Val 18/01/2024
POUCAS LINHAS PARA UMA GRANDE OBRA?
ESPERAR E TER ESPERANÇA!
Finalizar uma obra como essa, um clássico da literatura francesa do século XIX, me enche de orgulho.
Uma trama completa, apesar de ter vários personagens e histórias, todas elas são bem amarradas.
Toda a trama envolve Edmond Dantès e uma conspiração que o levou preso. Dantès ficou 14 anos preso em um presídio de segurança máxima, onde conheceu seu colega, mentor, amigo, professor e benfeitor, o abade Faria.
Todos tinham o abade como louco, porque ele oferecia quantias esdrúxulas em troca de sua liberdade, o abade alegava ter um tesouro escondido, mas como estava preso, ninguém acreditava nele.
Faria e Edmond se conheceram quando o abade, com um plano de fuga, começou a cavar um túnel que saiu na cela do calabouço de Dantès. A partir de então eles se conheceram e traçaram um novo plano para a fuga dos dois. Faria ensinou tudo que sabia a Edmond, o abade era muito inteligente, tinha os mais vastos conhecimentos, o próprio abade fabricou suas armas para a escavação do túnel, sabia vários idiomas e os ensinou a Dantès.
O Abade Faria sofria com uma grave doença de epilepsia, o que acometeu em sua morte.
Edmond Dantès consegue sair da prisão. Depois de sair Dantès fica rico, através do tesouro que encontra na ilha de Monte Cristo. Ele bonifica todas as pessoas que foram boas com ele e seu pai e fica por 10 anos montando o seu plano de justiça, ou seria vingança?
O seu plano de justiça/vingança foi milimetricamente traçado. Edmond viajou e conheceu vários países, se especializou em várias artes, desenvolveu ainda mais tudo que o abade o ensinara, tudo para que o seu plano fosse perfeito.
Depois de dez anos de especialização, Edmond começa a colocar em prática o seu plano. Existe um trecho que eu conhecia e que ficou marcado em mim, foi quando ele começou a vingança. Dá-se o trecho: ?-E agora, adeus bondade, humanidade, gratidão... Adeus a todos os sentimentos que alargam o coração!... Substituí a Providência para recompensar os bons... Que o Deus vingador ceda-me o seu lugar para punir os maus!?. E então começa as suas façanhas para tal sonhada e traçada vingança.
É muito difícil falar de uma obra, principalmente quando se trata de um clássico e de um autor tão renomado. As obras de Alexandre Dumas perduram, são geniais (eu li duas e amei), e já quero muito conhecer outras.
Como em todos os livros de ficção eu encontro um personagem preferido, em ?O conde de Monte Cristo? não poderia ser diferente, e o meu preferido foi o abade Faria.
A riqueza de detalhes que Dumas coloca em O Conde de Monte Cristo me surpreendeu muito e me deixou fascinada, a ponto de procurar alguém que leu a obra para conversar, infelizmente não encontrei ninguém próximo, então busquei por vídeos e resenhas, foi quando descobri que o livro saiu primeiro em formato de folhetins em um jornal e que o autor ganhava, financeiramente falado, por linhas.
O Conde de Monte Cristo é uma obra completa, bem construída e estruturada, fácil de ler e de se envolver. Valeu cada tempo investido para ler esse calhamaço.