Leticia @leticiageek 24/03/2024O que foi isso?Eu esperei tanto dessa trilogia, o primeiro livro prometeu e entregou tudo, mas infelizmente as sequências foram só ladeira abaixo. Dei 3 estrelas para o segundo livro e quando achei que o terceiro estava começando muito bem, a história ficou chatíssima novamente. Acabei dando 2,5 para Uma Conjuração de Luz, pois fiquei extremamente decepcionada.
Falando primeiramente dos pontos positivos, que são poucos, mas existem, a escrita da V.E Schwab é boa, apesar da história ter ficado rasa, seu estilo de escrita caprichosa e detalhada te deixa instigado a continuar lendo para saber tudo o que vai acontecer. A trilogia tem personagens superinteressantes a ponto da gente se ligar a eles, torcer por eles, amar/odiar, tinham bom potencial, mas...
Sobre os pontos negativos mais graves para mim nesse 3º volume, temos:
?Alguns personagens e informações jogadas que não fazem a menor diferença na história;
?Personagens com potencial, mas sem ter seu merecido destaque;
?Um enredo/plot que demora horrores para progredir;
?Perguntas levantadas desde o primeiro livro, mas sem respostas;
?Um vilão que não assusta.
Em resumo, o que penso sobre o elenco principal: Assim como no segundo livro, aqui temos Kell novamente com seu enredo de lamentos e dramas (ele era tão perfeitinho no primeiro livro, mas ficou tedioso). Alucard não tem a mínima importância para mim e não fez diferença alguma nas cenas de ação. Rhy sempre foi e sempre será um idiota, sério, não vejo ele como um bom rei. Lila sempre descrita como a badass, mas esse enredo cansa, tipo, eu já sei que ela é capaz, não precisa ficar me lembrando disso a cada página. Holland, o melhor de todos e o que merecia mais!
Fora do elenco principal, temos capítulos dedicados a personagens aleatórios/secundários, mas que não acrescentam nada, como o Rei Maxim, a Rainha Emira e Tieren. Tentar fazer com que o leitor se conecte a esses personagens no último livro, fica muito difícil e forçado, serviram apenas de apoio para o desenvolvimento final (e pobre) de Rhy.
Durante toda a história (calhamaço) nada de importante acontece nas demais Londres. Como falei na resenha de ?Um Encontro de Sombras?, qual o sentido de criar um multiverso ? 4 Londres ? onde só deu destaque para a Londres Vermelha?
Depois de um grande período de monotonia, a trama começa a ficar interessante quando surge uma solução para derrotar o vilão e quando chega na luta final, porém quando a coisa começa realmente a ficar empolgante, só dura umas 50 páginas.
Mas e sobre o passado de Kell? Claro que ele decidiu que seria melhor não saber sobre seus verdadeiros pais, mas e eu como leitora, como fico? Resolver esta questão com Kell decidindo que o personagem não precisava saber de nada foi preguiçoso por parte da autora.
E Lila? De onde ela veio? Como um Antari se originou na Londres Cinza? Como ela perdeu o olho e por quê? Ao invés de a cada capítulo tentar firmar o quanto ela é sagaz e badass, a autora poderia ter desenvolvimento melhor sua história.
Holland, a estrela do show! O amei desde o primeiro livro e gostei bastante do passado dele ter sido um pouco mais explorado nesse terceiro livro. Compreendemos suas motivações, os acontecimentos que o moldaram, o endureceram, o suavizaram, e sim, ele merecia mais! O desenvolvimento de Holland faz com que os outros personagens percam a graça. Ele possui uma profundidade sem igual. Se a série fosse sobre ele, eu daria 5 estrelas agora!
Mas a trilogia em geral simplesmente pecou em desenvolver bem o enredo e outros personagens. Eu ansiei por mais intensidade, mais imprevisibilidade, mais personagens significativos e um mundo rico que me convidasse a continuar virando as páginas empolgada. O que encontrei foi uma ideia excelente, mas com uma execução abaixo do esperado.
??2,5/5
?+16
?728 págs.
?fantasia
?multiverso, magia
?tortura, morte, possessão, violência