Emil 06/04/2020
Um retrato histórico da Ásia
A Ásia, de Carachi a Tóquio, de Jacarta a Pequim, hoje se encontra no cerne da ordem internacional do século 21. Dos primórdios dos tempos do vale do Indo e do Rio Amarelo, da grandiosidade dos templos de Meenakshi Amman em Madurai, dos relatos de viajantes como Faxian, Xuanzang e Zheng He, dos frutos dos escritos de Buda, dos épicos hindus, da arte muçulmana e tibetana, das linhas de Confúcio e seus seguidores, da fatídica chegada de Vasco da Gama em Calicute diante do impassível império mogol, a Ásia guarda, em seu passado, a imensa complexidade civilizacional, desde a China das dinastias Tang (618-907) e Song (960-1279), do Império Khmer no Camboja (802-1431), da Índia dos Guptas (320-550) e dos Cholas (século 4º d.C.-1279) e dos Srivijayas (650-1377) no Sudeste Asiático. Testemunhamos o produto dessa complexidade política e cultural do passado ao nos assombrarmos diante do complexo de templos de Angkor perto de Siem Reap, do Taj Mahal em Agra, do monumento budista de Borobudur em Yogyakarta, do Castelo de Himeiji em Hyogo e da Grande Muralha ao norte de Pequim. O passado asiático constitui um repositório da grandeza humana e hoje, antes que nunca, cabe-nos refletirmos sobre a sua complexa e caleidoscópica história.
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