O Vale dos Anjos

O Vale dos Anjos Leandro Schulai




Resenhas - O Torneio dos Ceus


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Lodir 20/07/2011

Conheço Leandro Schulai há algum tempo, graças ao seu excelente trabalho com o canal no YouTube chamado “Na Mira dos Livros”, onde o escritor viaja entre várias cidades do país para cobrir eventos literários. Admiro-o por essa contribuição à literatura, já que há tantos programas fúteis na TV brasileira e ninguém investe em algo do tipo. Deve considerar-se também que o próprio autor custeia suas despesas de viagem entre Rio, São Paulo e Curitiba para presenciar os eventos. É um grande esforço pela cultura, que deve ser reconhecido. Como ele sempre aproveita para divulgar seu livro, eu fiquei curioso para lê-lo e conferir sua versão escritor.

Infelizmente, talvez eu tenha criado muita expectativa em cima da obra. Sempre levo em consideração quando um escritor está em sua obra de estréia, e pode ser perdoado por alguns erros básicos, comuns nessa fase. No caso de “O Vale dos Anjos”, no entanto, os erros são muitos. Começando pelo longo e desnecessário título. Como “O Vale dos Anjos” é o nome da série, bastava ou “O Torneio dos Céus” para identificar o primeiro volume, ou “Parte 1”, como o autor quisesse. Colocar as duas opções deixou o título extenso demais e pode confundir quando as futuras continuações forem lançadas.

O principal defeito do livro, no entanto, é a própria escrita. Já no começo percebe-se um grave problema: Schulai cria frases longas demais. Usa vírgulas como se fossem pontos finais. Diante do excesso, eu comecei a contá-las. Cheguei a encontrar treze vírgulas em uma única frase. Você leu bem: eu disse treze vírgulas em uma única oração. Um recorde digno do Guinness. É um grande problema de má formulação de frases. Ela poderia ser dividida em três ou quatro, tornando a leitura muito mais agradável. Uma frase com seis vírgulas é curta para os parâmetros do livro. Os parágrafos também são longos; muitos ultrapassam facilmente duas páginas inteiras. Tais mecanismos só servem para comprometer a interpretação da leitura e cansar o leitor. O livro é mal revisado, tanto pelo autor quanto pela editora. Boa parte da culpa é da própria Novo Século, que costuma revisar muito mal todos os seus livros, algumas vezes cometendo deslizes vergonhosos, como pude perceber em outros volumes do selo “Novos Talentos da Literatura Brasileira”.

A história de “O Vale dos Anjos” em si é boa. Começa com a morte de Dimitris, um jovem grego recém casado. Ele está no Céu e é encaminhado ao seu julgamento (o melhor momento do livro). Ele então tenta encontrar uma maneira de voltar à vida e ver sua amada esposa. A trama tem tudo para dar certo, mas alguns detalhes atrapalham.

As primeiras 100 páginas do livro passam-se basicamente com cenas de Dimitris sendo apresentado aos anjos, um por um. Enquanto conversa individualmente com cada anjo, que explica alguns conceitos sobre o Céu, Dimitris insiste em querer saber por que eles escolheram seguir determinada classe de anjos. Sempre faz essa pergunta. Dessa forma, as primeiras 100 páginas são como uma sessão de Déjà Vu: Dimitris conhece um anjo, faz a pergunta, eles jogam conversa fora e protagonista segue para conhecer o próximo anjo, onde acontece exatamente a mesma coisa outra vez. É repetitivo demais.

Dimitris então segue com um cupido para uma série de tarefas na Terra, passando por diversos países. Eles encontram uma menina italiana. Percebemos dois erros de continuação: um dos personagens sugere ir a um restaurante citado pelo pai dela, mas essa cena não aconteceu. O pai nem aparece no livro. Outro: no começo do livro, Obelisco explica a Dimitris que, como ele morreu, seu corpo ficou na terra e ele tem apenas a alma no Céu. Isso fica claro. Ainda assim, durante todo o resto do livro, os personagens citam que tem um corpo, que inclusive precisa ir ao banheiro e ser alimentado. Como?

Além de mal construídos de uma forma geral, os personagens anjos e recém-mortos são idênticos aos seres-humanos, assim como o Céu é idêntico a Terra, algo difícil de acreditar. Quem está no Céu pode comer, ir ao banheiro e fazer tudo o que um humano faz. O Céu tem lojas, restaurantes e até mesmo um avião. Dá para imaginar alguém precisando de um avião no Céu? No início do livro, diante do desespero de Dimitris em retornar, o anjo Obelisco quebra as regras paradisíacas e “empresta” cinco minutos na terra a ele, algo que ele jura nunca ter feito, porque é proibido. Acredito que todas as pessoas que morrem deixam entes queridos em vida, e elas gostariam de ter mais tempo para se despedir deles. O que faz o desespero de Dimitris tão especial, sendo que até cantadas ele distribui? . A contracapa do livro pergunta se “A morte tem o poder de separar um amor?”. Dimitris quer a todo custo voltar a terra para rever sua esposa. Esse é a grande missão, o desafio que move o personagem em toda a trama. Ainda assim, ele tem disposição para dar cantadas em diversas personagens femininas no Céu, entre anjos e cupidos, dando a entender que não sente tanta falta da mulher quanto a sinopse dá a entender. Ao colocar em dúvida a motivação que guia o personagem central em sua jornada, o próprio autor acaba sabotando sua trama.

De forma geral, o livro está cheio de situações que deixam toda a trama inverossímil. São erros que comprometem a crença do leitor naquele mundo criado pelo autor. Ainda pesam contra o livro os fatos de que ele tem um final aberto, e que ele foi lançado em uma época onde anjos são a nova moda literária. Ainda que não falte criatividade e originalidade ao autor e ao seu mundo fantástico, algumas revisões para as futuras edições seriam bem-vindas, assim como algumas alterações no enredo. Quem sabe um livro fora do gênero de fantasia? Seria mais fácil acertar.
Schulai 20/07/2011minha estante
Olá Lodir muito obrigado por acompanhar o meu canal de vídeos e por ter curtido esse meu trabalho e também por ter lido o meu livro e contribuído com suas críticas construtivas.

Concordo com muita coisa do que disse, principalmente em questão das vírgulas e dos parágrafos. O curioso foi que eu paguei um revisor antes de enviar à editora e também confiei que meu livro passando por 2 revisões não teria esse tipo de situação. Coisa de autor de primeira viagem.

As primeiras 100 páginas do livro estão sendo trabalhadas agora para a segunda edição e acho que se você perceber a história após o capítulo 12 toma um outro rumo e as características despercebidas do Dimítris como as cantadas não acontecem mais.

Como autor busco receber as críticas e enxergar os pontos de melhoria. Hoje estou mais maduro e preparado para escrever novas histórias e enxergá-las com outro ponto de vista.

Só o que não concordo contigo é em relação a criação do universo, pois em primeiro lugar ele é fictícil e no mundo da fantasia podemos inserir o contexto que queremos, até mesmo um vampiro que brilha no sol. Sempre pensei em um céu repleto de humanos e meu livro tem a missão de mostrar um céu humano com características humanas. Porque não podemos ter no céu o mesmo ambiente que temos aqui? Quem disse que isso é errado ou certo? É apenas um ponto de vista e verossimilhança é aquilo que se associa a uma realidade, mas o céu naõ é uma realidade então não dá para saber o que é verdade ou o que foge dela.

Quanto a questão do corpo talvez você não tenha captado as explicações do Obelisco no cap5 e do Ramirez no cap13 quando diz que ao morrer você possui uma alma que lhe permite passar a eternidade sem comer, beber ou ir ao banheiro, porém se vc faz uso de energia seja para voar ou manipular algum elemento você usa desse poder que serve para te manter "imortal" para outros meios e por isso suas necessidades "humanas" ressurgem. Foi um conceito que criei para dar sentido a algumas questões da história.

Adorei sua contribuição e muito do que foi dito foi separado e já está na revisão que estou fazendo hoje. O trabalho do autor é isso: ler, separar o que faz sentido e o que não faz até para não perder sua identidade.

Espero que acompanhe minhas próximas histórias e veja minha evolução como escritor.


PS: O título do livro com torneio dos céus parte 1 foi justamente para não enganar o meu leitor e fazer com que ele tivesse a certeza de que a história não acabaria nesse livro, pois o que me irrita é ler uma história achando que é uma só e ao terminar descobrir que tem continuação.

Abração!


Lodir 20/07/2011minha estante
Schulai

Que bom que você compreendeu as críticas e as considerou construtivas. Não são todos que sabem se sair bem com elas.

Fico feliz em saber que algumas coisas já foram revisadas para as edições futuras.

Uma pergunta: segundo livro também terá o subtítulo de "O Torneio dos Céus"? Porque caso não tenha, acredito que ai mora o problema com a confusão que o título causa.


Entendo seus pontos sobre a criação do universo, e acredito que você deve os manter, se acha necessário. Essa parte da resenha é apenas a minha opinião sobre ser difícil de acreditar em algumas coisas, mas é minha opinião.

Enfim, desejo toda a sorte, e nos encontramos na Bienal!


Lodir 11/08/2011minha estante
Rafaela
Que bom que gostou e que também teve as mesmas impressões que eu. Costumo resenhar tudo o que leio, e sempre com sinceridade, apontando os erros e pagando pau quando o escritor é mesmo bom. No caso dos escritores nacionais, que tem mais chances de ler minhas resenhas, costumo fazê-las mais complexas e elaboradas, já que sei que posso ajudar o próprio autor a escrever melhor.




spoiler visualizar
Joice (Jojo) 06/08/2011minha estante
Lu, não faço ideia de como é esse livro, mas ri bastante com sua resenha.


Josy.Stoque 20/10/2011minha estante
Entendo seu ponto de vista! E concordo plenamente sobre a Novo Século! É uma editora não prima pela qualidade de suas obras. E até onde eu sei, basta ter dinheiro que eles te lançam nesse sele dos Novos Talentos. A obra não passa por um crivo analítico da editora. É a coisa mais triste que o Brasil poderia ter. Os autores nacionais precisam de apoio sim, mas acima de tudo, precisam ter suporte quanto a escrita, revisão ou até mesmo não aceitação do original! É triste sim acabar com o sonho de alguém, mas se o autor for auto-crítico vai pensar: onde foi que eu errei? E se quiser mesmo prosseguir, vai em buscar de melhorar! Eu acredito nisso!




@apilhadathay 01/02/2011

SURPREENDENTE
A morte tem o poder de separar dois corações que se amam?

O livro me proporcionou uma leitura bem mais divertida do que eu esperava, porque, pelas sinopses, acreditava que seria um drama. Durante a leitura, é possível levantar questionamentos importantes, como por exemplo: o quão longe se vai por amor?

O Vale dos Anjos reúne elementos de Cidade dos Anjos, com um toque do Torneio de Artes Marciais de DBZ. E isto deu um dinamismo enorme à obra. E pode ser uma obra de literatura fantástica, mas propõe algumas questões que eu, particularmente, considero polêmicas e vou citar durante a resenha.

O CASAL SALOUSTROS

Dimítris e Mariah Saloustros formavam um casal perfeito e apaixonado. Casados há dois anos, moravam na Grécia e viviam muito bem juntos, encontrando felicidade em coisas simples, como passar fins de semana procurando itens para a casa, comemorar o Natal numa data diferente da tradição grega, contar estrelas e o número de horas que o sol ficava no céu, nesse feriado. Sim, meninas... Romântico, Dimítris SE IMPORTAVA em fazer coisas assim com a esposa. Um anjo!

Mariah era uma bela jovem de família inglesa. E Dimítris nos cativa rapidamente, com um caráter bem singular. Grego, 22 anos, trabalhava numa loja de informática em Atenas e não conheceu os pais biológicos, apenas o homem que o criou, o Sr. Parnasos. O jovem adorava fazer caminhadas na Acrópole e fez tantas que o resultado foi mais que o esperado...

O nosso tempo terreno tem mistérios insondáveis e perguntas cujas respostas podemos jamais obter. Você já olhou para uma pessoa que amava e, de um modo muito estranho, sentiu que era a última vez que a estava vendo?

Dimítris, por exemplo, não imaginava a priori que, no ponto onde começamos a história, ele estava acordando para o que seria seu último dia na Terra. Sua vida foi abreviada em um acidente do tipo que classificamos como “estúpido”, “sem sentido” e cujas reais razões, apenas ele conhecia, literalmente, no seu coração.

O que o jovem também não sabia é que, depois da morte, sua vida estaria apenas começando.

OBELISCO E PARNASOS

O grego foi recebido (durante sua passagem) pelo anjo guia-de-enterro Obelisco – meu personagem favorito na trama: um cara de capuz branco que os humanos só viam uma vez na vida. Durante a passagem, Dimítris viu flashes de cenas importantes de sua infância e juventude, só que acrescentadas de alguns detalhes. Aí nos perguntamos: estariam aqueles detalhes ali desde sempre e ele só se deu conta no momento da morte?

Dentre aqueles momentos, vislumbramos a difícil relação que Dimítris tinha com seu pai Parnasos – que, mesmo não compartindo o mesmo sangue do rapaz, tinha os mesmos olhos azuis do filho adotivo, algo que eu achei, no mínimo, curioso.

Obelisco guiou Dimítris para seu julgamento – nesta audiência, seria decidido se o jovem descansaria no Paraíso ou seria encaminhado para as Oito Prisões. Conhecemos de perto Isaac e Overlord, que cuidavam, respectivamente, da defesa e da acusação dos julgados. Também, temos o prazer de ver Malaquias, que é um dos anjos-deuses e uma figura!

Durante o processo, algumas das melhores características de Dimítris são apresentadas. Ele não foi encarcerado e tampouco chegou perto de descansar em paz no Paraíso, mas teve um destino interessante.

Antes de mais nada, levado à Terra para presenciar seu funeral e ver seus entes queridos uma “última vez”, Dimítris recebeu a chance de falar com sua esposa graças ao poder de seu amigo guia-de-enterro, Obelisco. Por cinco minutos, o jovem poderia tomar a forma humana e passaria despercebido pelos agentes do Paraíso.

Ô, PROMESSA!

Na manhã em que morreu, antes de sair de casa, Dimítris fez Mariah prometer uma coisa absurda: a de que não se envolveria com nenhum outro homem, no caso de ele morrer. Pois bem, tendo a chance de falar com Mariah mais uma vez, ele chegou a fazer uma promessa mais absurda ainda: a de que voltaria à vida pra ficar com ela!!

Mesmo que eu não tenha concordado com seus motivos (porque acredito que nós precisamos aproveitar o hoje e o agora enquanto TEMOS o HOJE e o AGORA, e não quando isso nos for tirado), gostei muito de Dimítris, sua determinação e seu jeito único. É algo inspirador e algumas lições ficaram comigo.

DIMÍTRIS

Quando menino, ele detestava a solidão e o escuro.
Do tipo jeans e camiseta, Dimítris Saloustros é bondoso, cavalheiro e humilde. Tem grande amor pela natureza, é sensível e sabe respeitar o espaço dos outros. É aquela pessoa que sabe o momento certo de falar e o de ajudar alguém apenas com a presença e um abraço amigo. Ele também é ótimo em jogos psicológicos (em outras palavras, em declarar a verdade nua e crua).

É atrevido e diz o que pensa: posso dividir com ele o apelido de “novato (a) insolente”! Ele causa mudanças na vida de umas pessoas (e na morte de outras): Malaquias, Obelisco e Anne que o digam.

Dimítris tem reações naturais, é muito espontâneo e não se importa com o que vão pensar dele. Tem um toque de ingenuidade que é lindo de se ver; e ele é do tipo que não há quem conheça e não goste, como Lily Evans/Potter. Faz amizade onde chega, sente-se em casa em qualquer lugar e faz as pessoas se sentirem à vontade perto dele – embora seja muito curioso e faça perguntas até demais, detalhe que Obelisco notou de cara.

"Agora, sem mais perguntas, pois como lhe disse, há pouco, não tenho a morte toda para responder a todas elas"

Por outro lado, em certos momentos, eu esperei que o grego encarasse as situações com um pouco mais de maturidade. Afinal, casou cedo, trabalhava firme, construía uma vida quando foi interrompido... é de se esperar que tenha algo que muitos demoram bem mais para encontrar na vida: juízo e sabedoria. Cenas como a da catraca no Japão, por exemplo, ele poderia ter tirado de letra com um pouco de topete – e seria legal de ver sua atitude.

"Depois do metrô... quero evitar qualquer tipo de transporte diferente das minhas pernas"

O VALE DOS ANJOS

Após a morte e julgamento, Dimítris é levado ao Vale dos Anjos, lugar que abriga o Olimpo, o Paraíso e as Oito Prisões, e onde se leva uma vida quase igual à da Terra. Quase.

Existem muitas subdivisões, por data de morte das pessoas; para rever um ente querido, você precisa migrar. Há portais dimensionais no Olimpo, de onde você pode se deslocar para qualquer lugar do mundo em questão de segundos.

Lá, Dimítris descobriu que todos podem se tornar anjos; que quando há duas pessoas com o mesmo nome na equipe, uma passa a ser chamada por um apelido; que só poderia ir à Terra por um período de 10 anos, se não fosse anjo; e que as pessoas têm um corpo físico, antes da morte, e um espiritual pós-morte: ao passo que a pessoa evolui, o corpo espiritual funciona praticamente como o físico, até se habituar à nova vida. E mais, dependendo do que o atingir, o corpo espiritual pode morrer de vez e ser extinto.

_ Aqui, você não é obrigado a nada, já que você veio para descansar. Quer trabalhar? Ótimo! Se quiser sair do emprego, tudo bem, entendeu?
_ Nossa, aqui é o que realmente podemos chamar de 'O Paraíso'!

Dimítris percebeu que a sabedoria evolui junto com as funções desempenhadas e que há muitas castas e possibilidades de crescimento. No Vale, seus bons atos como voluntário vão render conhecimento e RECONHECIMENTO, para que possa evoluir e se tornar anjo, ou um anjo de casta mais elevada.

Enquanto lia a trajetória de Dimítris e Obelisco, vi Arthur sendo guiado por Ford Prefect por todo um espaço desconhecido. Creio que fãs de Douglas Adams e da temática dos anjos vão gostar muito da história.

Outro ponto a favor do grego é: mesmo que, no primeiro momento, tenha se chocado com a morte tão prematura, ele não foi rebelde. Aceitou a nova realidade muito melhor que outros que vieram antes dele. Tanto melhor, não é?

Eu gostaria que o diálogo entre ele e Aila tivesse sido mais natural. Até compreendo que, depois de certo tempo de evolução da alma, mesmo uma criança se portaria com alguma gravidade, especialmente exercendo a função dela. Mas gostaria de vê-la mais alegre, serelepe, passando a imagem de uma alma limpa e não porque era pura, aos 7 anos, mas porque era feliz ali.

VISÃO INOVADORA DO PARAÍSO

Num lugar com uma paisagem exuberante sendo descortinada a cada dia, foi muito diferente essa visão do Paraíso e alguns pontos me fizeram arregalar os olhos. Imagina continuar com alguns aspectos humanos e poder trabalhar, praticar esportes, participar de eventos, ler jornais do Além! Tudo em caráter facultativo visando seu crescimento.

Gostei muito dos limites impostos sobre as conversas entre pessoas de épocas diferentes – linhas que poderiam causar catástrofes, se ultrapassadas – como as pessoas que viveram no nosso século não poderem se comunicar com os da pré-história. Ali não importam as vestes de alguém, suas posses, funções, idiomas nativos ou seu passado. Todos são semelhantes e podem conviver em harmonia, desde que sigam as regras. Inclusive, eu ri muito com o primeiro encontro de Dimítris com Lepidus:

_ Ouvi falar muito de você nos livros e na internet...
_ Internet, o que é isso? Onde fica?

ANNE, A CUPIDO

No Paraíso, Dimítris faz outra amizade valiosa: Anne, uma cupido ruiva, de lindos olhos azuis, beleza estonteante e com uma história que guarda tanto mistério quanto sofrimento... e que só descobrimos mais para a frente. Ela orienta as pessoas nas questões de amor, e não apenas o passional. E, supostamente, não poderia namorar.

Obelisco é muito divertido e cheio de graças, especialmente ao lado dela. Meu capítulo favorito foi o 8, quando vimos mais de perto como era a relação entre eles. Ele sempre leva as coisas no bom humor – e saber da vida dele na Terra explica muitas atitudes.

"Existem amores que não acabam com a morte"

PONTOS A DISCUTIR

Primeiro.
Se duas pessoas realmente se amam, uma deixa a outra livre para que fique ou volte por vontade própria. É justo forçá-la a se apegar a uma promessa como a que Mariah fez? Considero, no mínimo, cruel que a pessoa se sinta impedida de dar um novo passo e seguir com sua vida porque se agarrou a uma obsessão, ou a uma tentativa que pode ser bem-sucedida ou não. A não ser pela ligação entre eles, que é tão forte, como Anne reparou...

_ Vocês dois têm uma conexão muito grande, eu nunca vi isso!
_ Nós dois somos um.

Segundo.
A continuidade das funções que se realizava na Terra. Vale a pena continuar apegado a uma realidade que já não é sua, às pessoas e coisas terrenas, agora que a sua alma tem a chance de evoluir espiritualmente? Isto não pode fazer bem a quem está aqui ou a quem está lá. Se fôssemos para permanecer juntos, não seríamos capazes de viver para sempre?

Vemos o estado em que Mariah se encontrava no Natal: crente de que ele voltaria, ela desafiou até a descrença dos pais e preferiu se isolar.

Terceiro.
Ciente de todas as consequências, Dimítris não pensou duas vezes antes de topar uma forma ilegal de incorporar a forma humana e voltar à Terra, mesmo abusando da condição de um anjo-semideus. Será válido arriscar a eternidade por uma fração do tempo que, comparada àquela, parecem segundos? E mais... num Torneio de que devem participar 2 BILHÕES de candidatos? (E isto não é uma hipérbole)

"Não desista do seu sonho, pois se todos pensassem somente nos números, ninguém participaria"

Quarto.
É possível uma pessoa morrer de tristeza? Definhar sentindo aquele tipo de agulhada incômoda no peito, aquela dor que não passa? Sim, já vi acontecer e não é algo bonito de se ver: é triste, doloroso e é algo que você certamente não vai querer presenciar nessa vida. Lembrei desse caso quando descobri a razão da morte prematura de Anne, aos 21 anos.

XAMÃS E SENSITIVOS

Engraçado, os xamãs (que incorporam) e sensitivos (que ouvem e psicografam) já estão de tal forma habituados ao contato com espíritos que nem se assustam mais. Achei interessante sua função na história. É muito bonito imaginar alguém que cede parte de sua vida a uma missão espiritual linda como esta.

O TORNEIO DOS CÉUS – Treino e Eliminatórias

Num estádio de proporções fenomenais, que faz o Coliseu de Roma parecer uma arrumação bonitinha de Legos, um evento permite a união de embates corporais e energia angelical e promove a chance de alguém ascender a anjo-semideus. Apenas uma vaga. Naturalmente, seria uma briga para vencer ou vencer.

"Desafios nunca faltarão"

Eu simplesmente amo alguns mistérios da vida (e, no caso de Dimítris, da morte): quando você acha que não há mais saída, que ninguém pode ajudar, que está tudo perdido... enquanto permanecer na fé e mantiver seu desejo firme e forte... Vai surgir um modo, uma saída.

E assim, surgiu o ser de capuz que encaminhou Dimítris para o velho Mestre Ramirez – o homem que ensinou o grego a voar, revelar e controlar seu poder, e que o preparou para ser um dos favoritos do Torneio. Entramos na ação, de fato, no capítulo 14, quando Dimítris começou a treinar e, com aquela determinação característica dele, em apenas um mês, já realizava proezas, como bater recordes de Brian, o outro pupilo de Ramirez.

O período de treinamento de Dimítris na mansão me lembrou muito o tempo que Goku passou treinando com Mestre Kame e Kuririn – quando o pequeno sayajin conheceu aquele que seria seu melhor amigo. Mas antes disso, houve competitividade, inimizade e certa dose de inveja porque Goku e Dimítris mostraram poderes superiores em pouco tempo.

Imaginando a relação entre o grego e Brian e lembrando a reação de Goku pela primeira morte de Kuririn, depois da amizade consolidada, penso: algumas pessoas perdem tanto tempo com ciúme, em vez de aproveitar cada minuto da amizade e da convivência para crescer e vencer falhas, mirando-se num bom exemplo.

O embate entre os pupilos do Mestre Ramirez terminou exatamente como imaginei: o resultado mais adequado, dado o poder de cada um e o desejo que ambos tinham de participar daquele evento!

A propósito, veja a diferença entre um mestre e um aprendiz: no treinamento de voo, Dimítris questionou o tempo que outros pupilos levaram para conseguir tirar o pé do chão. Ramirez, porém, resguardou esta informação até que o jovem conseguisse retornar voando a sua casa. Assim, ele não ficaria estressado, comparando-se a possíveis padrões superiores, nem soberbo e relaxado, no caso de ter ultrapassado alguém e resolver que poderia ter uma folga.

Eu já disse que sou fã de Obelisco?

Quando olho para a capa do livro, imagino a arena do Coliseu do Torneio, vista de cima: a esfera gigantesca, de onde os participantes eram observados em ação; na parte superior, a larga abertura representando todos os candidatos; e abaixo, a estreita faixa por onde só passariam os vitoriosos (muito embora Dimítris e seu caráter diferenciado façam questão de levar todos pelo caminho dos vencedores).

Dimítris teve de lidar com o assédio da imprensa no Paraíso pela grande demonstração de seu poder nas eliminatórias do Torneio. É, parece que uma vez repórter inconveniente, sempre repórter.

O TORNEIO DOS CÉUS – A Hora H

Na abertura oficial do Torneio, mais uma vez o amor é posto em destaque, desta vez como responsável pelo bom andamento das coisas. Quando da representação da construção daquele mundo, tudo foi erguido e funcionava corretamente, todos os elementos estavam ali... mas faltava aquele toque, aquela cor.

"Apesar de todo o mundo ter sido criado, faltava amor aos elementos, e apenas isso faria com que todos os outros pudessem viver em harmonia"

Fiquei feliz, mas não surpresa, ao descobrir o poder de Dimítris, porque já suspeitava dele. Surpresa mesmo eu fiquei quando outras habilidades se mostraram no evento: aquilo, eu não esperava. É natural que algumas pessoas tenham inveja dele.

Controlar a rota do poder é muito útil, mas o poder da espada do Tempo é incrível! Vemos aqui a importância do treino na vida de alguém que pensa ser eternamente incapaz de algo porque não consegue realizá-lo AGORA. Treinar é aperfeiçoar.

O bom de eventos assim é que nunca falta o que fazer, o que assistir, aonde ir. Sempre há alguma partida, uma luta e a chance de observar em ação seu próximo adversário.

No caso do embate de dois adversários que pertencem ao mesmo elemento, era de se esperar uma luta grandiosa. Eu adoraria ver no cinema a cena do F3 formado dentro da arena! Tornados, simplesmente, me apavoram mais que furacões, porque são verdadeiros monstros que a gente pode ver e não pode vencer.

Infelizmente, o Torneio terminou com más notícias e elas podem se estender por um bom tempo, mas espero que não!!

PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR

Onde está Parnasos?
E por que Cronos anda ausente há 20 anos?
Um dos dois será o homem misterioso que está tão interessado em Dimítris?
O Torneio verá Obelisco e Dimítris unirem suas forças - já que isso seria muito, mas muito legal de se ver?

ALGUNS PONTOS...

A revisão. Temos aqui uma história incrível, com alguns trechos cuja ordem eu alteraria, e alguns termos, que me deixaram confusa; preciso reler a história, para ter certeza de que li certo como as coisas se revelaram e se desenvolveram. Por exemplo, o funeral do Sr. Ishizuki.

Emoção de fim de capítulo. Sabe aquele gancho que te faz até perder o sono e não dormir direito, só pensando no que vai acontecer depois?

EM SUMA

Onde existe amor, todas as possibilidades de crescimento já vivem e têm plena condição de se desenvolver. É como andar de bicicleta: depois que você enxerga e entende, quando vivencia aquilo, não desaprende: só melhora. Se sumiu, não era amor desde o início.

Nada neste mundo se espalha de forma tão rápida ou cria raízes tão profundas quanto o amor: as pessoas só precisam perceber isto.

E, mesmo que de uma forma obstinada como a do nosso protagonista, creio que Dimítris propôs o mesmo: que não há mesmo limites para um coração apaixonado.


Adorei!
Léo 13/02/2011minha estante
Se eu quisesse saber tanto assim do livro eu tinha o lido logo(Estou-o lendo, obrigado pelos spoilers). Apesar de você escrever muito bem a resenha, não recomendo para quem ainda quer ler O Vale dos Anjos.
P.S: Que resenha grande!Meu deus!E esses últimos parágrafos foram um tanto desnecessários.
E comparar personagens do Vale dos Anjos com personagens como Goku é uma comparação um tanto equivocada e absurda, não acha?


@apilhadathay 13/02/2011minha estante
Oi, Léo,

Lamento que tenhamos tido um primeiro contato logo assim, mas fico feliz que tenha dedicado parte do seu tempo a comentar a minha resenha. Construo cada uma delas com muito carinho e cuidado com as revelações, até porque eu mesma não curto receber spoilers.

Quanto às comparações com Goku, afirmei e reafirmo, como fã do anime desde que estreou na TV (e dos mangás) que não foi equivocado nem absurdo: foi o meu ponto de vista, referências que encontrei.

O livro é realmente bom, criativo e divertido, tenha uma ótima leitura e boa semana, ok?




Clods 01/09/2010

Incrível o Livro!!!
Hoje de madrugada terminei de ler "O vale dos Anjos".

Pessoal, que livro é esse???
Sem Comentários!!! É ótimo!!!
Eu fiquei besta de como Leandro tem uma criatividade monstra...
Sabe tudo aquilo que você já leu sobre anjos???
Então, Esquece... Aqui é muuuuito melhor....

Então, pra vocês que ainda não conhecem o livro eu vou apresentá-lo.

Conheçam então Dimítris. Jovem, grego, casado, 22 anos, protagonista do livro.

Já no primeiro capítulo do livro ele morre!!! (Pra te falar a verdade também achei estranho ele morrer logo no primeiro capítulo, mas está concentrado ai todo o desenvolvimento do livro).

Acidente de carro. Nesse momento ele conhece seu melhor amigo, Obelisco, que durante o desenrolar do livro será o amigo que nunca teve na terra. Obelisco é um anjo-guia-de-enterro (sabe aqueles que aparecem na hora em que a pessoa está morrendo, numa roupa toda branca e com capuz fazendo ver todo o filme da sua vida em 1 minuto, pois então, essa é a função de Obelisco.)

Juntos vão para o julgamento de Dimitris, onde estavam os 8 anjo-deuses responsavéis por dizer o futuro dos julgados: se o Paraíso ou as oitos prisões. Dimitris, mesmo depois de desafiar Overlord, um anjo das oito prisoes, que tentava condenar Dimitris, este vai para o Paraíso.

Mas Dimitris morrera muito jovem, deixara para tras Mariah, sua esposa que tanto amava, e aquela a quem jurou eterno amor. Estaria tudo acabado? Será realmente que a morte poderia separar esse amor?


Quer saber mais?? Acesse:

http://abstraia-se.blogspot.com/2010/09/resenha-o-vale-dos-anjos-o-torneio-dos.html
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Psychobooks 15/09/2010

De forma dinâmica, Schulai nos apresenta a história de Dímitris e conta como ele morreu, deixando no mundo dos vivos sua amada Mariah.
Dímitris é um personagem forte e decidido, que não se deixa abater pelas mazelas da vida (no caso dele, morte) e decide fazer tudo o que está (e o que não está) ao seu alcance para voltar à vida com seu amor.
Juntamente com Dimítris conhecemos as regras por trás da morte. Schulai nos apresenta anjos que nada têm de divinos, como os anjos que vemos por aí em outros livros. Afora os 8 anjos-deuses, conhecidos como dividandes e detentores de poderes acima de todos, os outros são anjos comuns, humanos que de alguma maneira conquistaram esse status.
Apó o julgamento, humanos são levados ou às oito prisões ou ao Paraíso. No paraíso está o Vale dos Anjos, uma sociedade muito bem organizada, onde cada alma pertence a uma dimensão própria de sua época.
O autor tem uma preocupação em fundamentar tudo minuciosamente, não deixando nenhuma brecha no seu mundo pós morte, que possui desde uma hierarquia até um jornal de notícias próprios:

E assim Janine entregou a ele um jornal cuja capa mostrava um ser bizarro, atrás de uma enorme grade, com a seguinte manchete:
PRESOS 200 SOFREDORES QUE TENTARAM INVADIR O PARAÍSO PARA PARTICIPAR DO TORNEIO DOS CÉUS
Página 170
Dímitris descobre a oportunidade de voltar aos braços de sua amada quando fica sabendo do “Torneio dos Céus”. Ao lado de seus mais novos amigos, Obelisco um anjo-de-enterro e Anne um anjo-cúpido, Dímitris passa por aventuras na Terra e no Paraíso, e após se inscrever no “Torneio dos Céus” vira aprendiz de Ramirez, ao lado de Brian.
O livro tem muita ação e lembra muito os bons desenhos japoneses, os animes, que inclusive são uma influência declarada do autor. As batalhas do torneio do céu são os pontos altos do livro, onde os personagens usam os elementos e desenvolvem seus poderes enfrentando-se brutalmente todos com um propósito comum: a busca por um sonho.
O Vale dos Anjos é um livro tipicamente juvenil claro e dinâmico. O enredo não é rebuscado ou confuso, tudo é apresentado com uma grande clareza, e como o título diz, teremos continuação, o que só nos deixa mais ansiosos. \o/

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http://www.psychobooks.com.br/2010/09/o-vale-dos-anjos-o-torneio-dos-ceus.html#more
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MLMAnjos 15/09/2010

Prólogo do Céu
Dimitris Saloustros é um grego que morre precocemente aos 22 anos e do Além promete a sua amada esposa que retornará para seus braços nem que para isso tenha que partir o Céu em dois. Auxiliado pelo divertido Obelisco, um anjo-guia-de-enterro, e pela doce cupido Anne, Dimitris vivera uma série de aventuras no Paraíso para cumprir sua promessa. Contudo, há mais desafios e perigos no caminho do jovem herói do que ele sequer suspeita, o que não impedi que seus feitos abalem o outro mundo e culminem em um torneio a la “Dragon Ball Z” pra ninguém botar defeito.

Eu tive a oportunidade de conhecer Leandro Schulai, autor de “O Vale dos Anjos”, e admito que não sei o quanto de seu carisma (o cara é tipo Neil Gaiman) afetou minha leitura, mas me esforcei para ser imparcial.

Logo no inicio há um prólogo com clima de mistério pra instigar o leitor. Em seguida, somos apresentados rapidamente à cativante personagem principal que de cara morre e pronto – começa a aventura. Infelizmente, após os três primeiros capítulos há uma queda no ritmo da narrativa para que o autor passeie conosco por seu “paraíso particular” e apresente as personagens coadjuvantes. Uma pausa incomoda , mas necessária. Do meio para frente, agora com a atmosfera consolidada e as personagens bem definidas, a história recupera o fôlego até atingir seu ápice em um torneio sobrenatural com tons de anime.

Creio que o romance tenha como ponto alto sua linguagem ágil e envolvente que não decepcionará leitores adeptos de best-sellers como “Crepúsculo” e “Harry Potter”. Outro ponto ao seu favor são as personagens que herdaram a simpatia do autor, mas que por vezes soam demasiado caricatas.

O livro carece de concisão e aguardo ansioso para conferir o amadurecimento d’ “O Vale dos Anjos” em sua segunda parte. E é inegável que o desfecho impressiona e deixa um gostinho de quero-mais, porém espero que o Leandro conclua o torneio no próximo título e reserve os demais (seis no total) para novos desafios na pós-vida de Dimitris (guardem este nome).

Resumindo: aventura sobrenatural meio chik-lit, descontraída e empolgante. Ideal para ler no transporte de volta para casa após um dia longo de trabalho ou encostado a um travesseiro para atrair bons sonhos. Recomendo para o público jovem e para quem aposta que os anjos são os novos vampiros, e com ressalvas aos que curtem romances espíritas, não se trata de um propriamente dito, mas pode ser lido como um sem problema algum.

Enfim, mais uma promessa literária que desponta no universo fantástico nacional com o frescor e deslizes comuns aos jovens estreantes desta difícil arte de tornar sonhos em realidade.
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naniedias 18/08/2010

O Vale dos Anjos, de Leandro Schulai
Dimitris vivia uma vida muito feliz com Mariah. Eles eram tudo um para o outro. Não haviam amigos, somente a família dela. Ele já havia perdido o pai, sua única família, há algum tempo.
Apesar de apenas dois anos de casamento, os dois se sentiam muito bem juntos e viviam um ótimo momento em seu casamento. Mariah ficava por conta da casa e Dimitris trabalhava em uma grande empresa na área de informática.
Tudo ia bem, até que um dia, Dimitris sofre um ataque cardíaco e morre. Seria esse o final de uma linda história de amor entre dois jovens?
Dimitris descobre que não. A morte não é o final. Na verdade, é apenas o começo de uma nova vida. E assim conhece o céu, o Paraíso, os anjos. E todo um mundo que ele nunca poderia imaginar que existia. Mas ele não está contente com o céu. Ele quer voltar para Mariah.
Ele não sabe como, mas vai procurar saber e vai conseguir.
E com a ajuda de Obelisco, o anjo que buscou-o no momento de sua morte, ele começa a perseguir esse sonho. No caminho, ele conhece Anne, uma anjo cupido, de quem também fica muito amigo. E após muitas aventuras com os dois, ele descobre a existência de um torneio, onde o ganhador se tornaria um anjo semi-deus, que tem poder suficiente para se tornar humano. Dimitris então passa a perseguir esse sonho e passa a treinar para esse torneio.

O que eu achei sobre o livro:
O livro é ótimo! A ideia que o Schulai tem de céu é muito interessante. E a cada página ele vai nos contando um novo pedacinho das regras do céu. Ele também nos mostra como é o lugar - lindo, por sinal - suas "leis", quem vive lá, a hierarquia dos anjos. É cativante ir conhecendo o pós-morte imaginado por Schulai.
Além dessa parte, ainda temos a história de Dimitris e seus amigos. Dimitris é um homem muito determinado, ele não perde as esperanças e não desiste de seus sonhos. Em alguns momentos, eu não concordo muito com ele, mas mesmo assim me sinto extremamente partidária às ideias dele por causa de toda a sua força de vontade.
No meio da busca de Dimitris, ele ainda vive aventuras com Anne e Obelisco, conhece a história dos dois amigos, conhece o céu e suas diferenças com a vida que ele tinha na Terra. Gostei muito de acompanhar Dimitris nessa viagem de auto-conhecimento.
A linguagem do livro é bem simples, com muitos diálogos, então as mais de 400 páginas não são uma barreira - elas são lidas rapidamente.
Concluindo, eu gostei muito da história e estou doida pela continuação. Deveria ser proibido terminar uma história assim em um ponto tão importante. Quero muito a continuação!

Nota: 8
Dificuldade de Leitura: 4


Mais resenhas em http://naniedias.blogspot.com
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caio_loko103 01/09/2010

O Vale dos Anjos
O livro conta a história do grego Dimitris Saloustros que vivia tranqüilo, dois anos de casado, muito amor ao lindo sua esposa que tanto ama, um bom trabalho numa empresa na área de informática, um ótimo futuro pela frente. A jornada se inicia quando Dimitris sofre um ataque cardíaco e morre. Seria o fim da uma história de amor?

Ao lado de Obelisco, anjo guia de enterro que o ajuda, Dimitris conhece o Vale dos Anjos. E descobre que a morte não é o fim de tudo, e sim mas uma grande aventura. Mas para Dimitris, um mundo sem Mariah não é o suficiente, e ao lado de Obelisco parte em alguma solução para voltar para ela.

Em sua busca ele encontra inimigos como o poderoso anjo-deus Overlord, e também conhece a anjo cupido Anne que se torna mais uma companheira de Dimitris e o apóia em seu objetivo. Juntos partem em aventuras no paraíso onde portais levam as pessoas para outras dimensões. Porém para rever Mariah um Torneio parece ser a única opção de Dimitris, o Torneio dos Céus, onde o vencedor se torna um semi-deus que pode se tornar um humano. Que chances teria um único homem completamente despreparado em um torneio onde mais de 1 bilhão de concorrentes participam?

Com sua força de vontade, fé e determinação Dimitris vai em busca de sua única possibilidade de se tornar um semi-deus para poder voltar para Mariah. Quando tudo parece extremamente complicado ele conhece o mestre Ramirez, um dos melhores mestre do Paraiso, que aceita treiná-lo. Será que em 2 meses Dimitris estará pronto para o Torneio?

Leandro Schulai consegue criar um livro que prende o leitor, o amor além que vai além da morte entre Dimitris e Mariah é algo tão forte e belo, o universo que Schulai cria, a forma como Dimitris vai aprendendo sobre o paraíso e tudo que o cerca, é tão fantástico e natural. A busca de Dimitris por seu pai. As grandes aventuras de Dimitris, Obelisco e Anne, os novos romances que surgem durante o livro. As grandes batalhes que ocorrem.

Além de tudo isso a diferença entre o bem e o mal está sempre presente, os caminhos que Dimitris trilha, o amor que ele sente supera até a morte, e a busca para poder viver com Mariah novamente.

Quando abri o livro pela primeira vez já me interessou muito, a capa, a sinopse, tudo, faz com que o leitor se sinta muito interessado e motivado a começar a ler e não parar. Quando acabei de ler percebi que foram 416 páginas mágicas. Não conseguia parar de ler, engoli o livro.

Recomendo o livro, pois poucos livros são tão bem escritos e fantásticos quando o Vale dos Anjos.
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Tarcísio 12/09/2010

Resenhar "O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus" com certeza não é uma tarefa simples para mim. Através dos benefícios das comunicações virtuais, acabei tornando-me amigo do autor Leandro Schulai, que inclusive teve a gentileza de me enviar um exemplar autografado. Com a certeza de que Schulai não esperaria uma postura diferente, tentarei ser o mais honesto e imparcial possível.

De início é importante destacar que o gênero de literatura fantástica nunca me atraiu muito. Decidi ler "O Vale dos Anjos" devido à curiosidade sobre uma obra que praticamene vi nascer e também ao respeito que tenho pelo trabalho de novos escritores, em especial o amigo Leandro. Para minha surpresa e satisfação, depois de algumas páginas senti-me envolvido por uma história extremamente criativa. Tive sensação semelhante, guardadas às devidas proporções, na leitura de "Crime e Castigo". Não obviamente pela história ou estilo literário e sim sobre o espanto em ver como uma pessoa é capaz de imaginar tanta coisa e conseguir narrá-las sem perder a coerência e consistência.

A história trata da vida pós-morte do jovem grego Dimítris, que deixou a sua amada Mariah após um trágico acidente automobilístico. Schulai descreve uma ideia de Paraíso no mínimo interessante e curiosa, culminando com o torneio que dá nome ao livro.

Apesar de enxergar várias qualidades na narrativa do autor, acredito que alguns pontos possam ser melhorados. Em certas partes do texto, pode-se notar frases que poderiam ser omitidas sem prejuízo do entendimento e que parecem estar presentes desnecessariamente. Da mesma forma, algumas frases parecem simplistas demais, destoando um pouco do que se espera de uma obra literária. Por fim, sinceramente não fiquei satisfeito com o final. Esperava algo mais esclarecedor ou empolgante depois de ter lido mais de quatrocentas páginas, que acabaram se mostrando mais interessantes no desenvolvimento da história do que em seu "grand finale".

De qualquer forma fica claro o talento e o futuro promissor do escritor Schulai. Ainda mais por ter escolhido um gênero que tem encontrado público fiel e crescente, principalmente entre os mais jovens. Não tenho dúvidas que os próximos livros, que dão sequência à saga do grego Dimítris, terão sucesso.
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LCaldieri ; 28/01/2011

http://pensandoelendo.blogspot.com/2011/01/resenha-o-vale-dos-anjos-de-leandro.html
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Fabiano Baloo 03/01/2011

Expectativas...
Quando nos apresentam um livro, a primeira impressão é importante. Alguns dizem que não podemos nos levar por efeitos e sensações causados por um projeto gráfico belíssimo, ou mesmo pelo nome ou sinopse, mas que a história é que importa. Discordo um pouco, sou um apaixonado por capas de livros, e elas me encantam sim.
Quando vi a capa de O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus (parte I) pela primeira vez tive um #surto. Enloqueci. vibrei. Boas vibrações pareciam emanar daquela imagem. Procurei resenhas do livro, informações do autor, e bom. Só encontrei coisas boas. E assim criei expectativas... Grandes Expectativas!

Bom, O Leandro Schulai é um jovem escritor, nascido em 1986. Paulistano ( acho que é... hehehe). Esse é o seu primeiro livro e tem em sua mente mais 5 volumes para essa história, fechando um ciclo com 6 volumes.

O livro nos remete a história de Dimitris Saloustros, um jovem grego de 22 anos que morre e descobre que a vida após a morte é bem diferente do que podemos imaginar. Ele deixa na terra uma esposa apaixonada Mariah.
Sua vida pós-morte é embalada por duas amizades - o que dá uma bela estrutura e inteligência para a história- distintas que são: Obelisco, um anjo-guia-de-enterro com um humor leve - esse é um dos personagens que mais me cativou- e ainda temos a Cupido Anne, que se eu consegui imaginar ela como o autor a descreve... Uau! Ela é linda mesmo! Cativante e com ótimas sacadas.Ainda somos apresentados a outras personagens importantes na história como o Ramirez, um mestre para o Dimitris.
Dimitris que voltar a vida. Ele não aceita a sua morte, pois ama a sua esposa e não quer deixa-la só. Como amante de romances, adorei essa parte. Ele então descobre que haverá um grande disputa chamada Torneio do Céus em que o vencedor terá a chance de se tornar um Anjo-Semideus e assim ele poderá voltar a Terra e ter sua amada Mariah de volta aos seus braços.
No início falei sobre minha GRANDES expectativas sobre o livro e aqui quero fazer minha primeira confissão. As primeiras páginas não me cativaram de forma nenhuma, achei um pouco chato e até em algumas partes infantis. Deu vontade de não continuar lendo. Se Dimitris não morresse, eu o mataria. Ele era muito chato vivo. E o seu começo no Vale dos Anjos é simplesmente cansativo. Muitas perguntas, quase não se tem respostas. (Mais abaixo explico porque as respostas não veêm...hehehehehe).
Como sou uma pessoa insistente continuei minha leitura. Ainda bem que continuei. Quando o "encapuzado" aparece para o Dimitris, a história parece que se torna outra. Diálogos densos e bem construídos. Descrições ricas e objetivas. O livro parece se dividir em dois ali. O final do capítulo 12 é algo surpreendente. Me cativou ali. E vou confessar mais uma coisa. Dessa parte em diante só larguei quando terminei o livro. Li de uma vez só. O livro simplesmente acontece. E da melhor forma possível.
Bom, vou parar de falar por aqui se não empolgarei e darei todos os spoilers aqui...
Grandes Expectativas... Sim, tive grandes expectativas. E elas não foram sanadas. Mas não fiquei triste por isso. Lembram que disse que não foram dadas todas as respostas??? Ainda bem isso significa que tem muito mais dessa incrível história sendo escrita e "maquinada" pelo Schulai. Só me resta ter unhas suficientes para serem roídas até o fim dessa empolgante saga.
Hoje, acredito, que tenho mais expectativas do que antes... mas sei que agora a história será grandiosa.
Parabéns ao Schulai que criou algo impressionante, rico e diria até dramático. Não vejo a hora de estar com o meu O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus ( parte II) em minhas mãos.
Leitura mais que recomendada.
LEIAMOS!
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Ana Carolina 31/01/2011

Uou! Que mistérios hein? Afinal, onde está Cronos e que Deus é aquele que se esconde? rsrs

O Vale dos anjos tem uma narrativa bem diferente dos outros livros que costumo ler, porém gostei da história e agora é esperar o próximo para ver o que vai acontecer. =D
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Lilia Reis 30/08/2010

O Vale dos Anjos - O Torneio dos Céus - Parte I
Para quem ainda não conhece o livro e nem a história,
vou falar um pouco sobre ele.

O livro conta a história de Dimítris (Dimís, como eu o chamo carinhosamente *-*), um rapaz novo, com vinte e poucos anos de idade, nascido na Grécia, trabalha em uma grande empresa de informática e casado com Mariah.
Em um determinado dia, Dimítris tem uma péssima noite, com muitos pesadelos e com isso não consegue dormi, ao amanhecer, sai para trabalhar com maus pressentimentos, despede-se de sua esposa e lhe faz um pedido. No caminho para o trabalho, após uns exercícios físicos, Dimítris sofre um infarto fulminante levando-o a morte. Deixando para trás toda sua vida e principalmente seu grande amor, Mariah.
Depois de morrer, Dimítris é julgado por todos seus pecados, podendo ser inocentado ou condenado ao sofrimento eterno. (Calma gente! O livro não fala de religiosidade). Agora, Dimítris tem que aprender a “viver” a sua morte e conhecer esse mundo novo que surgiu sem ser esperado.

Uau perdeu o fôlego? Uma ótima história dessa eu não poderia deixar passar.


Definir o livro em uma frase seria dizer que: O livro é uma grande aventura em torno de uma batalha para conseguir a conquista de um ideal.
Definição do livro em uma frase feita pelo autor Leandro Schulai: Um livro para quebrar fronteiras e levar o prazer da leitura a todos àqueles que ingressam nessa aventura sem volta.

A primeira vez que li sobre o livro não dei muita importância, achei que seria somente mais um livro. É às vezes tenho disso. Algum tempo se passou e um dia quando fui comentar No Blog Resenhar e vi uma capa muito linda e meus olhos brilharam. Isso me fez parar e lê a postagem. Lembro-me que li o seguinte: “até que a morte os separe” e isso aguçou minha mega curiosidade. Li até o fim a postagem e fiquei louca, queria e teria que ter o livro. Mas ainda nem tinha sido lançado. E mais, ficara nítido que aquele não era “mais um livro” como eu achava, ele é “o livro”.
O livro tem um estilo perfeito. Romance, suspense, mistério, aventura e muita fantasia. Eu simplesmente viajei em cada parágrafo do livro como se fosse o personagem principal. Tudo é uma descoberta e eu fui descobrindo, conhecendo e vivendo junto com o passar da história.

Eu sofri quando Dimítris e Mariah tiveram seu primeiro natal solitário, quer dizer, Dimís podia vê-la e até tocá-la, mas ela não. Foi triste e doloroso.

Trecho do livro: capítulo 16, página 256.
Dimítris: “-Amor, não acreditem no que as pessoas falarem, eu estou aqui e, em breve, ficaremos juntos para sempre!”

Ri muitooo, mas muito mesmo com as implicâncias de Anne, a anjo cúpido, e Obelisco, o anjo guia do enterro. Sabe aquele tipo de amigos que um implica com o outro, dá tapinhas por tudo que fala e nunca concordam? Então, são os dois.

Trecho do livro: Capítulo 8, página 104.
“(...) Dimítris pôde perceber uma risada sarcástica no rosto de Obelisco, que na hora foi recompensado com um tapa da Anne.”
Anne: “-Você não muda mesmo, Obelisco. A cada dia que passa fica mais sem vergonha. Eu até perdi as contas do número de tapas que já dei em você.”
Obelisco: “-Ah, mas eu sei que são tapas de amor.”
Anne: “–Agora você apanha, seu...”

Fiquei apreensiva quando um ser fugitivo das Oitos Prisões tentou pegar Anne.

Trecho do livro: Capítulo 17, Página 278
Dimítris: “-Anne, voe, voe! Dimítris gritava, pois viu sua amiga se afastar e correr desesperadamente.”
Anne: “-Não consigo, fiquei sem poderes quando os emprestei a você.”
“(...) Anne gritava desesperadamente enquanto o mendigo aproximava sua cabeça do rosto dela e lançava seu corpo em direção a ela. Logo, Dimítris percebeu que o mendigo estava começando a invadir o corpo de sua amiga.”

Tive medo que Dimítris sumisse quando não conseguiu entra no metrô e caiu no trilho. Ainnn o coração até doeu.

Trecho do livro: Capítulo 10, Página 129
Obelisco: “- Segure a minha mão, Dimítris!”
Dimítris: “-Não me larguem, por favor, senão eu levarei mais de um ano para me recuperar... ou, então, serei destruído. Por favor, não me abandonem.”

E o principal, eu corrigindo Dimítris em voz alta quando ele estava se apresentando aos anjos Deuses. Kkkk, isso que é “entrar no livro”!

Trecho do livro: Capítulo 19, Páginas: 316-317
Malaquias: “-Não há um número exato. Os classificados serão aqueles que atingirem uma média exigida por nós. Agora me diga, a qual elemento o senhor pertenceu?”
Dimítris: “-Tudo bem. Eu pertenço ao elemento do fogo, do deus Spner.”
Malaquias: “-Fogo?” (Momento em que eu corrigir junto kkkk. Hilário!)
Dimítris: “-Perdão, vento.”


Valeu cada linha, cada minuto, até cada dia adiado (eu não queria que o livro acabasse). A história é viciante, me fez entrar de cabeça e querer mais. É gente, essa é somente a primeira parte, infelizmente, mas felizmente poderemos contar mais já que se trata de uma saga. Eeeeeeee \o/. E cá entre nós, o autor me contou que a parte 2 esta muitoooooooooo boa. E nem digo que isso me deixou com mais vontade de lê, mas ainda não tem a parte 2. Ainnn!
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Valência 12/11/2010

Achei regular, a história é boa, mas não é muito boa...
Eu gostei, mas tem muitos livros que eu gostei bem mais... Um tanto quanto arrastado o enredo. O Vale dos Anjos começa com uma premissa interessante, mas se torna chato e enfadonho no decorrer do "enredo". As explicações sobre o Vale dos Anjos são longas e cansativas, falando sobre as “longas viagens” daquele mundo e das suas variadas perguntas que o protagonista faz para qualquer um.

Pode ser bobo em certas partes e chega até ser absurda. É até interessante ver Dimitris voltando para a Terra, mas o autor não se decide como será a História. Em geral das várias linhas do sofrimento de cada personagem, sobre o amor, é até interessante, mas a leitura arrastada e fraca destroem completamente qualquer ponto positivo.

E não sendo tão injusto, gostei muito do mundo e os seus anjos de alto escalão, mas só deveria ter mais descrição, que sejam belas do que narração. A tanto, fico na expectativa pela espera da continuação da história.

Nota 6.
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Ademar Jr 20/09/2010

O Vale dos Anjos: O Torneio dos Céus – Parte I
Diz-se que “anjos” é a nova modinha entre o público jovem, e que eles surgem como válvula de escape para a saturação da literatura vampiresca que se instalou pelo mundo nos últimos dois anos. Porém, bem antes de se pensar em uma nova modinha de substituição aos sugadores de sangue, Leandro Schulai já projetava sua história com características e mundo próprio. O Vale dos Anjos: O Torneio dos Céus – Parte I (2010) surge como o primeiro volume de uma saga que tende a ser a inserção de seu criador no mundo das letras e é também o ponto de partida para que se possa avaliar sua evolução literária.

Leia a resenha completa em: http://wp.me/pCGut-rw
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