Lusia.Nicolino 09/01/2020
O dinheiro nunca fecha feridas
Um livro que se chamaria “Um homem que se encontrou com um rei” e, que se assim se chamasse, talvez espantasse a primeira ideia de que se trata de uma história de lutas e espadas.
É muito mais que isso e, antes que eu mais escreva, você precisa ler!
Evento histórico real, Hasekura, nosso personagem principal, tanto na realidade quanto na ficção de Endo teve mesmo a oportunidade de encontrar-se com reis.
Encontros vazios e frustrantes. O que é um rei diante de guerreiros de um tempo e de uma cultura que quase não se pode alcançar? Ainda que um anspeçada – posto militar imediatamente superior a soldado e inferior a cabo – como se desenrola da trama em que o envolveram?
Em um cenário que mistura a perseguição aos recém convertidos cristãos, disputados entre franciscanos e outras ordens e a tentativa de desbravar os mares para estabelecer rotas de comércio com a Nova Espanha, o México que hoje conhecemos, Hasekura não compreende “aquele home com a cabeça tombada, aquele homem magro como um alfinete, aquele homem cujos braços se estendiam sem vida, pregados a uma cruz.”
E não importa muito a cultura quando a ambição dos homens abre caminho e disputa crenças, poder, descobertas, novos mares, povos e comércio.
O dinheiro nunca fecha feridas, sejam elas feitas por espadas ou por palavras mal ditas.
Quote: “– O mundo é muito grande. Mas não posso mais acreditar nas pessoas.”
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