A boneca de Kokoschka

A boneca de Kokoschka Afonso Cruz




Resenhas - A boneca de Kokoschka


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Tatiane 09/04/2021

História interessante!
Histórias dentro de outras histórias que vão se entrelaçando... no início parece que está tudo meio desconexo e estranho, mas depois vai pegando o ritmo das coisas!
Gostei bastante do autor, estou bem interessada em ler os outros livros dele. A escrita é bem fluida e interessante, com capítulos curtos, te deixando com mais vontade de continuar a leitura!
Lais.Soares 09/04/2021minha estante
Nossa sim! Os capítulos curtinhos, bem elaborados e poéticos fazem do livro um vício!


arlete.augusto.1 30/04/2021minha estante
Merece ser relido com calma, não acha? Depois que você pega o ritmo é que começa a apreciar de verdade a leitura. Muito bom!


@freitas.fff 24/10/2022minha estante
Tou amando o livro! Tinha lido de Afonso somente "Vamos comprar um Poeta", inclusive recomendo. :)




marcio.chiara 06/06/2022

Livro muito bem pensado
Uma série de contos avulsos revelam personagens e suas histórias.

Com a evolução do livro, estas histórias começam a se conectar, dando mais sentido ao enredo.

Escrito em diversos pequenos contos e da maneira que escrevi aqui, com um espaçamento visual entre estes contos, deixando a leitura mais fluida.

Suas personagens têm nomes de pessoas conhecidas no mundo real, como Imre Lakatos e o próprio Oskar Kokoschca.

Por vezes engraçado, porém, com muitas questões filosóficas que geram excelentes reflexões. Como exemplo:

?Não há barulho quando não há ninguém para ouvir?

Recomendo mais este livro de Afonso Cruz, que vem ocupando cada vez mais minha estante.
DANILÃO1505 06/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Cla 30/05/2021

Conheci esse livro por acaso, mas que sorte foi esse acaso. Livro muito surpreendente, sensível, lindo. É um dos livros mais complexos que já li e com com certeza pede uma releitura, mas vale a pena. Um livro sobre o mosaico da vida. Amei
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Ricardo.Borges 14/11/2023

São os outros que nos fazem viver
O universo pode até ser uma combinação de letras (p.24), mas Afonso Cruz sabe mesmo é combinar as palavras (?numa loja de pássaros é onde se encontram mais gaiolas?) transformando-as em metáforas da vida (ou vice versa). Gosto de histórias que transmitem essa constante sensibilidade.
??O nosso corpo depende muito dos olhos dos outros. Se pudesses juntar todas as opiniões sobre ti mesma, estaria muito perto da visão de Deus?.
Em uma montagem alucinada de fatos sobrepostos e explorados em épocas e locais diferentes, os personagens são construídos com uma profundidade única, quase íntima, com seus pontos de vista radicalmente distintos e focos próprios.
Como num passe de mágica ? e com um design cuidadoso ? mesmo com ?um livro dentro do outro?, a história deslancha e culmina em final sóbrio e adequado, esclarecedor e, ao mesmo tempo, reflexivo.
?Os meus ângulos são todos os ângulos. [?] Também inclui as fantasias. E até o inimaginável. É do inimaginável que se faz a arte [?].Eu podia explicar-te o mundo, mas é tão difícil. [?] sou uma série de ângulos sobrepostos, de realidades umas em cima das outras.[?] sou um ser humano pisado por inúmeras perspectivas, avassaladoras??
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Toni 10/07/2021

Leitura 41 de 2021

A boneca de Kokoschka [2010]
Afonso Cruz (Portugal, 1971-)
Dublinense, 2021, 288 p.

Espalhadas pelas bocas das muitas personagens deste romance caleidoscópico encontram-se frases lapidares que definem o universo ficcional de A boneca de Kokoschka: “As relações com os outros é que nos criam a nós”, “Forçamos o mundo a ser como acreditamos que ele é e nem percebemos que passamos a vida a mentir-nos”, “Não existe mentira na literatura, na ficção, e, digo-lhe mais, não existe verdade na vida real”, “A nossa vida depende da leveza que damos a nosso peso, e vice-versa”, “Um ângulo, é disso que o mundo é feito, de ângulos sobrepostos”.

Leveza/peso, totalidade/fragmento, verdade/mentira, ficção/realidade, eu/outro: contrário ao que se poderia imaginar, neste universo criado por Afonso Cruz os binômios acima não são opostos, mas perspectivas complementares a partir das quais uma história é capaz de gerar inúmeras outras. Assim, as muitas tramas que se cruzam nesta Europa devastada pela Segunda Guerra alimentam não somente umas às outras na feitura de um tecido humano de narrativas infinitas, mas são também um lembrete sempre bem-vindo de que “o tempo não é uma seta do passado para o futuro, o tempo tem muitas dimensões, tal como o espaço. Anda para a frente, anda para trás, mas também vai para os lados…”

Marcadas por obsessões, buscas, tragédias e coincidências, as personagens de A boneca de Kokoschka são “seres humanos pisados por inúmeras perspectivas, avassaladoras” e expressam diferentes formas de elaboração da experiência de um trauma coletivo como o da guerra. Elas nos lembram o tempo todo (às vezes inadvertidamente, às vezes não) que “a existência é feita de testemunhos. Sem isso, não há nada. O ‘outro’ é quem faz com que nós existamos”. Destarte, o próprio romance se desdobra e revela outra obra com o mesmo título dentro de si, abismo metaficcional que, semelhante à vida de suas personagens, dá sentido e também faz existir o livro que temos em mãos.

Como outras obras do escritor, A boneca de Kokoschka é um tributo à linguagem e à elaboração ficcional que criam formas de ser e estar no mundo.
#afonsocruz #dublinense #abonecadekokoschka
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Andrea 26/09/2023

Um livro dentro do livro
A boneca de Kokoschka recebeu o Prêmio da União Europeia para a Literatura em 2012, mas este não é o único motivo pelo qual o livro do escritor português Afonso Cruz merece ser lido.

Com uma escrita que mistura agilidade, reflexões, cenas fortes, toques cômicos e lirismo, ele divide a sua boneca de Kokoschka em três partes mais o romance de Mathias Popa. Sendo a primeira parte referente a guerra, a segunda parte com as memórias de Isaac - e por tabela de Bonifaz e Tsilia - e seu encontro com Popa, o livro de Popa e a última parte onde temos um novo personagem.

Os capítulos são curtos, rápidos, as vezes fortes, outras vezes objetivos e também há momentos em que se explica um pouco mais sobre os personagens. A narrativa em sua maioria está em terceira pessoa, havendo alguns momentos nas memórias e cartas que o autor utiliza a narrativa em primeira pessoa.

O resultado é um livro envolvente que exige atenção para não se perder nos acontecimentos e reviravolta, pois se o início da história parece mais simples, no decorrer das páginas ela vai ganhar uma complexidade que não permite devaneios entre os parágrafos.

Resenha completa no blog: http://literamandoliteraturando.blogspot.com/2023/08/a-boneca-de-kokoschka.html?m=0
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Paulo 05/06/2021

A história mínima contra a oficial
Afonso Cruz se vale da ficção para "documentar" uma história de amores sentidos e interrompidos das mulheres da família Varga. A história perpassa a destruição de Dresden na II Guerra Mundial, mas não se centra nisso: é uma narrativa sobre os pequenos cotidianos que se complexificam ao passo que a história do mundo tende a simplificá-los. Um livro de histórias que nascem de outras histórias e, de tanto aprofundarem em si, acabam retornando ao início. Um círculo perfeito.
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Jan... 12/06/2021

Toda a gente a sua volta tinha razão e ele era uma ilha no meio daquela racionalidade, um hífen entre duas palavras, um elo perdido.No fundo, toda a evolução das espécies se sustenta em hifenes, em elos perdidos e achados.E Bonifaz Vogel era uma ilha sentada numa cadeira de palhinha onde o duce já havia sentado."

"Enquanto os recursos médicos eram escassos, os recursos da Morte eram, tal como sempre foram , demasiado extensos: por vezes, fugimos de um urso para encontrar um nazi; outras, fugimos de um leão para encontrar um micróbio devastador alojado nos nossos órgãos.Fugimos do que está fora, correndo com o inimigo dentro do corpo. Por vezes, sobrevivemos a um holocausto para sermos tolhidos por um estreptococo beta-hemolitico do grupo A."

?A boneca de Kokoschka, romance premiado do escritor português Afonso Cruz , se passa na Alemanha , final da Segunda Guerra Mundial. Dresden , cidade devastada pelos bombardeios e seus personagens , devastados pelas perdas da guerra tentam sobreviver e recomeçar suas vidas . Um menino judeu, Isaac Dresner, escondido durante meses no porão de uma loja de pássaros. Bonifaz Vogel perdeu toda sua família, até o gato nas explosões , só lhe restando a loja de pássaros, onde esconde o menino judeu. Mathias Popa, o soldado, autor do romance A boneca de Kokoschka. Diversos personagens vão entrando em cena e suas vidas começam a se entrelaçar .Um quebra-cabeças vai sendo montado. Um final surpreendente.

? É um livro cheio de metáforas ,que utiliza uma linguagem poética , despertando sensações : alegria e tristeza vão andando juntas. Um conjunto de personagens muito reais, sensíveis e humanos. Uma lindeza de livro.
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Zelinha.Rossi 01/08/2021

Gostei deste livro desde o princípio. A escrita é bastante poética, a leitura é fluida e o entrelaçamento dos personagens e das histórias é muito bem feito. Amei!

?Os pássaros ficavam encolhidos a um canto, tentando evitar olhar para aquela porta aberta, desviavam os olhos da liberdade, que é uma das portas mais assustadoras. Só se sentiam livres dentro de uma prisão. A gaiola estava dentro deles. A outra, a de metal ou madeira, era apenas uma metáfora.?

?A verdade tem muitas perspectivas. Se nos limitarmos a uma, estamos muito próximos do erro absoluto.?

?As guerras têm mais dificuldade de existir quando as pessoas se compreendem umas às outras.?

?a existência é feita de testemunhos. Sem isso, não há nada. O ?outro? é que faz com que nós existamos. Sem percepção, não há nada.?

?A nossa vida depende da leveza que damos ao nosso peso e vice-versa.?

?Tal como deve ser escrito o amor: a tinta permanente.?
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Valéria Cristina 17/11/2021

Genial
Formado por histórias dentro da história, este livro é genial! Lembra uma matrioska. E no final, tudo se encaixa. Espetacular!
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Mariana 12/04/2021

Escrita original e criativa
"A Boneca de Kokoschka" é uma verdadeira matriosca, com uma porção de histórias que saem umas de dentro das outras. O livro pode parecer meio nonsense às vezes, mas Afonso Cruz consegue amarrar as tramas de forma magistral.
A obra trata o tempo sem linearidade, de maneira totalmente inusitada. Como explica o personagem Isaac Dresner "O tempo não é uma seta do passado para o futuro, o tempo tem muitas dimensões, como o espaço. Anda para frente, anda para trás, mas também vai para os lados, da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, e na vertical, de cima para baixo e de baixo para cima.".
Gostei por ser um livro poético e filosófico, e ao mesmo tempo leve com uma escrita criativa e muito original. Destaque para as ilustrações e fotografias que compõem o livro, feitas pelo próprio autor, que é um artista completo: escritor, ilustrador, músico, fotógrafo e cineasta.
Montenegro 20/07/2021minha estante
Conheci Saint Petersburg e sua resenha me encantou :)


Mariana 20/07/2021minha estante
Que legal! Um dos meus sonhos atualmente é conhecer S. Petersburgo. ??
Mas só pra deixar claro, o livro não se passa na Rússia, tá!? É na Europa pós-guerra...


Montenegro 20/07/2021minha estante
Ah, li matrioska e logo pensei naquelas bonequinhas, rs. Já leu ?O palácio de inverno? de John Boyne? Se passa em S. Petersburgo.


Mariana 20/07/2021minha estante
Na verdade, o livro parece uma matriosca que vc vai abrindo e tem vários outros livros dentro dele rsrs

Não li!! Vc gostou? Li Noites Brancas que se passa em S. Petersburgo também! É mto bom ??


Montenegro 20/07/2021minha estante
O palácio de inverno é muito bom. Retrata o período dos czars. Li Noites Brancas quando voltei da viagem. Tive a sorte de presenciar esse belo fenômeno.


Mariana 20/07/2021minha estante
Que legal!! Já vou colocar na minha lista tbm! Obrigada pela dica ??




mimperatriz 08/07/2022

A boneca de Kokoschka
Fiquei interessada em ?A boneca de Kokoschka? ao entrar no estande da Dublinense na feira de livros que ocorreu no Pacaembu, SP, e ouvir a conversa entre a vendedora e uma pessoa interessada no livro. Fato que fui convencida sem qualquer esforço (e a outra interessada também) a comprá-lo e cá estamos!

Foi uma leitura deliciosa e feliz! Gostei muito da escrita de Afonso Cruz, que já conhecia através de ?Vamos comprar um poeta??

É um livro singelo e interessante. Fala sobre amor, guerra, medo, reencontros e desencontros.

O que mais achei interessante é que Afonso apresenta uma história no início do livro e várias outras no decorrer da leitura. Há uma alternância de protagonistas e uma transformação muito grande na história, sem contar que tem um livro dentro do livro.

Sim, A boneca de Kokoschka é um livro escrito por um dos personagens e é apresentado ao leitor no meio do livro!

O resumo contado na contracapa foca na história do início do livro que ocorre em Dresden durante a Segunda Guerra. Isaac, um jovem judeu, se esconde na loja de pássaros de Bonifaz.

Mas essa é uma pontinha da vida de Isaac e Bonifaz, que passa por muitos outro personagens que se tornam protagonistas em algum momento do livro. As histórias se cruzam e o leitor conecta os personagens e as histórias? enfim, é incrível.

Gostei muito da escrita, das surpresas, dos personagens e das mudanças de rumo no decorrer da leitura.

Apenas reforçou minha admiração por Afonso Cruz. Entrelaçar as histórias da forma que ele faz em A boneca de Kokoschka sem deixar o livro cansativo ou o leitor perdido, é genial.

Tenho mais um livro escrito por Afonso e já não vejo a hora de iniciar a leitura.
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Lusia.Nicolino 29/04/2021

Imperdível! Às vezes, é preciso forçar o destino!
A boneca de Kokosha é o livro dentro do livro que Cruz nos entrega. Um jogo de matrioskas onde a realidade desvenda o sonho, onde acordar do sonho significa dar de cara com o pesadelo! Começamos em Dresden, devastada pelos bombardeios da segunda guerra. Na loja de pássaros, o jovem judeu Isaac Dresner se torna uma voz vinda do subsolo para orientar e confundir Bonifaz Vogel. Quem sobra sobre os escombros e que histórias constroem a partir daí? Uma história sensível, uma história inacreditável, uma história ressignificada personagem a personagem. Mathias Popa entre eles, o link, a ruptura, o lado feliz e infeliz da mesma moeda. Um livro que sempre constará na minha lista de preferidos.
Quem se aventurar por essa leitura vai terminar nos braços de Adele Varga. Às vezes, é preciso forçar o destino!

Quote: "O mundo é muito mais compacto quando não sabemos o que se passa à nossa volta. É uma coisa portátil que carregamos connosco para onde quer que andemos. Por outro lado, quando se revela para lá de esquinas, quando tem uma paisagem, torna-se um lugar difícil de suportar. Demasiado grande para a gaiola onde vivíamos. São assim todas as descobertas, medonhas."


site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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deborahalmeidac 13/03/2023

Talvez eu não tenha entendido o livro, mas foi o do autor que menos gostei até agora. Sei lá, achei chato, me deixou entediada
Didio 09/08/2023minha estante
Achei que só eu havia ficado boiando nesse livro... Apesar de curto, achei sem emoção e alguns textos extremamente arrastados. Cansativo.




Marília 16/06/2021

Gostei da forma como o autor entrelaca as histórias. Fica parecendo mesmo com aquelas bonecas russas.
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