spoiler visualizarBebella 14/01/2023
"JÁ ME LI EM TANTOS LIVROS..."
De quantas maneiras um coração pode ser destroçado e ainda assim continuar batendo?
Safira sofre, sofre, sofre um pouco mais, aí tem um pouco de paz no casamento, mas sofre denovo logo no momento seguinte.
O começo foi inquietantemente calmo, sem ação ou coisa parecida. Fiquei agoniada, o maldito do Howl levou eras para acordar. A verdade é que eu coloquei muita expectativa no encerramento da duologia Safira de Prata, aquei que entregaria muito mais guerras e lutas e coisas de lobos e lobisomens, mas a parte intrigante foi muito bem guardada para o final ensanguentado.
E devo dizer: nunca perdoarei a Laura por matar a Zihe e o Opala, mas o final dos dois, mesmo que trágico, foi estupendamente digno, com os dois juntinhos e deitadinhos e *mortos* (finge que o *mortos* está em itálico).
Achei realmente que a Safira já tinha superado seus demônios do passado ao deixar as pessoas entrarem em sua vida, sua nova família, mas foi muito bom ver que não, que foi um processo relativamente longo e doloroso superar, pois assim tudo parece mais real, perceber cada tijolo levantado na construção da intimidade de Safira com Howl, a paciência que ele tinha com ela, o olhar de carinho sempre presente, enquanto a ajudava a recolher os cacos do próprio coração, que se partiu em milhões de pedaços inúmeras vezes no decorrer da história.
EU NÃO ACREDITO QUE A MÃE DA SAFIRA É A ALFA LUPINA. (mentira, fiquei indignada, mas já suspeitava...)
São 1607 páginas de pura agonia, todos sabiam que a Noen sabia algum segredo sobre a mãe da Safira, Ruby. O inquietantemente é que demorou tanto para ser revelado. É muito bom ver uma escritora que sabe segurar as informações, mas minha ansiedade não gostou dessa parte, não.
Cotudo, esse livro, apesar de imperfeito (como qualquer outro, na verdade), ganhou uma manchinha prata e dourada no meu coração.