Jansen 30/03/2020
Como sempre um bom romance de espionagem de Daniel Silva. Em resenha para outro livro do autor, mencionei que ele é um fã incondicional dos judeus, o que às vezes compromete seus livros. Por outro lado faz questão de mencionar que é uma obra de ficção. Isto salva qualquer coisa que entendamos com inclinação ideológica. Os judeus são inteligentes? Não há dúvida, basta ver a quantidade de Nobel encabeçado pelos judeus. São esforçados e trabalhadores? Também não há dúvida, basta saber o que que fizeram com aquele pedaço de areia que não atrairia ninguém. Já pensou se fosse um pedaço de Minas, Rondônia, Goiás etc?
Mas são um povo racista. Para eles somos todos uns retardados que merecemos ser seus empregados, se nos comportarmos bem. Sabe aquela sensação de amor e ódio? É o sentimento pela raça judia. Neste caso podemos usar o termo raça, sem nos sentirmos racistas.
Mas isto é um resumo do livro e não um texto político social.
Um romance bem arquitetado, que parte de um fato verídico, que foi o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, dissidente saudita e colunista do Washington Post.
Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, tornou-se suspeito desta morte por esquartejamento e o caso continua obscuro. O livro seria conduzido por outro caminho, mas este acidente mudou o roteiro, o que acho que foi ótimo. Não para o jornalista é claro. Aliás, o livro é dedicado a todos os jornalistas que morreram no exercício de sua função. Como sempre vários personagens da série Gabriel Allon aparecem nesta obra, portanto quem já leu as obras anteriores tira maior proveito do livro. Mas é inteligível mesmo para quem esteja lendo pela primeira vez o autor.