A Vida Sexual de Catherine M.

A Vida Sexual de Catherine M. Catherine Millet




Resenhas - A Vida Sexual de Catherine M.


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Clio0 21/03/2012

De forma nua e crua, a crítica de arte, Catherine Millet, expõe a vida sexual e, em certa extensão, social que a França lhe proporcionou.

Para quem está acostumado a ler livros de temática erótica, eles normalmente se dividem em duas categorias, ou o lirismo de Lawrence, ou a exposição perturbadora de Sade. Esse livro não se encaixa em nenhum dos dois.

A autora relata em sua biografia todo o desenvolvimento sexual de uma forma que beira o clínico e, ao invés de alguns autores, se aventurar no filosófico, seu livro se destaca por cair mais no campo da psicanalise.

Essa mudança abrupta de eixo do gênero pode afastar alguns leitores menos flexíveis, mas com o passar dos capítulos, o interesse por essa pessoa tão interessante e honesta transforma a leitura em algo novo e diferente.

Eu recomendo.
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Ana Paula 07/08/2009

Quando digo que os livros me escolhem eu não estou brincando. Um amigo, ao ler meus textos sobre sexo, me mandou uma entrevista sobre Catherine Millet, onde ela fala sobre seus últimos dois livros, sobre o feminismo, sobre sexo, sobre ciúmes, entre outros temas. Claro que o que mais me chamou atenção foi o fato de ela ter escrito um livro em que descreve suas experiências sexuais. Uma autobiografia sexual.

Alguns dias após ler a entrevista fui a uma banca de jornal ver as novidades, quando me deparei com o livro, objeto desse texto. Comprei e comecei a ler imediatamente.

Catherine é a prova viva de que a mulher consegue sim, fazer sexo sem amor. Ela consegue separá-los, quero dizer. Não que isso seja fácil para nós mulheres, mas talvez tenhamos sido condicionadas a sermos assim. Afinal, somos nós mulheres que crescemos ouvindo sobre contos de fadas e a assistindo a comédias românticas.

Existe um mito urbano de que a mulher só se entrega a um homem se estiver apaixonada ou que após o sexo ela se envolve emocionalmente com mais facilidade. De fato, acho que as mulheres por serem mais emotivas e muitas vezes mais sensíveis têm, realmente, essa facilidade, mas toda regra tem sua exceção e Catherine prova isso a cada página do livro que li.

O que mais me chamou a atenção no livro é que ela demonstra ser extremamente honesta em seu desfecho narrativo. Melhor de tudo, ela não tenta analisar ou dar explicações pelo fato de ser assim. Ela gosta de sexo e ponto. Não quer dar explicações de sua vida (pelo menos não nesse livro), quer apenas narrá-la. E o faz da forma mais explícita possível.

Catherine já fez de tudo. Transou com homens. Com vários deles, inclusive. Já transou com mulheres e até com um travesti, certa vez. Confessa abertamente ter participado de surubas e de se sentir confortável e até mesmo satisfeita em ter vários homens percorrendo o seu corpo, inclusive desconhecidos. De conseguir satisfazê-los plenamente.

Um parênteses aqui é necessário: Catherine não é prostituta (apesar de ela ter confessado em seu livro que isso passou pela sua cabeça, ou seja, se ela gostava tanto de sexo, por que não ganhar dinheiro com isso?). Ela é fundadora e diretora de uma revista de arte na França, e também escreveu um livro sobre o pintor Salvador Dali, ou seja, ela é uma intelectual e não uma mulher qualquer. Ela é inteligente e não precisava, em tese, levar esse estilo de vida, se não quisesse.

Confesso que durante a leitura vários sentimentos me ocorreram, o primeiro deles, foi a perplexidade, pois a coragem que teve essa mulher ao tornar pública sua vida sexual extremamente apimentada e descrever em detalhes tudo que já viveu choca até as mais moderninhas (como eu, por exemplo).

Em segundo lugar, após me acostumar com a linguagem narrativa e descrições explícitas da autora, no entanto, comecei a achar que faltava algo no livro. Faltava a sensação de Catherine ao praticar sexo. Cheguei a dizer que faltava um pouco de lirismo no livro. Mas foi então que, ao continuar a leitura, percebi que o lírico e o lúdico que, em minha opinião, faltava ao livro apareceram em seguida, quando ela descreve sua relação com o Jacques (que é seu marido).

Foi exatamente após a metade do livro que consegui perceber de forma clara que Catherine provou saber distinguir o “sexo pelo sexo” do “sexo com amor”. As cenas líricas e lúdicas das quais senti falta, ela só descreve quando está em companhia do marido. É curiosa, inclusive, a forma como ela aborda a questão emocional e moral da traição, afinal ambos participavam das surubas.

Passei a admirá-la não só pela coragem em ter publicado o livro, mas também por saber separar o joio do trigo, como poucas mulheres sabem fazer. Ouso dizer que Catherine é revolucionária. As mulheres passaram anos exigindo direitos iguais. A autora demonstra que atualmente as mulheres podem exigir também igualdade de desejo. Afinal, onde está provado que homem tem mais tesão que mulher?

: : TRECHO : :
“Os mesmos corpos sob as nuvens, tendo apenas Deus por testemunha, procuram uma sensação quase inversa; não para fazer que o mundo penetre na bolsa de ar onde se misturam respirações ofegantes mas, em nome de uma solidão edênica, desabrochar através de toda extensão do visível. A ilusão que se forma aí é a de que o gozo está na escala dessa extensão, que sua moradia corporal se dilata infinitamente.” (p.119)
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@Agulha3al 13/03/2010

Liberdade Sexual
Adorei...

Sei que minha opinião pode assustar, mas as mulheres lutam tanto por igualdade e poucas pensam que isso tambem dever ser levado para o lado sexual. sexo por sexo porque não?, não quero dizer que TODAS devam agir assim , mas as que quiserem devem e que não devem se reprimir e foi esse tipo de comportamento que percebir no livro. Ela se entregava a qualquer um e não se incomodava com a as criticas do seus atos.

Mulheres são reprimidas, quantas eu conheço e passam um suplicio em questões pequenas... Será que devo dar para ele hoje? se eu chupar o que ele vai pensar de mim? com que calcinha eu vou? e por ai vai...

Fico feliz com qualquer texto, piada ou ações que tragam um pouco mais de liberdade e igualdade.

Esse livro faz exatamente isso...
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Antonio Maluco 04/02/2020

Filme
o livro conta histórias sexuais dela e o livro daria 1 ótimo filme nos cinemas
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Renan Rocha 10/03/2020

Pornograficamente viciante.
Ler sobre as aventuras narradas no livro nos dá a oportunidade de mergulhar numa mente ativamente pervertida (de acordo com os taboos da época) e perceber nuances que regem o desejo sexual de uma mente livre para fazer o que se deseja. Não recomendado para pessoas puritanas.
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Marcia 27/01/2010

Mais do mesmo
O livro começa bastante interessante, até mesmo sob o ponto de vista psicológico, ao demonstrar a forma com que a autora percebe e vivencia a prática sexual. A naturalidade, a espontaneidade, e principalmente, como ela interage com outros mais facilmente por meio do contato sexual.

Entretanto, no meio do livro a história já começa a ficar enfadonha, repetitiva, pois ela narra com detalhes desnecessários cenários e ocasiões de suas aventuras, muitas vezes misturada a fantasias.

Fato é a vida da autora foi permeada por muito sexo, de que ela gosta enormemente, acima da média, o que chama a atenção por sua peculiaridade. Mas não há uma história, e ainda que houvesse, ela não saberia contar.
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Sandrinha 09/07/2009

Eu esperava mais...
Livro estranho, você não sabe quando ela termina um caso e começa outro, mistura tudo, muitas vezes tive que reler para entender que ela já estava relatando outro acontecimento.Nunca vi uma mulher que gostasse tanto de sexo,muito menos com tantas pessoas e sem cobrar nada em troca.Não indico a leitura em locais públicos rs.
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Andre.Felipe 03/03/2022

Do Aleatório ao Chocante
Tudo que tenho a dizer é:

?Me arrependo de ter lido? Não, a nivel de experiência literaria.
?Leria denovo? Sim, se não tivesse nada mais a ler.
?Recomendo? Não, mas fica a seu critério.

É relatado de forma explicita mas poética, apenas li pois é um livro que meu pai me deu e por conta de eu jamais ter lido um livro erótico em minha vida, alguma vez na vida eu leria, nada melhor do que ter lido agora, e por ter lido um livro famoso de autora famosa e européia.
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Larissa 31/03/2013

Uma sutil opinião
Só vou me atrever a dizer que, com certeza, vale mais a pena do que 50 Tons de Cinza.

Ta, vou me atrever a mais:

Uma ótima oportunidade para mergulhar em um universo bem diferente. Nunca li literatura erótica, mas tenho a impressão que esse foi o meu primeiro contato com ela(rs).

Uma oportunidade melhor ainda pra quebrar tabus e abrir os olhos para um universo que existe.

Infelizmente a leitura emperra as vezes. Ela, apesar de não contar nada do que possa ser considerado romântico, descreve como um romântico(analogia à escola literária), MUITO. E brinca com a cronologia das coisas como um surrealista. Conclusão: não fica uma leitura das mais agradáveis. Em alguns momentos senti que Catherine Millet escreveu esse livro só pra ela, como uma necessidade de por no papel pedaços de si mesma. Mas, é a minha leiga opinião.

Enfim.
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SILVIA 15/01/2016

É mais triste do que excitante...
Mesmo para os apreciadores de literatura erótica, as descrições de todos os detalhes de sua vida sexual não tornam o livro excitante. Achei as descrições um pouco cansativas, sem uma cronologia que permita entender a evolução de sua vida.
(...)

site: http://reflexoeseangustias.com
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Andréa 06/10/2009

Esperava muito mais
Esperava muito mais do livro, ele não é uma leitura gostosa para relaxar, a autora vai e volta, deixa passagens sem final e depois volta do nada.. Poderia ter sido uma ótima leitura se feita em forma de diário...
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Carla Martins 16/01/2014

O conteúdo tinha muito potencial, mas não me identifiquei com o tipo de escrita
Mais resenhas em: http://leituramaisqueobrigatoria.blogspot.com.br/

Para alguém principalmente mulheres, nesse mundo ainda tão machista ter coragem de escrever objetivamente e sem rodeios suas experiências sexuais ela precisa ser, no mínimo, uma mulher de fibra. Admiro.

Ao contrário de 100 escovadas, esse livro não é fácil de ler. A linguagem é rebuscada e muito confusa, em alguns momentos. Frases extremamente longas, analogias complexas e parágrafos enormes fazem parte constante da leitura.

Na essência, a obra resume que sexo e amor são coisas completamente diferentes. E, por mais que as mulheres tenham sido criadas para não separar uma coisa da outra, Catherine conseguia fazer isso tranquilamente desde sempre sortuda uda uda. O livro tem "de um tudo": sexo grupal, entre homens, entre mulheres, com travesti no meio, orgias, surubas e tudo o mais que você conseguir imaginar. E ela faz porque gosta. Inclusive, não tem problema nenhum em não saber sequer o nome de seus parceiros. E, para ela, quanto mais ao mesmo tempo, melhor.

Eu não gostei do tipo de narrativa. Para mim, a leitura ficou bem truncada por causa disso. Se o texto tivesse sido escrito de forma mais casual, acho que teria dado muito mais certo.

Outro fato que me causou estranheza foi ela narrar suas experiências de forma fria, sem expressar seus sentimentos e sensações. É estranho, mas parecia que ela estava flutuando fora de seu corpo enquanto via ela mesma tendo essas experiências.

Apesar de não ter gostado muito do livro, adorei o fato de Catherine ter se jogado e assumido seus desejos perante o mundo. Porque não é só homem que pode ser solteiro convicto e ir atrás de quantidade, néam?

A partir do momento em que é todo mundo ser humano, as vontades estão aí para serem vividas. Todo mundo tem o direito de fazer o que tem vontade e bem entende. Afinal, quem ousar julgá-la, por um acaso, teria um motivo real sem ser machista ou moralista para isso? Preste atenção se não é recalque. Porque uma coisa é você não se imaginar fazendo o que ela fez e outra, bem diferente, é julgá-la, vamos combinar.

O livro é forte, deixa a gente meio perplexa e é extremamente sincero, mas também é difícil de ler e bem truncado.
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Henrique 25/04/2014

Um conhecida prostutita francesa decide escrever um livro para compartilhar com todos suas experiências sexuais...Opa! Para tudo! Tudo errado! (Ou quase tudo). A mulher era francesa, mas não era prostituta, (ela até assume que tentou o ofício, pois, se gostava tanto de sexo, por que não ganhar dinheiro com isso? mas viu que não era a sua). No entanto é bom ressaltar que, mesmo não sendo do ramo, ela deve ter tido muito mais relações sexuais do que muitas profissionais do sexo. Sem exagero. Ele transou muito, mas muito mesmo. Não consegui contar quantas transas aparecem no livro. Sem falar das que ela não relatou.

Pois bem, essa mulher, a Catherine Millet, é uma intelectual, crítica de arte, diretora de revista, bem sucedida, inteligente, culta e endinheirada. E uma mulher assim expôs para todo mundo sua vida sexual, sendo esse é um dos elementos que mais nos surpreendem. Mesmo com seu status social, ela não se preocupou com os possíveis julgamentos e revelou, com riqueza de detalhes, várias de suas relações sexuais, abordando sodomia, homossexualidade, coprofilia, um pouco de sadomasoquismo, e muita, mas muito orgia. Essa última modalidade parecia ser sua preferida e na que ela mais se especializou, entregando-se a ela tanto em lugares privados, como públicos.

Não pense que, com essa descrição, o livro consiste em putaria gratuita. Longe disso. Pelo que extraí da leitura, Catherine não pretende chocar, tumultuar, provocar ou ofender quem quer que seja, nem simplesmente jogar as informações sem muito critério só para atiçar a libido do leitor. Ao que me pareceu, sua intenção foi dividir, por necessidade pessoal mesmo, com quem interessado estivesse, sua rica vida sexual, pontuando com belas reflexões e lirismo o ato sexual em si e as relações íntimas que ela teve. Ela descreve sua experiência sem fazer proselitismo e sem discursos de cunho moral. Há momentos de relatos crus, com uso de termos chulos, que muitos podem achar vulgar, mas os trechos poéticos se destacam tanto, são tão belos e profundos, que damos à autora licença para apelar à vulgaridade o quanto ela quiser.

Só encontrei dois problemas menores no livro. O primeiro refere-se ao texto, que achei mal articulado em alguns momentos, dificultando o acompanhamento da linha de raciocínio de seu relato. Faltou fazer melhores pontes entre alguns trechos, uma melhor conexão entre os assuntos. Algumas mudanças de tema, para mim, ficaram bruscas. Outra falha, na minha opinião, foi o excessivo relato das suas orgias. Ela vai do começo até mais ou menos metade do livro contando suas experiências sexuais em grupo, o que tornou a leitura meio cansativa, em certos momentos, por conta da repetição do tema. Mais adiante, a autora relata outras práticas diferentes de que desfrutou, e a leitura volta a ficar interessante. Mas esses problemas não tiram de jeito nenhum a grande qualidade e validade do livro.

O livro é muito bom. Recomendado!

site: http://apenaobscena.blogspot.com.br/
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Nena 29/07/2017

Catherine Millet é uma respeitável critica de arte francesa q resolve mostrar ao mundo sua vasta e agitada vida sexual. No livro, ela narra, de forma quase mecânica, suas práticas sexuais das mais variadas formas e com o mais variado público. A forma como suas práticas são narradas, chegam a ser enfadonhas, de tão carentes de emoção q são. A certeza q se dá era q a prática do sexo era algo mecânico, numérico, sexo por sexo, só prazer, sem ao menos nomes ou rostos. Não é uma crítica ao sexo livre, somente a percepção q tive. Interessante ver q pessoas conseguem levar uma vida sexual totalmente desprendida de sentimentos. Um tema ainda hj tabu, um livro q chocou para a época, de uma mulher desprendida de regras sociais e morais, qdo o assunto é sexo livre. Um bom livro para os amantes da literatura erótica, apesar de não ser envolvente.
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