Carniça

Carniça Paula Febbe




Resenhas - Carniça


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Marco 13/02/2022

Quando a podridão humana chega no limite do fedor
Na sinopse de Carniça vc irá descobrir q o ponto focal da história será sobre um local onde as pessoas não morrem pelo simples fato de não terem ouvido falar sobre ela, oq é verdade. Por outro lado, a trama reserva surpresas q, no momento q chegam, farão o leitor rir de felicidade por ter sido recompensado com uma surpresa ou com fúria nos olhos por terem sido enganados. As duas reações, ao meu ver, são válidas e exaltam oq de melhor tem o fator surpresa dessa história.
Mas antes de tal ponto de virada acontecer, saiba q você será presenteado com boas doses de reflexão sobre humanidade, vida, morte, amor, medo... um caldeirão de reflexões q surgem tão naturais quanto uma conversa de mesa de bar mas trazem a profundidade de uma aula de filosofia descompromissada. É um livro dinâmico mesmo com a temática, e muito se dá por causa do fluxo de consciência utilizado na narrativa. O narrador é personagem ativo e somos apresentados aos seus pensamentos, sempre flutuantes e inconstantes, determinados apenas pelo q ele vê, sente ou pensa.
É uma leitura muito proveitosa q vai deixar vc se questionando assim q terminá-la. Recomendo demais!
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lexsouza 15/08/2022

Boa novela
Uma pequena narrativa sobre a mortalidade, inveja, perdão,etc.
Boa iniciativa de publicar autores nacionais de terror e fantasia.
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Dear_poirot 29/10/2023

Livro: Carniça
Autora: @paula_febbe
Nota: 4,5 de 5

Mais um livro da escritora favorita deste que vos fala. Inicialmente aparenta ser diferente das outras publicações dela, mas no final todo o crème de la crème de brutalidade e perturbação de Paula Febbe vem à tona.

Temos aqui um narrador que morreu, um Brás Cubas psicopata pode-se dizer, e sua alma de alguma forma chega em uma pequena aldeia onde as pessoas são imortais. Ele passa a observar a rotina dos imortais, recuperando gradualmente suas memórias antes de sua morte, até a chegada de um grande número de urubus na aldeia, que desencadeia uma série de eventos perturbadores.

As primeiras 50 páginas do livro se desenrolam quase que exclusivamente na aldeia, com poucas lembranças do passado do narrador. Se eu tivesse que escolher uma palavra para descrever esse trecho, seria "tédio". A rotina dos habitantes é incrivelmente monótona, o que torna a leitura um desafio, até a chegada do primeiro urubu. A partir desse ponto, começamos a devorar o livro.

Mas, mesmo essa parte tediosa do livro, acaba sendo incrível no final das contas, porque percebemos estar vivendo junto com o narrador o seu próprio purgatório, e é nisso que Paula Febbe tem maestria: em nos fazer sentir coisas desagradáveis. Depois do primeiro urubu, nos aprofundamos na vida do narrador e temos, enfim, o nosso tão esperado banquete de carniça servido para ser degustado em toda a sua podridão, pedaço a pedaço. E é muito saboroso.
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Bruna Lima 29/02/2024

Esse foi meu primeiro contato com o trabalho da Febbe, e acredito que comecei bem, pois, é o tipo de leitura que é até difícil descrever, mas que te absorve de maneira visceral.

Um livro que nos permite reflexões e que trabalha a dualidade de alguns aspectos, como a finitude da vida e a imortalidade, esmiuçando camadas da condição humana.

Outro ponto que me chamou atenção na escrita é o quanto é visual, nos fazendo mergulhar de verdade na história, além é claro, de poética na dose certa e criativa.

Uma fábula brutal e perturbadora que vale a pena, é um prato ?prazeroso? para conhecer as obras da autora.
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