Greenbriar.1507 24/04/2024
"Classicos nunca saem de moda"
Holden Caulfield, um menino de 17 anos, inicia o livro nos contando sobre suas aventuras do ultimo natal, que durara 2 dias praticamente, quando ainda tinha 16 anos.
Ao desenrolar da história, pude me divertir bastate com o personagem, que possuí uma linguagem terrivelmente casual, diferente de quais quer outros livros que li antes.
Houlden tem o típico perfil de jovem que está aprendendo sobre a vida adulta e despedindo-se da infancia. É notório tal conclusão, pela raiva que possui dos adultos, afirmando que todos são hipócritas e na tentativa de preservar a infancia de sua tão amada irmã, Phobe.
Perdido pelas ruas de uma Nova York dos anos 50, o jovem vai adquirindo experiências que até então, não haviam sido descritas com tantos detalhes por nenhum outro autor, diferenciando J.D. Salinger, que chocara a público leitor da época com suas reflexões por meio de Holden, sobre sexo, drogas, a relação do jovem com a vida adulta, angustias e até mesmo, sobre professores tarados.
Devo sim admitir que em alguns momentos o temperamento do personagem fora um tanto complicado... mas agora percebo seus claros traços de ansiedade e depressão.
Gostei muito do livro e sem muitas pretenções o colocaria em minha lista de favoritos!
A historia não tem plots nem grandes revelações, apenas utiliza do cotidiado de um jovem um tanto mal-humorado e depressivo para trazer certos questionamentos da vida e principalmente, no luto do crescer, que carrega o significado do titulo do livro (que fora sitado nas ultimas paginas). Pois quando Holden é questionado por sua irmã, sobre oque realmente ele gosta e quer ser, ele responde com uma musica, que chama o apanhador no campo de centeio; Exemplificando a dor de crescer como um campo, que quando somos crianças, andamos por ele livremente. Mas, em dado momento, caimos do alto de onde esse campo se encontra em um abismo, que seria a vida adulta. O personagem entao, pela primeira vez revela que gostaria de ser o apanhador naquele campo, impedindo que as criaças caissem.
Entao repito, "Classicos nunca saem de moda"! Gostei muito do livro.