É difícil ser Deus

É difícil ser Deus Irmãos Strugátski




Resenhas - É difícil ser Deus


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Elaine | @naneverso 30/05/2020

Para aqueles que, assim como eu, não têm tanta familiaridade com a literatura russa (ou pelo menos com a escrita dos Strugátski), 'É difícil ser Deus', apesar de sua suma importância, pode não ser um livro fácil.
Os primeiros capítulos dão a impressão de que não temos todas as informações que deveríamos ter, de que deveríamos ler as outras obras do mesmo universo criado pelos irmãos antes de chegarmos a 'É difícil ser Deus', e dá uma vontade LOUCA de acabar com qualquer vestígio online que diz que você é leitora, pois, obviamente, você é burra demais para entender uma obra tão inteligente.

A resenha completa vocês encontram em @naneandherbooks no Instagram
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Everton.Paulo 31/12/2021

O livre-arbítrio
No segundo livro finalizado do mês, li mais um dos irmãos Strugátski. Em É difícil ser Deus, acompanhamos Dom Rumata, um dos habitantes da Terra selecionados para viver num planeta que ainda encontra-se numa era medieval. O mesmo pode interagir no local porém sem interferir de forma mais forte nos acontecimentos do local.
O romance tem pitadas de fantasia, romance histórico, distópico e também de ficção científica.
Há intrigas políticas, golpe de estado e muita violência.
Provavelmente deveria fazer uma análise um pouco mais profunda a respeito da obra, mas sinceramente não fiquei conectado do jeito que queria. Mas leiam e me digam suas opiniões. Pode ser que eu não tenha visto algumas coisas que vocês enxergam.
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Gabriel Zupiroli 28/02/2021

Na verdade, é difícil apreender a realidade
Ao longo da leitura do romance, fiquei me perguntando várias vezes o que tanto me prendia, a ponto de, em apenas dois dias, finalizá-la. Ainda não sei exatamente a resposta, mas fica muito mais claro o quão habilidosa é a capacidade estética dos irmãos Strugátski. Não apenas o cadenciamento das sequências narrativas é feito com muita inteligência, mas a própria ironia misturada com a reflexão que habita toda a sintaxe casa completamente com a ignorância do mundo de Arkanar.

Sobretudo uma coisa me chamou a atenção durante a leitura: como existe um movimento muito claro na narrativa de frustração de expectativas. Isso pois são construídas várias situações envolventes e que aparentam desaguar em uma conclusão épica, trágica ou ao menos minimamente emocionante. Entretanto todos estes momentos são frustrados: como se tudo não passasse de uma farsa - o que de fato é -, toda a expectativa é entregue ao nada quando a conclusão é tola e irônica. É como se os autores utilizassem desse controle para marcar de maneira mais ardente o humor crítico e apenas satirizassem toda a situação do próprio Dom Rumata.

De qualquer forma, trata-se de uma ficção científica com roupagem de romance fantástico, e essa transição mascarada entre os gêneros é muito bem feita. O "real" surge habilmente em situações precisas como se apenas para pontuar e lembrar ao leitor da dupla camada de falsidade. É difícil ser um Deus, conclui Dom Rumata, mas é mais difícil ainda compreender onde a ficção e a realidade reforçam ou diluem seus limites - assim como o romance dos Strugátski espelha concretamente uma imagem sólida de nosso mundo.
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