Cris 16/09/2012A palavra final que determina esse livro para mim é enfadonho. Imaginei mudar de opinião com o decorrer da história, mas infelizmente, não aconteceu. Do início ao fim tive o mesmo sentimento de estar diante de uma narrativa bastante simples, até aí não é surpresa para os que estão acostumados com os livros do autor, e massante, onde as personagens não me cativaram em nada.
Ao ler a contra-capa do livro, ainda na livraria, imaginei que o Aleph teria a mesma áurea de mistério e magia que imbuía a narrativa de Brida, que li ainda na adolescência e considero o único livro do Paulo Coelho que, de fato, me marcou de alguma maneira. Não poderia ter sido mais diferente, ainda assim não se pode esperar a mesma experiência apenas porque está lendo um título do mesmo autor, não é verdade?
Mesmo não sendo um livro que me marcou, algumas das passagens ligadas à espiritualidade valem ser lembradas:
Num dos momentos onde ele tem um encontro com um xamã durante sua viagem pela Sibéria, ele discorre sobre a unidade de Deus e pluralidade das religiões:
"O xamã na Sibéria segue os mesmos rituais dos pajés na Amazônia, dos feiticeiros no México, do candomblé africano, dos espíritas na França...
...Nessa semelhança reside a grande surpresa dessas tradições que parecem viver em eterno conflito umas com as outras. Elas se encontram em um único plano espiritual e se manifestam em diversos lugares do mundo, embora jamais tenham se comunicado no plano físico. Ali está a Mão de Deus que diz:
'Às vezes meus filhos têm olhos e não veem. Tem ouvidos, e não ouvem. Portanto, a alguns exigirei que não sejam cegos para mim.'"