 25/05/2024

Incrível
Ok, eu definitivamente faço parte dos 50% que amam esse livro. O enredo em si é bizarro e os personagens, insanos, confesso. Porém, os mesmos fazem a história ser incrível e completamente diferente de tudo que já li.
Me vi muito em vários momentos, principalmente por Heathcliff ver Catherine em tudo, e os dois acharem que são uma pessoa só. Bom, esse livro não é do agrado de muita gente, mas dá pra entender o motivo. Os relacionamentos são brutos e agressivos, não tem nenhum que seja pacífico ou amoroso, e as pessoas mostram seus piores lados durante todo o livro, só que isso não foi um problema para mim. A leitura não é confortável, mas é um livro que você dificilmente esquece.
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Yasmin 25/05/2024

O amor e o ódio
"Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais."

Era realmente difícil distinguir quando havia amor e ódio na relação de Catherine e Heathcliff, mas com o passar do livro é perceptível.
É um livro assustador na minha visão, com um ambiente extremamente tenebroso e violento, porém quando se chega no fim do livro bate uma saudade de toda a história e tristeza por ter acabado.
Um bom livro para quem já está acostumado com leituras clássicas, mas vale ressaltar que não é nenhum romance fofo como a maioria, e isso faz O Morro dos Ventos Uivantes ser único.
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Alexsandro15 25/05/2024

Que livro perfeito, o enrredo é bem construido. Amei a forma como foi proposta, que fosse uma história contada da empregada que acompanhou tudo desde de a infância das crianças até a morte deles e a infância de seus filhos, tudo isso contado a o senhor Lockwood.
Pra quem procura um bom livro, aqui está uma ótima indicação ??
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Juu 24/05/2024

Nota 3
A leitura não foi realizada por vontade própria, mas sim por uma obrigação da escola.
Gostei sim da leitura, confusa no início mas com o desenrolar da história consegui entender e me sentir parte dela. Senti todas as emoções, raiva, tristeza, alegria, indignação?
O jeito como os autora descreveu e detalhou cada situação, cada personagem.
Não foi uma leitura fácil, me perdi diversas vezes, mas gostei.
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Luizaengell 24/05/2024

O morro dos ventos uivantes
Eu achei muuuuuito bom, mas tive dificuldade em ler pois demora bastante para desenvolver a história. Mas é muito bom
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Leitora Baixa Renda 24/05/2024

Essa é uma história que demonstra o amor e ódio de Catherine e Heathcliff, tendo como ambientação a fazenda do Morro dos Ventos Uivantes.

Foi um livro difícil e que não me prendeu em nenhum momento, uma trama enrolada, com escrita difícil, personagens intensos e desprezíveis, que são marcados por muito orgulho, egoísmo e vingança.

Apesar de entender a sua importância para a época, não entendo a hype do livro.
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Ykaro Feliphe 23/05/2024

O meu favorito
O melhor livro que já li em toda minha vida, até esse determinado momento.

Cheio de intrigas, ódio, amor e vingança.
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Euarzc 23/05/2024

Pena que é filho único
Que perfeição! Esse livro me prendeu do início ao fim, não tive nenhum momento que li sem estar com a curiosidade atiçada.
No início do livro, quando o Sr. Lockwood entra em Wuthering Heights, somos apresentados à família cheia de mistérios que reside lá. Já nessa apresentação eu senti vontade de sentar naquelas poltronas e desvendar o que aquela gente tão incomum tinha.
Esse livro misturou dois aspectos que sempre me atraem nos enredos - e que parecem, à primeira vista, inconciliáveis: uma atmosfera cotidiana e personagens intensos.
A atmosfera cotidiana nos leva a acompanhar o desenvolvimento dos personagens, não nos contando apenas os eventos mais importantes, mas nos convidando a tomar um chá da tarde num dia comum dentro da história. Essa atmosfera de conforto na obra tornou a minha leitura mais tranquila, sem picos de adrenalina que depois acabariam e deixariam a história "chata".
Os personagens intensos trazem um tempero incrível à história, ainda mais pelo fato de não serem apenas intensos, mas por serem complexos e terem, cada um, uma personalidade distinta e moldada pelas suas tendências naturais e pelo ambiente em que são criados.
A autora uniu esses pontos e fez a mistura perfeita, pois, nos levando a acompanhar o dia-a-dia dos personagens, conseguimos compreender suas aspirações e motivações. A construção dos personagens é um grande trunfo desta obra, ainda que sejam, na visão de muitos, todos - ou quase todos - pessoas terríveis, vemos neles pessoas reais, que mudam sempre e têm atos bons e maus.
Vi muitos comentários sobre a péssima índole de vários personagens desse livro, e não posso discordar deles nisso, mas, pelo menos pra mim, isso só deixa a história mais interessante e profunda, porque vemos o que leva os personagens a serem daquele jeito, o que, de relance, justificaria suas ações, mas também vemos as consequências dessas maldades e como alguns personagens decidem não mudar, e isso é incrível! Esse livro descreve a vileza com tanta perfeição que eu tive medo de personagens que não eram nada mais que humanos e que nem podiam me fazer mal já que são apenas fictícios.
Também me impressionou no livro a maneira que ele lida com o sobrenatural, nos levando a uma dúvida que não será exatamente respondida, o que acrescenta ainda mais camadas nessa história tão incrível.
Os narradores alternados também deixaram a escrita bastante rica, quando Nelly faz o seu relato, parece que uma avó está contando uma história a um netinho - quem lê o livro, e as partes narradas por Lockwood me deram a sensação de estar na mente dele, conhecendo este lugar tão novo e estranho como alguém colocado num lugar distante e místico, completamente apartado do resto do mundo.
Esse livro foi uma experiência incrível, a autora se serviu uma sensibilidade tão grande para escrevê-lo que eu tive vontade de aplaudir quando cheguei na última linha. É uma verdadeira lástima que este tenha sido o único romance escrito por Emily Brontë, ela, com certeza, tinha um enorme potencial de produzir outras obras de arte como esta.
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