Laranja Mecânica

Laranja Mecânica Anthony Burgess




Resenhas - Laranja Mecânica


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Richard O. Silva 13/09/2020

Juventude Moderna
Como definir o certo e errado, perante um governo que se diz fazer bons atos para evitar o mal, com ações nada morais? O livro traz reflexões sobre as escolhas que fazemos, e as consequências que nossas atitudes impactam na vida dos outros, seja de forma positiva ou negativa.
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João Moreno 08/08/2021

O comentário que virou resenha
Comecei a assistir 'Laranja mecânica' em 2013. Se a minha memória não falha, havia, logo de cara, uma cena de espancamento e de estupro. Deixei de assistir, larguei pra lá, não é pra mim, não. Conversando com uma colega de trabalho, ela, que havia lido o livro e assistido ao filme, recomendou. "É muito bom. Sobre a ultraviolência? Olha, ela já foi normalizada pelos jornais policiais há anos...". Na época, não havia Whats App e eu AINDA não havia recebido vídeos de assassinatos com decapitação e etc. Sim, naturalizamos a ultraviolência e talvez, se pensarmos melhor, não dá para nos chocarmos com ela.

(Pronto, um argumento para a não-leitura já havia sido desfeito, vamos para o próximo).

Em 2015, já em outro subemprego, era domingo e o batente era das 9 às 19, R$ 40 o dia. Entre uma dose de cachaça e outra, pois trabalhava numa distribuidora de bebidas, levei o agora livro 'Laranja mecânica' para ler (domingos costumavam ser tranquilos, até ter que reabastecer o bar da esquina, frequentado por alcoólatras que bebiam Heineken e Itaipava Premium). Como ia dizendo, entre uma dose e outra, passei do prefácio e comecei, não muito animado. Li que o autor criara, a partir do idioma, aquilo que - também - caracterizaria a sua distopia: uma combinação de inglês com sufixos russos, mais uma linguagem ri(t)mada (para demonstrar a infantilidade dos personagens, adolescentes), e um padrão culto, que, vez ou outra, remetia a um idioma do século XVI. Sério, aquilo não colou. Na minha edição da Aleph, havia um glossário do que Burgess chamou de idioma "Nadsat". Depois de uma três página, ou seriam oito ou 10, lendo e buscando os significados do dialeto, abandonei. Não ia rolar. E eu troquei 'Laranja mecânica' por continuar servindo, mecanicamente, um bêbado qualquer.

Em 2021, ontem ou antes de ontem, eu precisava de um livro curto: calhamaços (leia-se, aqui, qualquer livro com mais de 400 páginas) e séries ainda me assustam. Nesse sentido, não tive escolha: tentei pela terceira vez.

Aqui, algumas observações específicas sobre a leitura: sobre o idioma "nadsat", tive que criar vergonha na cara. Ou eu me adaptava com o estilo do autor para o romance ou eu deixaria de ler um dos "cem maiores romances ingleses" escolhidos por uma revista qualquer. Foi igual a Saramago: é melhor adaptar-me à escrita do comunista a deixar de ler seus livros, que são do [*****], descobri mais tarde. Voltando ao Nadsat, depois de um tempo, o cérebro se acostuma. E como era desejo do autor certa confusão, estranhamento, recorrer ao glossário, ao final, a todo o momento, talvez sirva apenas para tornar a leitura desinteressante.

Quanto à ultraviolência, até a página 60, parecia-me que seria apenas isso: espancamento, estupro, espancamento, roubo etc etc. E não foi tão legal. Dali pra frente, o livro, que é dividido em três partes, muda. O que mais gostei é que, mesmo o personagem principal continuar a ser um arrombado até o fim, o autor consegue nos colocar, ou melhor, fazer-nos sentir alguma empatia por ele. Também não há pontas soltas: personagens, por mais irrelevantes que possam parecer, reaparecem, dando uma sensação de 'ciclo que se fecha', não sei. Como pano de fundo, há aquela velha discussão que permeia um liberalismo a-histórico: a velha liberdade (abstrata) em detrimento do Estado autoritário, que se transforma numa caricatura (e numa distopia poderia ser diferente?).

Por fim, oito anos depois da minha experiência com a laranja mecânica, gostei, muito.
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Carolinasantos 29/05/2020

Um clássico
A narrativa de laranja mecânica é densa em virtude do linguajar próprio utilizado por Alex e sua gangue. Por esse motivo tive muita dificuldade de ler logo nos primeiros capítulos, apesar dessa dificuldade a partir da segunda parte do livro já estava acostumada com essa linguagem.
Laranja mecânica possui uma trama simples cheia de reflexões, uma crítica a sociedade e a forma como esta condiciona as pessoas,também aborda temas como a eficácia do sistema prisional, a adolescência e o processo de amadurecimento, a vida em sociedade, os jogos de poder e de manipulação.
Laranja Mecânica é um livro universal e atemporal pois dialoga diretamente com a essência do que é ser humano. Um livro que impacta tanto por sua estória, quanto por suas reflexões, e que certamente merece ser lido e relido. 
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Barbara857 29/08/2021

"A bondade vem de dento, 6655321. A bondade é uma coisa que se escolhe. Quando alguém não pode escolher, deixa de ser humano. "
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João Bruno 10/09/2020

Talvez tenha spoiler
Rousseau disse que o homem nasce bom, porém a sociedade o corrompe, eu particularmente não concordo com essa ideia, e esse livro, faz com que nos afundemos ainda mais nessa dúvida.

Qual a verdadeira natureza da maldade? Uma pessoa é má por natureza? Ou por causa das circunstâncias? Tem algo a ver com a sociedade? São muitas as perguntas que surgem à medida que vamos conhecendo Alex, e sua conversão a bondade, mesmo que mecânica. Significa então que se pode reverter os efeitos causados pela sociedade, ou pela natureza (dependendo o ponto de vista)? Não seriam os idealizadores desses experimentos, maus também? Afinal Alex não escolheu ser bom, ele foi induzido, obrigado a isso ... Abrindo mão de sua liberdade, e de suas escolhas.

Quanto a linguagem, é meio confusa no começo, mas geralmente toda edição tem um glossário, e durante a leitura você acaba "aprendendo", e se acostumando com as gírias usadas.

Uma história que precisa ser lida além do que os olhos veem.

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Murilo.Martins 10/04/2022

O livro é um convite
No início demora-se a acostumar com a questão das gírias, tendo que visitar muitas vezes o glossário, mas com o passar da leitura acabamos entendendo e memorizando algumas delas. No que diz respeito a história um pouco pesada com sua ultraviolência, mas importante para entendermos o contesto e os personagens.
O livro é um convite para pensarmos sobre as questões morais, as escolhas e suas consequências.
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Ingrid.Pardinho 26/09/2021

Uma história horrorshow
Genial a criação do vocabulário nadsat, no início a leitura ficou atravancada por eu ter que olhar o glossário frequentemente, porém, depois de alguns capítulos fluiu bem. Interessantíssima essa edição especial, contém o último capítulo suprimido na edição americana. Além disso, os anexos ajudam a compreender melhor as escolhas do autor. Aliás, achei muito curioso como ele conseguiu inserir referências shakespearianas e bíblicas. Obs: horroshow é uma gíria nadsat que significa ótimo.
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Lou 27/06/2021

Horroshow
De início, achei que seria apenas violência gratuita, q bom que não é apenas isso, mas mesmo achando que seria, as cenas conseguem ser engraçadinhas de certo modo. O Alex narra a história como se suas atitudes fosse algo certo e com isso,a narração acabou tendo um efeito em mim de "normalizar" oq ele faz.

Algo bizarro e interessante é a fascinação do personagem principal pela música classica e o efeito que ela trás no protagonista,ao inves de relaxar ,como é comum nos ouvintes desse gênero ,o efeito nele é ao contrário ,a musica agita ele e acaba criando uma dramatização e um clima caótico tão necessário e emocionante no livro

Gostei que cada grupo/comunidade tanto sendo gangues ou pessoas normais ,tem seu jeito de falar,isso mostra um pouca da diversidade da linguagem e coloca uma certa criatividade na história do autor.

Estava com anseio de ler o livro, pois, grande parte das pessoas falavam que seria algo difícil por causa das palavras criadas mas isso não autera em nada.


É um livro super interessante, bem diferente de outras distopias e consegue resgatar uma vibe 1984 do George orwell.

Laranja mecânica é um livro INCRÍVEL!
Tiago Dalmaso 27/06/2021minha estante
É um livro muito horroshow


Lou 27/06/2021minha estante
Demaais


Gabriella.BarrAto 27/06/2021minha estante
essa resenha só confirmou mais ainda minha vontade de ler laranja mecanica


Lou 27/06/2021minha estante
Vale mttttt a pena,Gabi. Das 4 distopias (1984,mundo novo, fahrenheit e laranja mecânico) sem dúvida essa foi a melhor p mim!


Gabriel 27/06/2021minha estante
Amei a resenha, amor! Te amo ?




Hilton 14/12/2022

as queer as a clockwork orange
o Burgess teve a intenção de escrever um livro de leitura estranha, e fez com sucesso aplicando a língua nadsat.
o livro expõe tudo de sujo no ser humano de forma explícita, eu diria, te faz sentir nojo. o protagonista, um adolescente, era imune a essa sensação, fazia atos extremamente obscenos, mas passa por transformações ridículas e também sente nojo ao vê-los (talvez não da forma certa).
a sacada da maturidade só no último capítulo, 21, foi muito boa, e trás um ar de esperança no medio desse inferno.
Fabianna1 14/12/2022minha estante
Linguagem bem difícil mas entendi a ideia do livro


Hilton 14/12/2022minha estante
o engraçado é que não é difícil pela complexidade do texto, que na verdade é bem direto, mas pelas palavras diferentes mesmo


Fabianna1 14/12/2022minha estante
Exatamente. A linguagem totalmente fora da rotina




@livrosdeanna 07/08/2020

Resenha @livrosdeanna
É um bom livro mas confesso que superestimei ele demais e acabei me decepcionando!!
Esperava bem da história e do final.
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Kaline Bogard 29/03/2023

Perturbador
O livro traz um tema muito explorado, mas de modo inovador: uma sociedade violenta, um governo ditador e cheio de represálias, representado sobretudo pela polícia agressiva.
A trama é narrada pelo protagonista, um jovem de quinze anos e líder de um pequeno grupo de arruaceiros.
Vemos toda a situação pelo POV dele, assistindo de camarote. Algumas cenas são perturbadoras!
Então o governo encontra a "solução" que não poderia ser menos ortodoxa.
Um livro que faz pensar.
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Marcos 15/05/2020

A obra de Anthony Burgess nos transporta para uma sociedade disto?pica onde a proliferac?a?o da viole?ncia gratuita beira a? normalidade. Tamanha reincide?ncia, em que ocorrem os mais variados atos antissociais, acaba gerando no leitor uma sensac?a?o de normalizac?a?o e aceitac?a?o da viole?ncia. A naturalizac?a?o proposital destes atos, e a forma caricata que nos e? apresentada, e? resultado do que se convencionou chamar de ultrarrealismo.

Pois bem, dito isso, ve?-se que naquela comuna ha? uma forte presenc?a de gangues juvenis responsa?veis por uma se?rie de crimes e por isso tem havido uma perturbac?a?o constante na ordem.
O Pina?culo (narrador) pelo qual esta coletividade arrasada nos e? apresentada repousa na figura de Alexander DeLarge, ou simplesmente Alex. O protagonista - que e? um anti-hero?i - narra sua pro?pria histo?ria em tre?s partes, sendo a u?ltima vendida como uma espe?cie de tentativa ?cura? encontrada pelo Estado para o combate da criminalidade. E? neste ponto que reside a grande cri?tica do autor, o me?todo escolhido para alcanc?ar o objetivo ataca dois insepara?veis pilares da condic?a?o humana: o livre arbi?trio e a impossibilidade de escolha volunta?ria de seus atos.

Burgess cria um Estado ta?o caricato que consegue ser ainda mais abomina?vel que os crimes cometidos pelos pro?prios delinquentes juvenis. A narrativa de como e? realizado o experimento em Alex e? cuidadosamente detalhada para que sua exorbita?ncia force uma empatia no leitor frente a tamanha extrapolac?a?o dos abusos cometidos pelo programa de reabilitac?a?o ao qual o narrador e? submetido.

Laranja meca?nica na?o e? so? uma obra prima da literatura mundial, antes de tudo e? uma exaltac?a?o do humanismo e a?s liberdades individuais. A mensagem e? clara: na?o se pode delegar ao Estado um poder de punir ta?o forte a ponto de ?desumanizar? os seus cidada?os.?
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Braia 27/05/2020

Com o tempo e leitura vc vai pegando o jeito do dicionário do livro, daí quando vc nem precisa consultar mais o livro acaba aff
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Mei 28/07/2021

Então, o que vai ser, hein ?
Como eu posso começar falando sobre Laranja Mecânica ?
Primeiro eu devo dizer que se você for uma pessoa sensível ou que se choca fácil, este livro não é pra você, e se você tiver menos de 15 anos, DÊ O FORA DAQUI.
Do início ao fim ele é repleto de toda a ultra violência que se possa imaginar, Vosso Humilde Narrador Alex se envolve em grande parte dela aliás.
Alex é um garoto de quinze anos com uma gangue, ele acaba sendo preso e submetido a uma terapia de aversão a violência.
Parece um enredo simples não ? Pois você não faz ideia de tudo que irá encontrar nesse pequeno livro.
Eu devo dizer que me surpreendi muito lendo, comecei odiando o Alex por suas ações e terminei o livro gostando dele, sem dúvidas é um dos personagens mais bem construídos que eu já li, me levando até às lágrimas em alguns momentos.
No começo, a linguagem Nadsat pode ser complexa de se entender, a mistura do russo e inglês é confusa o que acaba dificultando a leitura, porém com o tempo você se pega até usando alguns dos termos no dia a dia e descartando o glossário (Não ? Apenas eu que sou louca ?)
Meu único problema com Nadsat foi o Alex utilizar duas palavras distintas pra representar a mesma coisa, e ele faz isso várias vezes, tanto que em alguns momentos eu queria entrar dentro do libro e socar a cara dele por me fazer perder tempo checando o glossário.
No fim, é um livro muito bom que eu não recomendo pra todo mundo, mas aqueles que se sentem prontos pra encarar : vá fundo, você irá amar (ou odiar) descobrir tudo o que Alexander DeLarge enfrenta.
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