Círculos de Chuva

Círculos de Chuva Raphael Draccon




Resenhas - Dragões de Éter: Círculos de Chuva


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Vagner46 22/12/2012

Círculos de Chuva
A resenha do livro encontra-se neste link: http://desbravandolivros.blogspot.com.br/2012/12/resenha-circulos-de-chuva-raphael.html.
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Miguel Alves 02/11/2012

Incrivel
Este ultimo livro é realmente surpreendente, Raphael Draccon te leva de um jeito para Arzallum impossivel de acreditar, faz com que você vibre com a guerra e tome pra si seus favoritos.

Te faz imaginar de um jeito que este misto de "contos" em que ele transformou numa incrivel história não terá um final "feliz" ou vocês não ficaram trsite com a morte "Simbad", eu fiquei, por isso mesmo espero ansiosamente que esse gênio brasileiro continue esta linda saga.

Será que terá continuação, o que acham? pelo menos do jeito que acaba o livro leva a crer que terá né, mas é só uma trilogia, o que me deixa triste com o fim.
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Dedé 30/07/2012

Marcante.
Além de um livro, é uma filosofia de vida.
Que não devemos desistir dos nossos anseios, por mais que pareçam distantes. Uma plebeia pode namorar um príncipe, assim como isso pode acabar, do nada. Afinal, a vida é cheia de contradições. Feitos de círculos. Círculos de chuva.
Lhe ensina a pensar novamente e dizer: Ah, poxa... Talvez eu consiga! Vamos rezar ao criador, e por semi-deuses, vai dar tudo certo.
Afinal, não é todo dia que um exercito de seres humanos vencem um de gigantes, não é?
O que eu quero dizer é que, esse livro, marcou-me como muito poucos o fazem. É o livro que queremos que todos os que gostamos leiam. Afinal, é um livro incrível, cativante, e que nos ensina a, enfrentar o nosso dia a dia. E que, até a morte - Beeanshee - Pode ser vencida quando se há determinação. Afinal...
A dor é inevitável.
O Sofrimento é Opcional.

Obrigado, Raphael Draccon.
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@apilhadathay 24/03/2012

A little bit disappointed
ATENÇÃO! Pode conter muitos spoilers!!

Esta é a resenha do último livro de uma trilogia, logo entrou na regra do mês de MAIO do Desafio Realmente Desafiante. Bem, este é um momento triste, uma das minhas resenhas mais difíceis. A conclusão da trilogia Dragões de Éter nem de longe me arrebatou como o primeiro volume, ou me emocionou como o segundo.

A capa mais uma vez precisa ter nota máxima, porque o projeto de Renato ficou lindo, e as três capas receberam meu conceito máximo. Também a diagramação interna, que é super confortável à leitura: a fonte, o papel, espaçamento e distribuição dos capítulos. Porém, a revisão poderia ter sido bem mais generosa: encontrei vários erros de digitação que poderiam ter sido consertados antes da publicação; o enredo e a conexão com a história também não foram exatamente o que desejei, mas vou me aprofundar mais adiante.


"É preciso seguir em frente. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."(P. 27)


Havia algo, durante todo o livro, que me impedia de entrar de cabeça e de coração na história e honestamente segui lendo apenas por causa do estilo de Draccon de puxar o leitor, ao fim do capítulo, e da curiosidade por saber como tudo terminava.

A narração da guerra foi longa e, a meu ver, exaustiva para a minha experiência de leitura. Aliás, li todo o período que antecedeu a guerra de forma mais lenta, exceto as cenas com João e/ou Ariane, que brilharam em espaços isolados. Alguns personagens não tiveram o destino que esperei; outros ficaram com desfechos suspensos no ar; fomos apresentados a muitos novos personagens, quando os personagens já existentes poderiam ter crescido na história. E inserir referências à história bíblica, da forma como foi recontado, não me convenceu: acredito em separar ficção da realidade, e não há o que se recontar sobre a história de Cristo ou envolvê-lo com... Merlim (oi?). Pode parecer ortodoxo de minha parte, mas é a sensação que me deixou, essa parte da história.

Minha opinião flutuou bastante, em relação aos dois primeiros livros: no início, era interessante que houvesse referências a outras histórias e personagens famosos da ficção e da fantasia, recontados com as cores do éter - isso foi o que me conquistou, porque vi ali um projeto super interessante. Mas o terceiro livro me deixou a impressão de que foi construído só de referências; ele não abriu muito espaço para a história própria de Nova Ether, além da iminência da Guerra, nem para o desenvolvimento de seus protagonistas, tão fortes em "Caçadores de Bruxas" e "Corações de Neve" - e que poderiam ter sido os grandes heróis ali.

A forma de narrar, como um filme, saltando entre cenas para nos deixar ansiosos pela continuação da passagem de determinados personagens, é uma característica maravilhosa que Draccon levou até o fim, e a bem da verdade, foi o que me fez ler até o final. Isso, e o traço filosófico que a história carrega, com as grandes reflexões sobre o homem, amor, vida, trabalho e amizade, entre outros valores.


"Todos possuímos algo que escondemos. Todos gostaríamos de ser outra pessoa de vez em quando. Todos guardamos o melhor e o pior do mundo dentro de nós."(P. 35)


Apenas o fim de um personagem, eu absolutamente amei: João. MERECIDO, depois de tudo que ele passou, tantas provações, é o meu personagem favorito; bem, ele e Ariane. Junto a este casal jovem, tenho de citar Snail e Liriel: são meus dois casais favoritos na história, por isso não gostei do ponto em que ficaram as coisas entre eles. Faltaram dois casamentos ali, ou, no mínimo, cenas mais profundas, que explorassem melhor seus relacionamentos. Tampouco curti como a história de Maria e Axel se desenrolou - isto ainda me dá nos nervos, porque não havia razão para eles terminarem, ou para Axel esconder sua prometida!

Enquanto isso, outros personagens me deixaram com o pulmão inflado. Explico: sabe aquele momento de suspiro, imaginando "agora teremos a amostra de alguém realmente poderoso"? Mas aí, o tal personagem que poderia ser gigantesco não ganhou o destaque que merecia. Tive alguns desses suspiros, por exemplo, com os Cavaleiros de Helsing, de quem tanto esperei, e com o poder de Liriel. Questionei todo aquele treinamento.


"- Ela me ensinou que existem apenas quatro perguntas na vida: O que é realmente sagrado?, Do que é feito o espírito?, Pelo que vale a pena viver? Pelo que vale a pena morrer?
- A resposta de todas elas é a mesma: só amor. Apenas amor." (P.101)


Admirei a inspiradora filosofia de vida de João Hanson - que protagonizou as melhores cenas de ação e, no fim das contas, as melhores sequências do livro - e também a animação de 300 V de Ariane Narin, que me fez gargalhar em suas breves passagens. Ela é um personagem fofo, do tipo de amiga que você quer ter, e uma lembrança inesquecível quando falo desse universo. Tanto ela como João vão fazer muita falta.

Porém, na minha opinião, o livro terminou em um tom inconclusivo, com o surgimento de mais um personagem ao fim, e me desapontou, em um panorama geral. Há leitores comentando que pode haver mais um livro para completar a série, mas eu não acredito que isso venha a ocorrer. Quem se interessar por ler a saga, eu particularmente recomendo apenas pelos dois primeiros livros, que são excelentes.

Confiram as notas específicas e na resenha completa, no Canto e Conto:
http://canto-e-conto.blogspot.com/2012/03/resenha-dragoes-de-eter-circulos-de.html
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Alecio Miari 06/02/2012

Foda
Kcte de site do inferno!! Fiz uma mega resenha da hora e não salvou, inferno!! Se o livro não fosse muito bom não iria escrever nada.
História muito foda! Seguindo o padrão dos dois primeiros livros, o enredo continua desenvolvendo a continuação de histórias consagradas, incluindo mais e mais personagens - tais como Peter Pan, João e o Pé de Feijão, Simbad e Rapunzel. Em paralelo, as histórias dos que já estavam neste caldeirão maluco - João e Maria, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, dentre outras - continuam a ser contadas.
O autor (que é brasileiro!!!) devia estar tomando uns remédios fortes na época que escreveu este livro (rs), pois a imaginação fértil em desenvolver um enredo doido unindo diversos elementos de fantasia (mesclando mundos psicodélicos e variadas raças) com personagens criados por outros autores - com histórias que aparentemente não teriam nada em comum - é de se tirar o chapéu. Parabéns mesmo!
Apesar de todos esses personagens já conhecidos, fiquei atraído por uma específica, a capitã Bradamonte. Ela protagoniza a melhor cena de luta corpo a corpo que já tive o privilégio de ler. Muito foda mesmo!
Fiquei abismado com tamanha força, garra e inteligência que ela possui.
Quanto às batalhas, já li cenas melhores. Não deixa de ser boa, mas começa a ter tanto elemento doido no meio de campo, que não me fez ficar com a adrenalina pulsando nas veias e a respiração alterada...
O lado ruim do livro é que me fez relembrar o seriado "Lost" pois algumas perguntas minhas ficaram sem resposta. O lado bom é que há uma cena final (mas no final mesmo, últimas duas páginas) que dá brecha para um suposto 4º livro (tomara).
Esta trilogia entra para meu hall de favoritos ao lado de "Senhor dos Anéis", "Rangers - a Ordem dos Arqueiros" e "Eragorn".
Foda!!!
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spoiler visualizar
Ray 30/09/2013minha estante
Só eu que odiei um pouco o Axel por causa dessa Livith? Sinceramente eu desejei que ela morresse na batalha!
Mas fazer o que né?
Amei o livro!




Pamela Chris 14/01/2012

www.pamelachris.blogspot.com
O autor começa nos deixando na expectativa. Como por que um simples ato culminaria na Primeira Guerra Mundial. A resposta é de arrepiar os cabelos e nos deixar sem fôlego, principalmente ao pensarmos no quão importante pode ser a vida daquele jovenzinho.
A escrita é maravilhosamente elaborada, num jogo de capítulos que torna impossível pararmos a leitura. Os desfechos terminam em momentos chaves, ou pelo menos sublimes. A história de cada personagem tornando única e de suma importância, com pequenos contos inseridos e entrelaçados numa fantástica jornada.
Impossível não se apaixonar pela maneira como os contos são reinventados e misturados nesta incrível série. Desde sapos sendo transformados em reis por princesas apaixonadas, patas feias tornando cisnes, ciclopes sendo mortos por Ninguém (muito boa essa cena) e finalizando com uma loira de cabelos longos, pontas queimadas, mantida prisioneira por um bruxa e num estado, bem... Digamos que o final nos traz o choque (e que choque!) ao mesmo tempo que a esperança.
Choramos com os amores perdidos, suspiramos por outros recuperados, nos surpreendemos com notícias para lá de alarmantes. A cada momento um mistério sendo revelado, outros ainda não... O que quase nos mata porque simplesmente acaba por aqui (NÃÃÃÃÃÃÃ!!!!!).
Uma série que eu recomendo para aqueles que querem conhecer uma boa história. Uma das melhores!
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Rafah 05/01/2012

Eu acho esse livro o maximo,
a cada pagina que eu viro me surpreendo
cada vez mais, o autor Raphael Draccon ele
conseguiu reunir todas as historias
infantis em uma incrivel historia,
claro que modificando algumas coisas
das verdadeiras historias, mais é isso
que prende atenção do leitor,por que a cada
historia que o leitor lê , ele descobre outro
lado da historia como por exemplo, porque a chapezinho
vermelho foi sozinha visitar a avó na floresta?
No livro o Raphael da a sua versão da historia.
Vem soltar sua imaginação essa incrivel historia chamada:
Dragões de Eter. ;D
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Flavinha 15/12/2011

Circulos de Chuva - www.chatadoslivros.blogspot.com
ALERTA SPOILERS!!!

Senti este último volume da Trilogia Dragões de Éter meio que como uma história a parte. Claro que muitos personagens contidos nos dois primeiros volumes aparecem neste livro e ainda acompanhamos certos fatos de suas vidas, mas senti que ele não teve um personagem central como nos outros.

Neste livro, se conta a história de uma nação que enfrenta um dilema ao se tornar a maior de todas, honrar ou não os seus deveres enquanto exemplo, e mover uma guerra que tem por motivo uma criança que não se sabe ao certo, se é mesmo a criança profetizada a ser o novo Cristo.

Achei muito interessante, como fatores da história de Jesus Cristo foram mencionadas aqui, como parte de uma quase releitura de contos de fadas, e me fez pensar se pra algumas pessoas céticas, a história de Jesus não seria mesmo considerada uma estória e não um fato.

Apesar de ter ficado muito chateada com o término do romance entre Axel e Maria, neste livro eu compreendi que o que ele fez foi pensando em um bem maior e por amor ao seu irmão, só ainda não concordo com a atitude dele em esconder de Maria a sua noiva prometida desde o seu nascimento, senti como se Maria tivesse sido usada. E o final dessa personagem também não foi dos melhores, dividida entre um Casanova e um Demarco que me deram a impressão de brigar por ela como um troféu, somente porque foi um dia a “escolhida” de um príncipe.

Muitos capítulos foram destinados ás elfas e sua interação com Axel, bem como ao seu casamento com a princesa elfa amazona fada de guerra e sabem-se lá quantos adjetivos mais essa criatura dita como gloriosa tinha, mas pra mim, quem roubou a cena foi o elfo crescido Ptrrr Pan, ou como nós o conhecemos Peter Pan. A história desse elfo merecia um livro só dele. Achei magnífico, sem palavras pra descrever a perfeição com a qual o autor narrou os sentimentos deste ser em relação à sua amada humana, principalmente quando sua alma é libertada da culpa e do remorso que ele sentia. Daria realmente um romance perfeito.

Snail também foi uma história a parte nisso tudo, eu achei que ele fosse de alguma forma se envolver na guerra, e que Liriel também seria de grande serventia contra os gigantes, tipo uma Jean Grey detonando tudo com o seu poder da mente, mas lendo os capítulos destinados a eles, percebi estavam ocupados demais lutando suas próprias guerras em busca de um objetivo que pra eles era maior, mas que sinceramente pra mim, só fez sentido no final da história, mais especificamente no epílogo. Achei tudo relacionado aos dois muito morno, a história deles só me prendeu no primeiro livro.

Acho muito válida a idéia de mostrar os dois lados dos seres humanos, ninguém nessa história é totalmente bom, ou totalmente mau, vemos os dois lados da moeda e podemos deduzir que toda pessoa é passível de cometer erros, o que diferencia algumas poucas das demais, é a escolha que cada um faz sobre as atitudes que vão tomar.

Gostei muito da história, mas achei este livro muito cheio de diálogos filosóficos, com muitas explicações sobre os elfos que se tornaram muito cansativas no decorrer da leitura.

Raphael, apesar de às vezes viajar muito colocando nessa história até uma visão de Ariane Narin do mundo dos Thunder Cats e sabres saídos diretamente de Star Wars, consegue citações maravilhosas que muitas vezes poderiam estar em um livro de auto-ajuda, pela intensidade com as quais nos são impostas.

Gostei muito do final do João Hanson, que finalmente se tornou um cavaleiro, se mostrando íntegro até nos momentos difíceis. Achei muito bom que ele entendeu os sacrifícios que seu pai teve que fazer pela sua família, e que nem sempre a decisão correta a se tomar é a mais fácil.

Bradamente foi uma personagem maravilhosa que deu vazão a todas as citações do autor feitas às mulheres nas suas obras anteriores. Gosto de personagens femininos fortes, e me apaixonei por ela. Na cena em que ela derrota o gigante, me lembrei do senhor dos anéis, quando uma mulher derrota um Nazgül, foi uma cena muito boa, muito bem descrita.
Recomendo a trilogia, gostei muito da forma como o Raphael escreve, fora que ele é muito solícito com seus fãs na hora de dar autógrafo, dá atenção a cada um deles individualmente o que já dá a ele um grande diferencial.

Quatro estrelinhas pra este aqui!

www.chatadoslivros.blogspot.com
Taty 28/12/2011minha estante
Ótima resenha Flavinha!

Em vários momentos enquanto lia a série, fiquei de "saco cheio"...rs...pois as vezes o Rapahel filosofava demais e na minha opinião perdia o foco da história. Porém, quando terminei Círculos de Chuva, consegui analisar o conjunto da obra, (vamos dizer assim) cheguei a conclusão que todos os momentos que fiquei um pouco entediada com a leitura valeram a pena. Me emocionei com a relação entre o João e o pai, me fez lembrar muito da minha própria relação com meu pai... e tem uma citação em especial que vou levar pra sempre comigo...

"Amar é inevitável, sofrer é opcional."

Parabéns Flavinha...
Bjoka




marcus 24/11/2011

otimo final,historia perfeita muito emocionante
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Maltenri 15/11/2011

O pior da trilogia
A trilogia “Dragões de Éter”, escrita por Raphael Draccon, chega ao seu final com “Círculos de Chuva”, pela editora Leya. Neste último volume, somos apresentados a uma situação mais dramática que nos primeiros livros: aqui, em princípio, todo o continente do Ocaso entra em guerra, por conta de uma quebra de um tratado internacional firmado entre os humanos de Arzallum e os gigantes de Brobdingnag.
Comecemos pela forma, e analisemos o fundo do romance, assim como a trilogia na sua totalidade na seqüência.


Ao ler o livro, tive a impressão que o estilo do autor involuiu com relação ao segundo livro, e talvez até com relação ao primeiro. Está impreciso, inconsistente e variando muito entre bons momentos e péssimos momentos, tornando o estilo fastidioso e no limite do aceitável para o leitor atento.
Por exemplo, na página 225, o narrador nos presenteia com a pérola “agora estava na tal da traquéia”. Pergunto então se o autor/narrador desconhece a traquéia, parte fundamental do corpo humano, ou se dúvida de sua existência. Este tipo de fraseamento só é usado no oral, e mesmo assim com um caráter extremamente debochado, ou indicando desconhecimento do objeto mencionado. E este é só um dos inúmeros exemplos que podem ser encontrados ao longo do livro.

O autor tenta retornar ao estilo usado no primeiro livro, e um pouco mais abandonado no segundo, em que tenta estabelecer um diálogo fictício entre narrador e leitor (como se o leitor fosse uma pessoa que estivesse escutando um bardo contando uma história em alguma taverna). E em um momento do livro, tenta até acentuar este aspecto, fazendo com que o leitor participe diretamente da ação. Como já havia dito na resenha do primeiro livro, não me agradou naquele momento e continua não me agradando aqui. Sobretudo porque esta participação não adiciona nada a história, a não ser uma bela contradição: se o leitor participa da narrativa, por que o narrador conta tudo como se os acontecimentos já houvessem acontecido há muito tempo, e ele estaria apenas relatando fatos desconhecidos a um leitor ignorante?

Ademais, uma das principais falhas do estilo do autor é a mania, cada vez mais presente e irritante, de anunciar o que está por vir, como no final de um episodio de uma série de TV. Já disse várias vezes, e repito aqui mais uma vez: este tipo de artifício prende a atenção de forma muito artificial, propício para a TV, mas completamente absurdo para um livro.


Algo que muito me surpreendeu, e muito, foi o trabalho de edição dedicado ao livro. Se nos dois primeiros livros a Leya fez um trabalho irrepreensível, neste terceiro tomo a qualidade caiu por terra. São inúmeros os erros de português, digitação e edição encontrados no decorrer da leitura. E não só estes erros aparecem com freqüência, como por vezes são crassos demais para que qualquer profissional da área deixe passar.



No que diz respeito ao conteúdo do livro: fiquei tão decepcionado quanto com a forma.

A estória está permeada de ilogismos e incoerências capazes de fazer qualquer um indagar-se sobre o domínio de Draccon sobre sua própria obra. Nesta parte possivelmente haverá SPOILERS, portanto, se o leitor desta resenha não leu ainda o livro, não seria má idéia seguir até a terceira parte, onde estará exposto uma idéia geral sobre a trilogia.

Ao ler este derradeiro capítulo (pelo menos quando esta resenha foi escrita assim era o caso), não é impossível ficar com a sensação de incompreensão. Afinal, este parece ser o sentimento do jovem carioca quando tenta elaborar o fim de sua saga, ou quando tenta dominar todos os aspectos de seu universo.

A verdade é que o autor parece completamente perdido dentro de sua trama. Tem-se a impressão que ele conhece o começo e o fim de seus personagens, mas o que ocorre neste intervalo é nuvioso. Tem-se a impressão que ele não sabe direito que caminhos percorrer para levar seus personagens até seus destinos, e avança na base da tentativa e erro: introduz um elemento na história, depois o esquece e se livra dele com um pequeno capítulo (como os Cavaleiros de Helsing, que não participam quase nada da aventura, após sua alardeada estréia no volume dois). Ou as vezes nem se dá ao trabalho de se desfazer do mesmo: o Mago de Oz é apresentado como talvez o ser mais poderoso de Nova Éther, e sua participação se resume a um capítulo, sendo este mesmo recheado de personagens poderosos que dizem tomar partidos mas no fim não fazem nada, tornando o capítulo quase inútil para o andamento do livro.

O que nos leva a um elemento importantíssimo: durante toda a saga, a magia tem um papel principal na obra, e aqui, ela praticamente desaparece da obra: Liriel Gabbiani, uma telecinética poderosíssima, fica a mercê de tudo e de todos, praticamente inofensiva; os principais magos do mundo não fazem nada num momento histórico do universo criado. Só reaparece para corrigir situações complicadas em que o autor se coloca sozinho: uma fada aparece do nada, salva João, cobra um preço e nunca mais se escuta falar da mesma. E assim o autor vai deixando ao longo do livro várias pontas soltas, dando a impressão de que, perdido dentro de seu mundo, tenta se agarrar a qualquer pequena inspiração para sair do buraco. Fica a impressão, em muitos momentos, de enchimento de lingüiça.

É interessante também como personagens importantes nos outros livros desaparecem neste terceiro: Sabino Von Fígaro, por exemplo, tem sorte de aparecer em alguns parágrafos. Maria, uma das protagonistas só aparece por conta de uma tentativa do autor de integrar os personagens Casanova e Don Juan na trama, pois caso contrário, seria só mais um figurante.

Marcantes também são os inúmeros ilogismos e inconsistências apresentados no livro, decorrentes dos elementos apresentados anteriormente nesta resenha. Por que motivo os gigantes raptaram Wendy? Porque eles são maus, nos explica o narrador. Mas por que raptar Wendy, e não outro refém de maior valor (na época Peter Pendragon ainda não era Pendragon, não tinha crescido e não era rei, era só um elfo qualquer). Resposta: nenhum motivo, a não ser tentar fazer a história avançar artificialmente.

Por que Axel e Livith têm que se casar? Não é uma prática da cultura élfica e não há nenhuma utilidade para os elfos, que guardam rancor dos humanos, não tem qualquer utilidade para uma aliança com os humanos (Peter Pendragon não quer guerrear como s gigantes antes de Axel chegar ao Nunca), visto que são os seres mais sábios e fortes do mundo, vivem isolados do resto do resto do mundo (e seu território só pode ser alcançado se os elfos assim o desejarem). Resposta: nenhuma razão.

O desencadear da “Primeira Guerra Mundial de Nova Éther” é a quebra do tratado estabelecido entre humanos e gigantes. No entanto, Jack, a criança humana em território gigante, está lá como filho de uma convidada de Brobdingnag. E portanto, não há realmente uma quebra do tratado, tornando a guerra ilógica.

E no assunto da guerra aparece uma incoerência impressionante. O autor estabelece regras próprias ao mundo por ele própria para se guerrear. Até aí tudo bem, mas quando existem contradições entre as regras de guerra e as outras regras políticas, então há incoerência na trama: traições no âmbito geopolítico são normais, porém não guerrear de acordo com as regras pré-estabelecidas é inaceitável (a justificativa dada é que quando se trai na guerra, se trai na política). Incoerência enorme, não é? Isso sem falar da existência de milícias (no momento da declaração de guerra, Rei Anísio manda convocar as milícias), que por definição não lutam de acordo com as regras de guerra.

Quanto à filosofia da obra, que nunca foi de meu agrado, desta vez ela se torna perigosa.

O livro segue durante todo seu desenvolvimento uma mesma linha: crise de fé, a espera por um milagre e realização do milagre. Aqueles que vivem de acordo com as regras divinas tornam-se merecedores e Deus olha por esses seres.

Onde as idéias se tornam realmente perigosas, é no momento em que o autor propõe que uma guerra não é sempre a solução a um problema (idéia louvável), porém uma guerra religiosa é sempre legitima. A idéia é transmitida pelo Conselheiro Verde, presente no conselho que decidirá a guerra ou não, que diz que não pode conviver com uma guerra, porém se for para resgatar a ressurreição do homem sagrado, do messias, então tudo bem, mesmo que seja uma mera probabilidade. Porém a idéia está presente em toda primeira parte do livro: guerra, talvez, porém guerra religiosa sempre sim. Assim, Rei Anísio utiliza este argumento para convencer e motivar todos os contrários a idéia de uma guerra em que as chances de sobrevivência forem no máximo escassas: convence os conselheiros reais e os soldados, quando discursa antes de iniciarem a marcha de guerra. Draccon, ao escrever isso e colocá-lo na boca de seus heróis, não se torna melhor que um fanático religioso qualquer, como Bin Laden, misturando de forma retrógrada política e religião.

Enfim, o autor veicula uma segunda idéia inaceitável: o genocídio é normal a partir do momento que os exterminados forem maus. É desta forma que o autor coloca o combate entre gigantes e elfos, sendo estes últimos os representantes e protetores divinos da passagem entre mundo físico e mundo divino. Os elfos querem aniquilar os gigantes pela simples razão que consideram estes maus (apelando para o maniqueísmo presente em toda a saga). Se pensarmos assim, como decidir quem é bom e quem é mau? Afinal, pontos de vista opostos sempre se consideram bons e maus. Exterminamos todos então?

A única coisa que se salva na totalidade da obra é o epílogo, este sim uma homenagem e um desejo singular pela vida, e merecedor dos melhores elogios.

Aqui acabam os SPOILERS, e começam considerações finais sobre a trilogia.

Quando adquiri e comecei a ler Dragões de Éter, me deixei tentar por inúmeros comentários positivos. Porém ao ler a totalidade da obra, descobri um trabalho mediano na melhor das hipóteses.

Não se pode criticar a consistência do autor, que mantém um estilo e idéias parecidas ao longo de toda a saga. Quem gosta do primeiro, provavelmente vai gostar dos outros dois, e vice-versa.

Porém, me parecem perigosas e retrógradas muitas das idéias veiculadas pelo autor ao longo de sua obra, e só isto condenaria seus livros. Adiciona-se um estilo que não convence, e um péssimo domínio da estrutura de sua obra, sem saber direito para que servem elementos e personagens introduzidos a todo momento.

A verdade é que existem inúmeras obras de fantasia melhores por aí, e o fato de o autor ser brasileiro não pode ser considerado suficiente para designar esta como uma referência do gênero. Muito pelo contrário. Se o interesse for a releitura de fábulas e contos de fadas, recomendo Fables (Fábulas em português), uma obra em quadrinhos de Bill Willingham.

Fica o desapontamento e o repúdio a algumas ideologias infelizmente presentes nas mentes humanas.
Fernanda 14/11/2011minha estante
Concordo. Quando terminei o livro a única explicação que encontrei é de uma possível continuação. Pois muitos assuntos ficaram sem explicação e situações em aberto. Estou um pouco decepcionada com a falta de conclusão e coerência da obra.


Nadia 02/04/2012minha estante
Falou tudo, eu gostei do primeiro livro e adorei o segundo, mas me decepciomei no terceiro, extamente por tudo que você colocou na sua resenha.




Lorraine 29/06/2012minha estante
Acho que um dos grandes problemas da trilogia de Draccon é a moda que hj em dia parece que todos os livros querem adotar:
A mania de escrever uma coleção como se fosse um seriado.

Cada vez mais os livros me aparecem com essa cara, então, eles criam um mundo gigantesco e esperam mostrar diversas tramas, sejam de personagens principais ou não.
Bem, o problema é que qnd vc se compromete com uma trilogia, colocar toneladas de personagens nem sempre é uma coisa boa, levando ao que muitas pessoas sentiram: Uma falta de final para muito deles.

Sem contar que eu acho que é dai que veio esse sentimento de que o próprio autor se perdeu na sua obra. Idéias e personagens em excesso, falta de papel.


Marina 04/05/2013minha estante
Inevitavelmente tenho de concordar com você, mas apenas em um aspecto. O aparente desleixo da editora Leya, ao deixar escapar os inúmeros erros de português, digitação e edição, realmente me decepcionou.

Apenas para esclarecer minimamente a minha defesa, Dragões de Éter é minha trilogia fantástica favorita (ou talvez isso seja mera motivação). Pela transformação dos contos infantis, pelo aparente ambiente de uma taverna que me inseri ao ler, pelas "participações exclusivas" que eu tive quando Raphael parava no tempo da sua narrativa linear e me inseria no cenário, ou pelo amadurecimento que sofri junto com os personagens, como que convivendo com eles.

A resposta da questão sobre a obrigatoriedade do casamento de Axel e Livith aparecerá no quarto volume da série, intitulado Estandartes de Névoa, então não nos preocupemos (pelo menos por enquanto).

Alguns personagens são deixados um pouco (muito) de lado nos segundo e terceiro livros (senti muito a falta de Maria Hanson) mas isso para deixar que outros surjam e apareçam mais.

Jack, a criança humana em território gigante, foi sequestrada pela mãe e levada para terras 'inimigas', estando assim, na ilegalidade. A possibilidade dessa criança ser o Cristho acirrou ainda mais os ânimos ( dos personagens e dos leitores ).

Rezemos aos semideuses para que todas as "pontas soltas" sejam reatadas no novo volume.

"Enchimento de linguiça" é uma marca oral, não é?

Meus argumentos não são tão consistentes, ou vindos de um alguém aparentemente estudado, mas se me permite dizer, existem errinhos básicos de digitação no seu texto ^^.

Quem critica merece ser criticado, portanto, aceito críticas.


LidoLendo 21/06/2013minha estante
Eu tbm tive o mesmo sentimento que vc em relação a vários pontos da história... até saber que haverá uma continuação, o 4º e último livro da serie. Minha expectativa já é maior em relação aos personagens.


Bruna 05/02/2014minha estante
Tive a sensação de que o autor tentou dar um ar de grandiosidade para a obra, mas acabou falhando. O que mais me irritou foi que a maior parte dos capítulos começava como: "E Fulano/Ciclana fez isso/aquilo". Concordo que os personagens criaram uma estrutura desconexa na história. É comum observar autores apresentarem personagens engrandecidos na primeira obra e os desconstruírem (no sentido de tirar essa grandiosidade) durante a história, a habilidade de um autor pode ser testada nesse quesito de saber como lidar com o personagem sem fazer ele cair em "perdição". Entretanto essa é a primeira vez que vejo esse grau de "perdição" de um personagem. Você está me dizendo que existe alguém capaz da proeza de fazer um deles desaparecer num único capítulo?


Ricardo Dantas 13/11/2014minha estante
Sem contar os foreshadows que nunca se cumprem.
"João Hanson jamais voltaria a andar novamente".

No outro capítulo ele tá correndo. Pra que ele fala essa porra então?!


Thiago.Rodrigues 19/10/2015minha estante
Realmente fiquei muito desapontado com a obra, esperava uma história maravilhosa no último livro, porém, só me causou raiva e vontade de esganar o Raphael em alguns momentos, enfim, apenas os 2 primeiros livros que me interessado.


Rozana 06/08/2016minha estante
Quanto a narrativa usada somente no "oral". Pelo que vi, esta é a intenção do autor, quando já no primeiro livro indica que a forma como as pessoas falam nos contos que você já leu não são exatamente como pronunciadas de fato. O tempo todo ele tende a escrever da forma como se fala. Não entendo o espanto nisso.


Kayser 08/12/2016minha estante
Concordo com absolutamente tudo com o que você citou.

Muito me incomodou no primeiro e no terceiro livro essa interação forçada entre leitor e narrador. Eu simplesmente comecei a pular essas partes, porque realmente não acrescentavam em nada. Julgo até como sendo uma técnica infantil.

O fato de ele avisar o que vai acontecer no final de cada capítulo é outro ponto extremamente chato, algo usado pela TV, mas que em um livro é totalmente desnecessário. Isso desanima a leitura.

Concordo que o autor tinha um começo e um fim e que no meio jogou um monte de informação para ver o que acontecia. Passou a impressão de que estava de saco cheio de escrever essa fantasia. São inúmeros erros de lógica e personagens sem qualquer sentido acrescidos à trama. Se já não bastasse isso, os motivos da guerra e o formato da guerra são absurdos e beiram o ridículo, acontecendo de modo totalmente artificial mesmo.

E para completar a Leya fez uma péssima revisão. Dei 2,5 estrelas, mas poderia ter tranquilamente ter dado 2 ou menos estrelas.


Bea 23/04/2020minha estante
Adorei a resenha, colocou em palavras todos os meus pensamentos sobre a obra.


FlaviosParanhos 19/12/2021minha estante
Concordo com praticamente tudo que foi dito aqui.


Dimmy448 28/04/2024minha estante
Eu rebato muitos dos seus argumentos simplesmente citando o quarto livro.




Fábio 18/07/2011

Final Estupendo
Um grande final pra uma saga que cresceu a cada livro e escrita soberbamente por um escritor que não só evoluiu como não teve medo de ousar.

Círculos de Chuva esta bem mais adulto que os outros dois livros, principalmente o primeiro (o mais fraco na minha opinião), e tambem muito mais épico.

Deve-se resaltar que mesmo sendo um livro de fantasia, e este ultimo volume da saga ser sobre a Primeira Grande Guerra, são nas partes mais singelas que ele cresce tanto.

O amor e a fé são a amostra do grande diferencial de qualidade e talento do autor, afinal escrever sobre esses temas e não parecer piegas e nem forçado é muito dificil, e tudo o que foca nisso no livro é lindo e singelo demais.

A unica resalva é que senti falta de uma maior particpação do Ruggiero.

Espero ansiosamente por outros livros no mundo de Eter.

Se pude-se definir com uma só palavra Dragões de Eter Círculos de Chuva eu descreveria como:

Fé.


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08/04/2011

SIMPLISMENTE FANTÁSTICO!!! E NÃO PODERIA ESPERAR POR OUTRA COISA..
Sabe, eu sou uma verdadeira tagarela na hora de falar dos livros que gosto, e é quase impossível me suportar quando falo de livros que gostei muito mesmo. Dragões de Éter seria um desses livros que fico inssuportável... a não ser pelo fato de que fiquei sem palavras.

Só há uma coisa a ser dita em respeito desta série: ela é indescritível.

Nada do que eu venha a escrever nesta resenha está a altura do que a leitura me proporcionou. Vi perssonagens amadurecerem, ressurgir da cinzas, travarem duelos com si própios, sucumbirem nas mãos de inimigos... mais os vi também conquistarem guerras, vencer duelos históricos, cumprir promessas e formarem novas alianças na mesma fé.
A imprensão que tinha quando lia este e os dois anteriores livros, era que um dos melhores bardos de toda Nova Éther me sussurrava histórias no pé do ouvido... Foi fantástico.

Não sei mais o que dizer, até porque não consigo descrever algo que não possa ser descrito.

Não deixem de ler estes livros, eles são... bom, indescritívelmente fantásticos!!!
Gamaa 01/01/2012minha estante
Concordo totalmente, cada palavra que você disse descreve xD


Ray 30/09/2013minha estante
Indescritível com certeza!
Cada capitulo me surpreendeu completamente!
Perfeição define!




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