Aly 30/12/2020
A Primeira-Dama da Marvel chutando umas bundas
As histórias do Quarteto nunca foram as minhas preferidas, embora eu os ame e não canse de louvar o fato de que eles são a Família Primordial.
Mas eu nunca pensei que fosse amar tanto uma história solo da Mulher Invisível. É fácil passar pela metáfora sem dar muita atenção, mas Sue Storm começou seu papel na Casa das Ideias exatamente como seu nome sugeria: invisível, como todas as mulheres. Sua função era ser a garota bela, recatada e que se escondia atrás de campos de força invisíveis pra proteger a si e à sua família.
Ainda bem que isso mudou, e essa história veio mostrar isso. Fiquei surpresa de ver Sue como espiã de fim de semana (me perdoe pela expressão, Sue), mas, ainda assim, que espiã porreta, de deixar até mesmo Natasha Romanoff de olhos arregalados e garantir o respeito da melhor espiã do mundo. Não é pra qualquer um. Sue Storm conseguiu. E a breve parceria das duas podia continuar por mais vários volumes, porque se juntas já causam, imagina juntas por várias missões? Se bem que aí, fim do crime e paz na terra, e aposentadoria pra todos os heróis hahahaha
É um volume único que serve pra mostrar que a Primeira-Dama da Marvel é extremamente inteligente, poderosa, letal, e, mais importante: ela é independente. Nós já tínhamos visto um vislumbre dessa independência em Guerra Civil, quando ela larga tudo porque Reed se mostra um babaca, mas aqui, ela tem a liberdade de mostrar quem é e quem ela tem o poder pra ser. Não a subestimem, não cometam o mesmo erro que a Natasha, quando as duas se encontram.
Sue Storm é a Mulher Invisível, que não deve jamais ser confundida e invisibilizada (rá! Viram o que eu fiz aqui?) como simplesmente a esposa de Reed Richards. Ela é dona de si e do que ela quiser e devia andar com um aviso: cuidado aos desavisados. Perigo à frente.