Marcelo Martins 13/04/2020Que filhos você quer deixar para o mundo?Acredito que a pergunta do título seja o que norteia o livro, apesar de não ser mencionada nele.
Que filhos queremos deixar para o mundo?
Queremos criar crianças confiantes, seguras de si, generosas, justas, bondosas, respeitosas que saibam e reconheçam o que é amar e que gostem de si mesmas?
Ou crianças hostis, medrosas, com pena de si mesmas, tímidas, invejosas, envergonhadas, que sintam culpa, que critiquem tudo e condenem a vida?
Todos queremos o melhor para nossas crianças. Mas em alguns momentos, podemos praticar atos sutis, inocentes, que podem causar bloqueios, traumas ou repressões desnecessárias. Ninguém se propõe a magoar seus filhos de propósito, no entanto, isso acontece com frequência, mesmo sem nos darmos conta.
As Crianças Aprendem o que Vivenciam aborda todos esses pontos. O livro busca destacar quais comportamentos dos pais geram determinados sentimentos nas crianças. Como o comportamento dos pais afeta a forma da criança se desenvolver e enxergar o mundo. Qual adulto essa criança será um dia.
Acredito que não existe fórmula mágica para educação. Cada criança tem sua necessidade. Cada família tem sua realidade. Cada caso necessita de uma atenção específica. Contudo, como cita Murilo Gun, "Todo mundo nasce pronto para fazer filhos. Mas ninguém nasce pronto para criar filhos."
Esse pressuposto é fundamental para que todo pai e mãe busque estudar para ser pai e mãe. Não nascemos prontos para isso e tendemos e repetir os acertos e falhas que nossos pais fizeram conosco. E em alguns momentos, precisamos ter consciência de nossos traumas, frustrações e reconhecer o que pode ter sido causado por eles de forma a não repetirmos isso com nossos filhos.
Independente se você é ou não pai ou mãe, creio que essa seja uma leitura rica para qualquer pessoa que exerça algum tipo de influência sobre uma criança. Pais, avós, tios, padrinhos, professores, ... Todos podem e devem buscar aprimorar como educar uma criança para que nossas crianças sejam parte de um futuro que elimine o medo, a fome, o preconceito e a intolerância. Um futuro que aceite cada pessoa do nosso planeta como ela é, preparando o caminho para que as crianças vejam o mundo da melhor forma e contribuam para que ele seja um melhor lugar para se viver.