Andy 16/10/2022
Machiavellian
Lá vou eu novamente na busca incessante de máfias que sejam boas e de protagonistas que não sejam Chernobyl. E graças a Deus encontrei mais um!
Machiavellian conta a história de Capô, ou Mac se preferir. Ele passou por muitas coisas na vida, incluindo a própria morte, se tornando o fantasma que vem cobrar suas dívidas direto do inferno.
Mariposa Flores só conhece uma palavra ?sobreviver?. Pulando de orfanato a orfanato, de lugares tenebrosos de adoção, as ruas nefastas de NY, lutando contra a fome e todos os terrores que uma menina jovem na situação dela pode passar.
E aí que a história começa. Da vingança a sobrevivência. Se você está aí achando que Mari Flores é mais uma coitada, sem casa, sem dinheiro e sem família que chora pelos cantos, está redondamente enganada. Ela é uma das protagonistas mais fortes e motivadas que já tive o prazer de ler, com perseverança no bolso e uma alta dose de viver ela tornou essa experiência um respiro de como enfrentamos os problemas de frente.
Mac, Capô, Machiavello, como começar? Deliciosamente protetor, possessivo, é legal, ele é um personagem que suga você para as páginas e te faz suspirar enquanto enreda você em uma trama envolvente. Mac é aquele tipo de personagem que te faz desejar com todas as forças que ele se torne real e simplesmente se materialize na vida real. Fogo puro intenso e consumidor.
No meio da guerra entre as famílias em Nova York, que só conhecem a dor e sangue para escalar até o topo nossos casal de protagonistas faz um acordo. A base desse acordo? A lealdade! Mas será que eles conseguem firmar isso em pedra sem correr o risco de se perder no tão temido amor? Aquele amor que corta como uma adaga?
Eu amei esse livro de coração. Ele é denso, ele é pesado, me fez refletir a luta pela vida, as escolhas do que é importante, o quanto você precisa de alguém a quem se apoiar. Sem duvidas deixou meu coração quente e minha curiosidade louca pra saber sobre os próximos.