Cristina117 22/02/2021
Um livrinho imenso
Decidi ler "O gueto interior" por motivo aleatório: Amigorena é co-roteirista do Cédric Klapisch, um diretor francês que eu gosto muito, no filme Encontros... talvez em outros trabalhos também, mas não sei agora. Chorei horrores nas últimas páginas e, quando terminei a leitura, pensei que a literatura acontece para alguém quando ela gera o tipo de efeito que "O gueto interior" gerou em mim. Uma narrativa de 124 páginas que é sobre a guerra, sobre identidade, sobre culpa, sobre silêncio, sobre família, sobre a palavra, sobre as palavras, sobre contar a nossa história, sobre quem somos. E é tão bem escrito (e bem traduzido por Rosa Freire d'Aguiar)! Entrou para a minha categoria particular de livros que termino e quero voltar para o começo, e ler de novo, imediatamente.