Razão e sensibilidade

Razão e sensibilidade Jane Austen




Resenhas -


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Cris Lang 02/05/2021

Leitura interessante
Devo dizer que esse livro não me prendeu de início, demorei um pouco para me encantar com as personagens. Talvez isso se deva a narrativa mais lenta, onde os acontecimentos demoram a acontecer. Com o desenvolver da história, ao conhecer as nuances, sentimentos, intenções das personagens, acabei por me envolver completamente com a narrativa. Sinto que este livro fala de muitas coisas, entre elas, amor, perdão, recomeços, arrogância, paciência, família e muito mais.
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Coelho 17/01/2022

Muita razão e muita sensibilidade envolvidas
Do lado da razão, da gosto de ver a forma irônica como a autora descreve algumas conversas, atitudes e práticas da época. De uma forma muito sutil, através das personagens, ela deixa claro o quanto despreza a forma como essa burguesia leva a vida: a valorização do status social, do dinheiro e da família que na verdade escondem interesses escusos e falsas amizades.

Já na parte da sensibilidade, a descrição fina dos sentimentos, as reflexões, as grandes amizades e as diferentes formas de sofrer por amor são a parcela emocional da história.

É incrível acompanhar as felicidades e frustrações de Elinor e Marianne! Dei 4 estrelas porque em alguns capítulos o livro é um pouco maçante.
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Pollyana 12/08/2022

Mais uma vez, me alegro de ter continuado a ler Jane Austen. Respeito a hype por "Orgulho e Preconceito" mas Jane tem definitivamente livros melhores, na minha humilde opinião. O livro é meio parado no começo, mas depois não consegui parar de ler. Achei meio maçante a babação de ovo com relação à Marianne, que definitivamente não foi minha personagem favorita nesse livro. Elinor sim, foi estrela desse livro pra mim. Forte, corajosa, centrada, bondosa. Enfim, gostei muito desse livro, quase tanto quanto Persuasão (meu preferido da Jane até agora). Recomendo a leitura!!
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Larissagris 02/02/2024

RAZÃO E SENSIBILIDADE (JANE AUSTEN)
[...] é melhor usar a razão para temperar a sensibilidade, sem deixar que nossas paixões nos dominem. (Pág. 5)

A Srta. Dashwood tinha excelente coração - era afetuosa e de sentimentos fortes, mas sabia como controlá-los. [...] As habilidades de Marianne eram, em alguns aspectos, quase iguais às de Elinor. Era sensível e inteligente, mas descontrolada: suas tristezas e suas alegrias eram intensas e sem a menor moderação; generosa, amável e atenciosa, ela era tudo, menos prudente. (Pág. 13)

Em momentos de alegria, ninguém poderia ficar mais alegre que ela ou ter, em grande intensidade, aquela otimista predisposição para a expectativa da felicidade, que é a própria felicidade. (Pág. 14)

Eu não poderia ser feliz com um homem cujo gosto não coincidisse com o meu em todos os pontos; ele precisará compartilhar os meus sentimentos; os mesmos livros e as mesmas músicas deverão encantar a nós dois. (Pág. 25)

Mamãe, quanto mais eu conheço o mundo, mais me convenço de que nunca encontrarei um homem a quem possa de fato amar. Eu sou tão exigente! (Pág. 25)

Sabia que para Marianne e sua mãe, o que imaginavam em um momento tornava-se certeza no momento seguinte, que, para elas, querer era ter esperança, e ter esperança era conseguir. (Pág. 28)

Quando Willoughby estava presente, Marianne não tinha olhos para mais ninguém. Tudo que ele fazia estava certo. Tudo que ele dizia era inteligente. (Pág. 65)

Nos sentimentos, como os de Marianne, há inconveniências que não podem ser atenuadas nem mesmo por todo o encanto do estusiasmo e pela ignorância do que é o mundo. O modo de pensar de minha irmã apresenta a tendência de reduzir as boas maneiras a nada e creio que conhecer melhor o mundo irá proporcionar as maiores vantagens possíveis a ela. (Pág. 67)

Não é o tempo nem a ocasião que determina a intimidade, mas apenas e simplesmente a disposição. Sete anos podem ser insuficientes para fazer algumas pessoas se entenderem, no entanto, sete dias podem ser o bastante para outras. (Pág. 70)

Se houvesse, realmente, algo de impróprio no que fiz, eu estaria consciente disso o tempo todo, pois sempre sabemos quando se está agindo errado e, se assim fosse, eu não teria sentido o menor prazer no que fazia. (Pág. 81)

Como todo mundo, aspiro a ser perfeitamente feliz; como todo mundo, também, terei que conquistar essa felicidade por mim mesmo. Fama e poder não fazem ninguém feliz. (Pág. 106)

O dinheiro só pode dar felicidade quando uma pessoa não tem mais nada para ser feliz. Além de oferecer meios de subsistência, o dinheiro não oferece satisfação verdadeira. (Pág. 106)

Às vezes uma pessoa deixa-se levar pelo que ela diz de si mesma e, mais frequentemente ainda, pelo que dizem dela sem dar-se a menor possibilidade ou tempo para deliberar e julgar. (Pág. 110)

Jamais pretendo ofender, porém sou tão terrivelmente tímido que em geral pareço negligente, quando, na verdade, apenas estou tentando livrar-me de minha natural falta de jeito. (Pág. 111)

- A timidez é apenas o efeito de um complexo de inferioridade, de um jeito ou de outro. Eu não seria tímido se pudesse me convencer de que me movimento e ajo com gestos perfeitamente naturais e elegantes. (Pág. 111)

A questão do autocontrole, ela considerava muito simples: para sentimentos fortes era impossível, para os fracos não havia mérito. (Pág. 121)

Sentia-se forte sozinha, seu bom-senso a amparava muito bem e, uma vez que sua firmeza não havia sido abalada, seu aparente bom humor demonstrava-se invariável, quase inverossímil, diante de um golpe tão forte e tão recente. (Pág. 159)

Oh, como é fácil para os outros que não têm a tristeza de precisar que os seus lhe peçam que se esforcem para não sofrer! (Pág. 207)

É sábio e admirável o orgulho que resiste a malevolência. (Pág. 212)

Elinor, Elinor, os que sofrem pouco podem ser orgulhosos e independentes, podem resistir a insultos ou retribuir humilhações... Eu não posso. Eu tenho que sentir... Eu tenho que ser desprezível... e eles são bem-vindos para saborear o que conseguiram fazer. (Pág. 212)

Elinor era o conforto dos outros mesmo em sua própria tristeza, que não era menor do que as deles, e era capaz de dar todo consolo que poderia ser dado pela segurança de sua própria força interior. (Pág. 291)

- A atitude indelicada dos seus parentes faz o senhor surpreender-se com provas de amizade que encontra nos outros. (Pág. 325)

Bem, estou convencido de que há um vasto nível de inconsistência em quase todos os seres humanos. (Pág. 331)

A aflição de Marianne, por ser mais evidente e estar mais perto dos seus olhos, absorvera-lhe por completo a atenção, fazendo-a esquecer que Elinor era uma filha que também sofria muito, embora com menos demonstrações de dor e com mais coragem. (Pág. 400)

E os amigos, que observavam, encantaram-se e regozijaram-se com a felicidade que Marianne demonstrava: ela jamais soubera amar pela metade e seu coração foi devotado por inteiro ao marido, como outrora fora devotado a Willoughby. (Pág. 427)
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