Tici 17/06/2021
Maravilhoso!!!
Os Acauãs são uma tribo indígena que segue os ensinamentos de Jurupari, um ser mítico que dita todos os modos de viver da sociedade.
Sob o domínio de Jurupari, as mulheres da tribo são submissas e nunca irão ter as qualidades que Jurupari preza: serem capazes de guardar segredos, não podem ser curiosas e devem ser pacientes. Portanto, elas vivem à margem dessa sociedade extremamente patriarcal.
Mas uma dessas mulheres, Aruana, não iria se dobrar às tradições e desde pequena desejava ser uma grande guerreira reconhecida por todos. À medida que ela vai crescendo, Aruana precisará descobrir o seu lugar e o seu destino, e fará de tudo para fugir do casamento que está prometida desde que nasceu. Nem que para isso acabe causando uma guerra dentro do próprio povo.
Eu achei esse livro fantástico. Embora a leitura tenha começado mais explicativa, até mesmo porque necessitámos desse prelúdio para entender os costumes da tribo, a partir dos 30% não consegui simplesmente largar o livro.
Abordando seres místicos do nosso folclore, o autor transforma esses seres em não apenas mitos, mas em personagens reais, como por exemplo, Caipora, Curupira e o próprio Jurupari, ser que dá nome ao livro.
Misturando pesquisas reais com o imaginário, o livro é recheado de cenas de misticismo e rituais de magia, mostrando a riqueza cultural de nossos antepassados.
E, claro, temos nossa protagonista, que luta contra as tradições e não aceitará ser apenas mais uma submissa a Jurupari e aos homens da tribo. Agora já deixo o leitor ciente, o livro contém cenas de violência, principalmente quando tribos inimigas estão guerreando, e descreve detalhadamente certos rituais de sacrifícios. Mas para os amantes de um bom suspense, não é nada com que não estejamos acostumados a ler.
E agora estou muito ansiosa em saber qual destino a jovem Aruana seguirá, pergunta essa que tenho certeza de que será respondida nos livros seguintes.